A leucoplasia oral se apresenta como placas brancas de risco questionável, diagnosticadas quando outras doenças ou distúrbios conhecidos e não associados a risco de câncer oral tiverem sido descartados.
Existem múltiplas formas clínicas: homogênea, salpicada, nodular e verrucosa.
Pode ser idiopática, mas é frequentemente observada em pessoas que fumam intensamente e consumidores de álcool ou noz-de-areca (bétele).
A maioria é histologicamente benigna, com uma ampla variedade de características histológicas. A graduação da displasia ajuda na seleção das opções de tratamento.
Certas leucoplasias, particularmente leucoplasias não homogêneas, como leucoplasia salpicada e leucoplasia verrucosa, têm um risco significativo de transformação maligna. Elas requerem intervenção nos hábitos e acompanhamento frequente e cuidadoso, muitas vezes com confirmação por biópsia ou definição da natureza biológica da leucoplasia ao longo do tempo.
A leucoplasia oral, tal como tradicionalmente definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma lesão da mucosa oral predominantemente branca que não pode ser caracterizada como nenhuma outra lesão definida.[1]Kramer IR, Lucas RB, Pindborg JJ, et al. Definition of leukoplakia and related lesions: an aid to studies on oral precancer. Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1978 Oct;46(4):518-39.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/280847?tool=bestpractice.com
[2]Axell T, Holmstrup P, Kramer IRH, et al. International seminar on oral leukoplakia and associated lesions related to tobacco habits. Community Dent Oral Epidemiol. 1984 June;12(3):145-54.[3]Axell T, Pindborg JJ, Smith CJ, et al. Oral white lesions with special reference to precancerous and tobacco-related lesions: conclusions of an international symposium held in Uppsala, Sweden, May 18-21 1994. International Collaborative Group on Oral White Lesions. J Oral Pathol Med. 1996 Feb;25(2):49-54.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8667255?tool=bestpractice.com
A leucoplasia é geralmente associada ao tabagismo, embora formas idiopáticas não sejam raras.[2]Axell T, Holmstrup P, Kramer IRH, et al. International seminar on oral leukoplakia and associated lesions related to tobacco habits. Community Dent Oral Epidemiol. 1984 June;12(3):145-54.[3]Axell T, Pindborg JJ, Smith CJ, et al. Oral white lesions with special reference to precancerous and tobacco-related lesions: conclusions of an international symposium held in Uppsala, Sweden, May 18-21 1994. International Collaborative Group on Oral White Lesions. J Oral Pathol Med. 1996 Feb;25(2):49-54.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8667255?tool=bestpractice.com
Um grupo de trabalho internacional alterou a definição prévia da OMS: "O termo leucoplasia deve ser utilizado para identificar placas brancas de risco questionável depois de excluir (outras) doenças ou distúrbios que não carregam risco de câncer".[4]Warnakulasuriya S, Johnson NW, van der Waal I. Nomenclature and classification of potentially malignant disorders of the oral mucosa. J Oral Pathol Med. 2007 Nov;36(10):575-80.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17944749?tool=bestpractice.com
[5]Warnakulasuriya S, Kujan O, Aguirre-Urizar JM, et al. Oral potentially malignant disorders: a consensus report from an international seminar on nomenclature and classification, convened by the WHO Collaborating Centre for Oral Cancer. Oral Dis. 2021 Nov;27(8):1862-80.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33128420?tool=bestpractice.com
As leucoplasias são comumente homogêneas, e a maioria é benigna. A leucoplasia não homogênea, ou as assim chamadas eritroleucoplasias, por exemplo a leucoplasia salpicada ou leucoplasia nodular - uma lesão predominantemente branca ou branca e vermelha com uma textura irregular que pode ser plana, nodular, exofítica ou papilar/verrucosa - têm maior probabilidade de serem malignas. As características histológicas de ambas as formas de leucoplasia são variáveis e podem incluir ortoceratose ou paraceratose de vários graus, inflamação leve e graus variáveis de displasia epitelial. No entanto, apesar dos critérios para displasia terem sido definidos pela OMS, é difícil fazer uma categorização objetiva de displasia por causa da alta variação inter e intraobservador na avaliação.[6]El-Naggar AK, Chan JKC, Grandis JR, et al, eds. WHO classification of head and neck tumours. 4th ed. Lyon, France: International Agency for Research on Cancer; 2017.[7]Speight PM, Khurram SA, Kujan O. Oral potentially malignant disorders: risk of progression to malignancy. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol. 2018 Jun;125(6):612-27.
https://www.oooojournal.net/article/S2212-4403(17)31248-8/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29396319?tool=bestpractice.com