Cãibras musculares
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
cãibras idiopáticas
alongamento
A terapia não farmacológica constitui a base do tratamento de cãibras musculares agudas.
O alongamento dos músculos afetados alivia as cãibras na maioria dos casos.[1]Bradley WG, Daroff RB, Fenichel GM, et al. Neurology in clinical practice. 5th ed. Volumes 1 and 2. Philadelphia, PA: Butterworth-Heinemann-Elsevier; 2008.[3]American Academy of Sleep Medicine. International classification of sleep disorders - third edition, text revision (ICSD-3-TR). Jun 2023 [internet publication].[52]Young JB, Javid M, George J. Rest cramps in the elderly. J R Coll Physicians Lond. 1989;23:103-106. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2659779?tool=bestpractice.com Os alongamentos passivos e ativos são eficazes.
O alongamento passivo envolve o alívio da tensão sobre os músculos afetados, por exemplo, fricção e alterações posturais.[52]Young JB, Javid M, George J. Rest cramps in the elderly. J R Coll Physicians Lond. 1989;23:103-106. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2659779?tool=bestpractice.com
O alongamento ativo envolve a contração dos músculos antagonistas, ocasionando uma inibição recíproca de evocação do reflexo da medula espinhal do músculo com cãibra (por exemplo, a dorsiflexão do tornozelo durante as cãibras musculares da panturrilha).[1]Bradley WG, Daroff RB, Fenichel GM, et al. Neurology in clinical practice. 5th ed. Volumes 1 and 2. Philadelphia, PA: Butterworth-Heinemann-Elsevier; 2008.[52]Young JB, Javid M, George J. Rest cramps in the elderly. J R Coll Physicians Lond. 1989;23:103-106. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2659779?tool=bestpractice.com
farmacoterapia
As abordagens para a prevenção de cãibras recorrentes de etiologia desconhecida têm gerado controvérsias há muitos anos.
Com base nos dados disponíveis, as possíveis opções de primeira linha incluem verapamil, diltiazem e vitaminas do complexo B (especificamente piridoxina).[98]Katzberg HD, Khan AH, So YT. Assessment: symptomatic treatment for muscle cramps (an evidence-based review): report of the therapeutics and technology assessment subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2010;74:691-696. http://www.neurology.org/content/74/8/691.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20177124?tool=bestpractice.com [103]Baltodano N, Gallo BV, Weidler DJ. Verapamil vs quinine in recumbent nocturnal leg cramps in the elderly. Arch Intern Med. 1988;148:1969-1970. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3046538?tool=bestpractice.com As opções de segunda linha incluem relaxantes musculares selecionados (por exemplo, carisoprodol) ou gabapentina.[104]Stern FH. Value of carisoprodol (Soma) in relieving leg cramps. J Am Geriatr Soc. 1963;11:1008-1013. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14073661?tool=bestpractice.com [105]Chesrow EJ, Kaplitz SE, Breme JT, et al. Use of carisoprodol (Soma) for treatment of leg cramps associated with vascular, neurologic, or arthritic disease. J Am Geriatr Soc. 1963;11:1014-1016. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14073662?tool=bestpractice.com [106]Serrao M, Rossi P, Cardinali P, et al. Gabapentin treatment for muscle cramps: an open-label trial. Clin Neuropharmacol. 2000;23:45-49. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10682230?tool=bestpractice.com Entretanto, uma análise baseada em evidências feita pela American Academy of Neurology (AAN) em 2010 recomendou somente 3 medicamentos eficazes possíveis: naftidrofurila, vitaminas do complexo B (especificamente a piridoxina) e diltiazem.[98]Katzberg HD, Khan AH, So YT. Assessment: symptomatic treatment for muscle cramps (an evidence-based review): report of the therapeutics and technology assessment subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2010;74:691-696. http://www.neurology.org/content/74/8/691.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20177124?tool=bestpractice.com Uma revisão Cochrane de 2020 concluiu que é improvável que a suplementação de magnésio ofereça profilaxia clinicamente significativa das cãibras para idosos que apresentem cãibras musculares esqueléticas.[107]Garrison SR, Korownyk CS, Kolber MR, et al. Magnesium for skeletal muscle cramps. Cochrane Database Syst Rev. 2020 Sep 21;(9):CD009402. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD009402.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32956536?tool=bestpractice.com
Apesar de algumas evidências da eficácia da quinina, a análise dos dados tem deixado dúvidas sobre sua eficácia e segurança.[98]Katzberg HD, Khan AH, So YT. Assessment: symptomatic treatment for muscle cramps (an evidence-based review): report of the therapeutics and technology assessment subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2010;74:691-696.
http://www.neurology.org/content/74/8/691.long
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[99]Man-Son-Hing M, Wells G. Meta-analysis of efficacy of quinine for treatment of nocturnal leg cramps in elderly people. BMJ. 1995;310:13-17.
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[100]Man-Son-Hing M, Wells G, Lau A. Quinine for nocturnal leg cramps: a meta-analysis including unpublished data. J Gen Intern Med. 1998;13:600-606.
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[101]Guay DR. Are there alternatives to the use of quinine to treat nocturnal leg cramps? Consult Pharm. 2008;23:141-156.
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[108]El-Tawil S, Al Musa T, Valli H, et al. Quinine for muscle cramps. Cochrane Database Syst Rev. 2015;(4):CD005044.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25842375?tool=bestpractice.com
[ ]
Can quinine reduce muscle cramps?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.850/fullMostre-me a resposta Há também preocupações sobre a possibilidade de interações medicamentosas graves, especialmente nos idosos.[102]Anonymous. Quinine sulfate. In: AHFS drug information 2008. Bethesda, MD: American Society of Health-System Pharmacists; 2008:875-881. A quinina não é recomendada para as cãibras nas pernas em países como a Austrália. Nos EUA, a Food and Drug Administration emitiu um alerta contra o uso de quinina para essa finalidade.
FDA: drug safety information for quinine sulfate
Opens in new window A AAN recomenda que o uso de quinina seja considerado apenas se os sintomas forem muito incapacitantes, se nenhum outro agente aliviar os sintomas (ou puder ser tolerado) e se os efeitos adversos puderem ser cuidadosamente monitorados. O paciente deve ser informado sobre os potenciais efeitos adversos graves antes de aceitar o tratamento.[98]Katzberg HD, Khan AH, So YT. Assessment: symptomatic treatment for muscle cramps (an evidence-based review): report of the therapeutics and technology assessment subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2010;74:691-696.
http://www.neurology.org/content/74/8/691.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20177124?tool=bestpractice.com
Em outros países, como no Reino Unido, as preparações de quinina estão mais facilmente disponíveis para o tratamento de cãibras nas pernas, mas as preocupações de segurança são tais que a quinina não deve ser considerada como o medicamento de primeira escolha para a prevenção de cãibras idiopáticas. Os médicos devem consultar os formulários locais dos medicamentos para aconselhamento sobre a disponibilidade local e as indicações locais.
Opções primárias
verapamil: adultos: 120 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, administrados em 3-4 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 360 mg/dia; 120 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 360 mg/dia
ou
naftidrofurila: adultos: 100-200 mg por via oral três vezes ao dia
ou
diltiazem: crianças: 1,5 mg/kg/dia por via oral inicialmente administrado em 3-4 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 3,5 mg/kg/dia; adultos: 30 mg por via oral (liberação imediata) uma vez ao dia ao deitar-se inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 90 mg/dia
ou
piridoxina: adultos: 30 mg por via oral uma vez ao dia
Opções secundárias
gabapentina: adultos: 300 mg/dia por via oral inicialmente, administrados em 3 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 1800 mg/dia
ou
carisoprodol: adultos: 350 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 1400 mg/dia administrados em 2-4 doses fracionadas
associadas ao exercício
adequação do ambiente e reidratação oral associados a cuidados de suporte
Os cuidados de suporte incluem o repouso em um ambiente confortável (em termos de temperatura e ventilação), juntamente com o alongamento dos músculos afetados.
A reidratação oral com soluções eletrolíticas balanceadas (ou bebidas esportivas além de alimentos que contenham sódio) é importante se a urina é escura ou escassa durante as primeiras horas.[16]Miller TM, Layzer RB. Muscle cramps. Muscle Nerve. 2005;32:431-42. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15902691?tool=bestpractice.com [42]Maquirriain J, Merello M. The athlete with muscular cramps: clinical approach. J Am Acad Orthop Surg. 2007;15:425-431. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17602031?tool=bestpractice.com
A massagem com fricção e gelo nos músculos afetados deve ser considerada como uma forma de analgesia se a dor da cãibra é intensa.[42]Maquirriain J, Merello M. The athlete with muscular cramps: clinical approach. J Am Acad Orthop Surg. 2007;15:425-431. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17602031?tool=bestpractice.com Os medicamentos do próprio paciente não devem ser administrados temporariamente.[42]Maquirriain J, Merello M. The athlete with muscular cramps: clinical approach. J Am Acad Orthop Surg. 2007;15:425-431. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17602031?tool=bestpractice.com A terapia medicamentosa especificamente para cãibra não é recomendada.[42]Maquirriain J, Merello M. The athlete with muscular cramps: clinical approach. J Am Acad Orthop Surg. 2007;15:425-431. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17602031?tool=bestpractice.com
As cãibras musculares intensas associadas ao exercício são caracterizadas por cãibras intensas ou generalizadas nos músculos não sujeitos ao exercício, ou as cãibras localizadas associadas à alteração do nível de consciência, alteração na temperatura corporal, anúria e/ou mioglobinúria. Elas não são definidas como cãibras associadas ao exercício verdadeiras. A internação imediata em um pronto-socorro é necessária para melhor avaliação e manejo.[42]Maquirriain J, Merello M. The athlete with muscular cramps: clinical approach. J Am Acad Orthop Surg. 2007;15:425-431. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17602031?tool=bestpractice.com
educação do paciente
A prevenção primária das cãibras musculares associadas ao exercício envolve educação. Os atletas devem ter bom condicionamento físico para um evento esportivo e estar adequadamente hidratados. Recomenda-se que os grupos musculares em risco sejam bem alongados antes do início da atividade, mas não há evidências suficientes que deem suporte a esse procedimento. É necessária uma dieta adequada, que incorpora carboidratos suficientes, para prevenir a fadiga muscular precoce.[28]Schwellnus MP, Drew N, Collins M. Muscle cramping in athletes - risk factors, clinical assessment, and management. Clin Sports Med. 2008;27:183-194. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18206574?tool=bestpractice.com
associada à hipoglicemia no diabetes mellitus
glicose
A resolução imediata da hipoglicemia é fundamental para solucionar as cãibras agudas, geralmente pela ingestão simples de açúcar por via oral.[64]Meyer AH, Kirkman MS. Shock and prolonged muscle cramps after intravenous insulin therapy. N C Med J. 1992;53:484-486. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1407029?tool=bestpractice.com [74]Roberts HJ. Spontaneous leg cramps and "restless legs" due to diabetogenic hyperinsulinism: observations on 131 patients. J Am Geriatr Soc. 1965;13:602-638. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14300967?tool=bestpractice.com [75]Roberts HJ. Spontaneous leg cramps and "restless legs" due to diabetogenic (functional) hyperinsulinism. A basis for rational therapy. JFMA. 1973;60:29-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/4695820?tool=bestpractice.com [109]Shuman CR. Nocturnal cramps in diabetes mellitus; clinical and physiological correlations. Am J Med Sci. 1953;225:54-60. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/13007696?tool=bestpractice.com
A terapia medicamentosa especificamente para cãibra não é recomendada.
otimização do controle glicêmico
A otimização do controle glicêmico para evitar hipoglicemia recorrente é obrigatória para prevenir novos episódios.
Isso pode envolver ajustes na alimentação (incluindo lanches para cobrir períodos de tempo em situação de risco e carboidratos adequados para cobrir os períodos de exercício), evitando álcool e ajustando as terapias antidiabéticas injetáveis e/ou orais.
O controle glicêmico intensivo no diabetes está associado a um risco elevado de hipoglicemia em comparação com o tratamento convencional.[110]Patel A, MacMahon S, Chalmers J, et al; The ADVANCE Collaborative Group. Intensive blood glucose control and vascular outcomes in patients with type 2 diabetes. N Engl J Med. 2008 Jun 12;358(24):2560-72. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0802987#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18539916?tool=bestpractice.com [111]Hypoglycemia in the Diabetes Control and Complications Trial. The Diabetes Control and Complications Trial Research Group. Diabetes. 1997;46:271-286. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9000705?tool=bestpractice.com
associada à gestação
medidas de suporte
O manejo da cãibra aguda consiste em cuidados de suporte com alongamento do(s) músculo(s) afetado(s).
farmacoterapia
Os dados relativos à eficácia das terapias para prevenção de cãibras recorrentes na gestação são conflitantes. Não está claro se magnésio, cálcio, vitamina B ou vitamina C por via oral são tratamentos preventivos eficazes.[35]Zhou K, West HM, Zhang J, et al. Interventions for leg cramps in pregnancy. Cochrane Database Syst Rev. 2015;(8):CD010655. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD010655.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26262909?tool=bestpractice.com [107]Garrison SR, Korownyk CS, Kolber MR, et al. Magnesium for skeletal muscle cramps. Cochrane Database Syst Rev. 2020 Sep 21;(9):CD009402. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD009402.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32956536?tool=bestpractice.com No entanto, os sais de magnésio (mais comumente óxido, citrato ou hidróxido) são seguros, e valem uma tentativa como agentes de primeira escolha.[112]Nygaard IH, Valbo A, Pethick SV, et al. Does oral magnesium substitution relieve pregnancy-induced leg cramps? Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2008;141:23-26. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18768245?tool=bestpractice.com A diarreia pode ser um efeito adverso limitante da dose.
Se esta terapia se revelar inadequada, provavelmente valerá a pena tentar uma combinação de vitaminas B1 (tiamina) e B6 (piridoxina).[98]Katzberg HD, Khan AH, So YT. Assessment: symptomatic treatment for muscle cramps (an evidence-based review): report of the therapeutics and technology assessment subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2010;74:691-696. http://www.neurology.org/content/74/8/691.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20177124?tool=bestpractice.com [113]Avsar AF, Ozmen S, Soylemez F. Vitamin B1 and B6 substitution in pregnancy for leg cramps. Am J Obstet Gynecol. 1996;175:233-234. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8694061?tool=bestpractice.com O uso de sais de cálcio e cloreto de sódio não tem benefícios e não devem ser utilizados.[37]Abrams J, Aponte GE. The leg cramp syndrome during pregnancy; the relationship to calcium and phosphorus metabolism. Am J Obstet Gynecol. 1958;76:432-437. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/13559333?tool=bestpractice.com [38]Hammar M, Berg G, Solheim F, et al. Calcium and magnesium status in pregnant women. A comparison between treatment with calcium and vitamin C in pregnant women with leg cramps. Int J Vitam Nutr Res. 1987;57:179-183. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3308737?tool=bestpractice.com
Outras terapias medicamentosas não foram avaliadas nas cãibras associadas à gestação e podem causar desfechos fetais adversos.[114]Briggs GG, Freeman RK, Yaffe SJ. Drugs in pregnancy and lactation: a reference guide to fetal and neonatal risk. 8th ed. Philadelphia, PA: Lippincott, Williams & Wilkins; 2008.
As cãibras cessam significativamente após o parto.[17]Hertz G, Fast A, Feinsilver SH, et al. Sleep in normal late pregnancy. Sleep. 1992;15:246-251. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1621025?tool=bestpractice.com
Opções primárias
óxido de magnésio: adultos: 140-400 mg/dia por via oral
Opções secundárias
tiamina: adultos: 250 mg por via oral duas vezes ao dia
e
piridoxina: adultos: 250 mg por via oral duas vezes ao dia
associada à diálise
ajustes procedimentais de hemodiálise pelo especialista
Os ajustes procedimentais para o regime de hemodiálise podem ser feitos por nefrologistas se a cãibra aguda ocorre em um paciente durante uma sessão de hemodiálise. Essas medidas estão além do escopo deste tópico.
medidas procedimentais preventivas na hemodiálise
Os pacientes submetidos a hemodiálise podem receber as medidas preventivas para evitar o desenvolvimento de cãibras intradialíticas.
Essas medidas são especializadas e estão além do escopo deste tópico.
farmacoterapia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se as medidas procedimentais especializadas e não farmacológicas forem inadequadas para evitar as cãibras intradialíticas, uma combinação de vitamina E (alfatocoferol) associada a vitamina C (ácido ascórbico) é razoável.[115]Khajehdehi P, Mojerlou M, Behzadi S, et al. A randomized, double-blind, placebo-controlled trial of supplementary vitamins E, C and their combination for treatment of haemodialysis cramps. Nephrol Dial Transplant. 2001;16:1448-1451. http://ndt.oxfordjournals.org/content/16/7/1448.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11427639?tool=bestpractice.com
Ficou comprovado que a vitamina E, ao deitar, é eficaz em um estudo clínico aberto e em um estudo comparativo com a quinina.[116]El-Hennawy AS, Zaib S. A selected controlled trial of supplementary vitamin E for treatment of muscle cramps in hemodialysis patients. Am J Ther. 2010;17:455-459. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19829096?tool=bestpractice.com [117]Roca AO, Jarjoura D, Blend D, et al. Dialysis leg cramps. Efficacy of quinine versus vitamin E. ASAIO J. 1992;38:M481-M485. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1457907?tool=bestpractice.com
Acredita-se que o monoidrato de creatina melhore o metabolismo muscular, aumentando o armazenamento de fosfato de creatina no músculo, o que por sua vez, doa grupos fosfatos de alta energia para a adenosina difosfato a fim de criar a adenosina trifosfato. Isso já foi documentado em atletas que receberam suplementação de creatina.[118]Hespel P, Derave W. Ergogenic effects of creatine in sports and rehabilitation. Subcell Biochem. 2007;46:245-259. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18652080?tool=bestpractice.com Pode ser benéfico na redução de cãibras associadas à hemodiálise.[119]Chang CT, Wu CH, Yang CW, et al. Creatine monohydrate treatment alleviates muscle cramps associated with haemodialysis. Nephrol Dial Transplant. 2002;17:1978-1981. http://ndt.oxfordjournals.org/content/17/11/1978.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12401856?tool=bestpractice.com
Há evidências de que a quinina é eficaz em reduzir significativamente a frequência e a intensidade da cãibra em pacientes submetidos a hemodiálise ou em pacientes em diálise peritoneal ambulatorial contínua.[117]Roca AO, Jarjoura D, Blend D, et al. Dialysis leg cramps. Efficacy of quinine versus vitamin E. ASAIO J. 1992;38:M481-M485. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1457907?tool=bestpractice.com [120]Kaji DM, Ackad A, Nottage WG, et al. Prevention of muscle cramps in haemodialysis patients by quinine sulphate. Lancet. 1976;2:66-67. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/59150?tool=bestpractice.com No entanto, em alguns países, a terapia com quinina deve ser considerada apenas se a terapia com vitaminas não produziu os resultados desejados. Na Austrália, ela não é recomendada para o tratamento das cãibras nas pernas. Nos EUA, a Food and Drug Administration emitiu um alerta contra o uso de quinina para essa finalidade. FDA: drug safety information for quinine sulfate Opens in new window A American Academy of Neurology recomenda que o uso de quinina seja considerado apenas se os sintomas forem muito incapacitantes, se nenhum outro agente aliviar os sintomas (ou puder ser tolerado) e se os efeitos adversos puderem ser cuidadosamente monitorados. O paciente deve ser informado sobre os potenciais efeitos adversos graves antes de aceitar o tratamento.[98]Katzberg HD, Khan AH, So YT. Assessment: symptomatic treatment for muscle cramps (an evidence-based review): report of the therapeutics and technology assessment subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2010;74:691-696. http://www.neurology.org/content/74/8/691.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20177124?tool=bestpractice.com Em outros países como o Reino Unido, as preparações de quinina estão mais facilmente disponíveis para o tratamento de cãibras nas pernas, mas as preocupações de segurança são tais que a quinina não deve ser considerada como o medicamento de primeira escolha para as cãibras nas pernas. Os médicos devem consultar formulários médicos locais para aconselhamento sobre a disponibilidade do local e as indicações.
Opções primárias
alfatocoferol: adultos: 400 unidades por via oral uma vez ao dia
e
ácido ascórbico: adultos: 250 mg por via oral uma vez ao dia
ou
alfatocoferol: adultos: 400 unidades por via oral uma vez ao dia
Opções secundárias
creatina: adultos: 12 g em 100 mL de água por via oral 5 minutos antes de cada sessão de hemodiálise
associada à cirrose
medidas de suporte
O manejo da cãibra aguda consiste em cuidados de suporte com alongamento do(s) músculo(s) afetado(s).
farmacoterapia
O sulfato de zinco oral, pelo menos em pacientes com baixas concentrações de zinco sérico na linha basal, é um agente de primeira linha razoável.[122]Kugelmas M. Preliminary observation: oral zinc sulfate replacement is effective in treating muscle cramps in cirrhotic patients. J Am Coll Nutr. 2000;19:13-15. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10682870?tool=bestpractice.com
A vitamina E (alfatocoferol), particularmente em pacientes com baixas concentrações de vitamina E sérica na linha basal, é outro agente de primeira linha razoável.[123]Konikoff F, Ben-Amitay G, Halpern Z, et al. Vitamin E and cirrhotic muscle cramps. Isr J Med Sci. 1991;27:221-223. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2010278?tool=bestpractice.com
Um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, de pequeno porte relatou que a quinidina foi eficaz para reduzir a ocorrência de cãibras musculares em pacientes com cirrose.[124]Lee FY, Lee SD, Tsai YT, et al. A randomized controlled trial of quinidine in the treatment of cirrhotic patients with muscle cramps. J Hepatol. 1991;12:236-240. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2051002?tool=bestpractice.com No entanto, há preocupações relativas à segurança sobre a quinidina ou a terapia com quinina. Nos EUA, há um alerta contra o uso de quinina ou quinidina para essa indicação. FDA: drug safety information for quinine sulfate Opens in new window A American Academy of Neurology recomenda que o uso de quinina deve ser considerado apenas se os sintomas forem muito incapacitantes, se nenhum outro agente aliviar os sintomas (ou puder ser tolerado) e se os efeitos adversos puderem ser cuidadosamente monitorados. O paciente deve ser informado sobre os potenciais efeitos adversos graves antes de aceitar o tratamento.[98]Katzberg HD, Khan AH, So YT. Assessment: symptomatic treatment for muscle cramps (an evidence-based review): report of the therapeutics and technology assessment subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2010;74:691-696. http://www.neurology.org/content/74/8/691.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20177124?tool=bestpractice.com
Em outros países como o Reino Unido, as preparações de quinina estão mais facilmente disponíveis para o tratamento de cãibras nas pernas, mas as preocupações de segurança são tais que a quinina não deve ser considerada como o medicamento de primeira escolha para as cãibras nas pernas. Os médicos devem consultar formulários médicos locais para aconselhamento sobre a disponibilidade do local e as indicações.
Opções primárias
sulfato de zinco: adultos: 220 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
alfatocoferol: adultos: 200 unidades por via oral três vezes ao dia
associada à esclerose múltipla ou doença do neurônio motor inferior
medidas de suporte
O manejo da cãibra aguda consiste em cuidados de suporte com alongamento do(s) músculo(s) afetado(s).
farmacoterapia
Todas as evidências que dão suporte ao uso de diversos medicamentos para a prevenção de cãibras associadas à esclerose múltipla e às doenças do neurônio motor derivam de relatos de casos e séries de casos clínicos.
A terapia medicamentosa inclui a gabapentina para cãibras intensas nas pernas em pessoas com esclerose múltipla; o levetiracetam para pessoas com doença do neurônio motor lentamente progressiva e esclerose lateral amiotrófica (ELA), e mexiletina para pessoas com a doença de Machado-Joseph.[126]Mueller ME, Gruenthal M, Olson WL, et al. Gabapentin for relief of upper motor neuron symptoms in multiple sclerosis. Arch Phys Med Rehabil. 1997;78:521-524. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9161373?tool=bestpractice.com [127]Bedlack RS, Pastula DM, Hawes J, et al. Open-label pilot trial of levetiracetam for cramps and spasticity in patients with motor neuron disease. Amyotroph Lateral Scler. 2009;10:210-215. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18821142?tool=bestpractice.com [128]Kanai K, Kuwabara S, Arai K, et al. Muscle cramp in Machado-Joseph disease: altered motor axonal excitability properties and mexiletine treatment. Brain. 2003;126:965-973. http://brain.oxfordjournals.org/content/126/4/965.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12615652?tool=bestpractice.com A carbamazepina também pode ser efetiva.[129]Katzberg HD. Neurogenic muscle cramps. J Neurol. 2015 Aug;262(8):1814-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25673127?tool=bestpractice.com Uma atualização de 2009 das diretrizes da American Academy of Neurology (AAN) e uma revisão Cochrane de 2012 concluíram que não há evidências para apoiar ou refutar qualquer intervenção específica para o tratamento de cãibras musculares em pacientes com ELA.[130]Miller RG, Jackson CE, Kasarskis EJ, et al. Practice parameter update: the care of the patient with amyotrophic lateral sclerosis: multidisciplinary care, symptom management, and cognitive/behavioral impairment (an evidence-based review): report of the Quality Standards Subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2009 Oct 13;73(15):1227-33. https://n.neurology.org/content/73/15/1227.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19822873?tool=bestpractice.com [131]Baldinger R, Katzberg HD, Weber, M. Treatment for cramps in amyotrophic lateral sclerosis/motor neuron disease. Cochrane Database Syst Rev. 2012;(4):CD004157. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD004157.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22513921?tool=bestpractice.com
Em uma pesquisa de 6 centros de tratamento de ELA nos EUA, os neurologistas escolheram como os 4 melhores medicamentos utilizados para o alívio da cãibra a quinina (35%), o baclofeno (19%), a fenitoína (10%) e a gabapentina (7%).[132]Forshew DA, Bromberg MB. A survey of clinicians' practice in the symptomatic treatment of ALS. Amyotroph Lateral Scler Other Motor Neuron Disord. 2003;4:258-263. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14753660?tool=bestpractice.com
Nos EUA, a Food and Drug Administration emitiu um alerta contra o uso da quinina para essa indicação. FDA: drug safety information for quinine sulfate Opens in new window A AAN recomenda que o uso de quinina para cãibras musculares seja considerado apenas se os sintomas forem muito incapacitantes, se nenhum outro agente aliviar os sintomas (ou puder ser tolerado) e se os efeitos adversos puderem ser cuidadosamente monitorados. O paciente deve ser informado sobre os potenciais efeitos adversos graves antes de aceitar o tratamento.[98]Katzberg HD, Khan AH, So YT. Assessment: symptomatic treatment for muscle cramps (an evidence-based review): report of the therapeutics and technology assessment subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2010;74:691-696. http://www.neurology.org/content/74/8/691.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20177124?tool=bestpractice.com
São necessários monitoramentos específicos dos níveis de medicamentos e dos seus efeitos adversos para a fenitoína e carbamazepina.
Em países como o Reino Unido, as preparações de quinina estão mais facilmente disponíveis para o tratamento de cãibras nas pernas, mas as preocupações de segurança são tais que a quinina não deve ser considerada como o medicamento de primeira escolha para as cãibras nas pernas. Os médicos devem consultar formulários locais para aconselhamento sobre a disponibilidade do local e as indicações.
Opções primárias
levetiracetam: crianças: 5-10 mg/kg/dia por via oral inicialmente, administrados em 1-3 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/kg/dia; adultos: 500 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 3000 mg/dia
ou
mexiletina: crianças e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
baclofeno: crianças 2-7 anos de idade: 10-15 mg/kg/dia por via oral inicialmente, administrados em 3 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia; crianças com idade ≥8 anos: 10-15 mg/kg/dia por via oral inicialmente, administrados em 3 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia; adultos: 15 mg/dia por via oral inicialmente, administrados em 3 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 80 mg/dia
ou
fenitoína: crianças de 6 meses a 3 anos de idade: 5-10 mg/kg/ dia por via oral administrados em 2-3 doses fracionadas; crianças de 4-6 anos de idade: 5-9 mg/kg/dia por via oral administrados em 2-3 doses fracionadas; crianças de 7-9 anos de idade: 5-8 mg/kg/dia por via oral administrados em 2-3 doses fracionadas; crianças de 10-16 anos de idade: 5-7 mg/kg/dia por via oral administrados em 2-3 doses fracionadas; adultos: 100 mg/dia por via oral inicialmente administrados em 1-2 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 300 mg/dia
ou
carbamazepina: crianças <6 anos de idade: 10-20 mg/kg/dia por via oral administrados em 2-4 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 35 mg/kg/dia; crianças 6-12 anos de idade: 200 mg/dia por via oral inicialmente administrados em 2-4 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 1000 mg/dia; crianças >12 anos de idade e adultos: 400 mg/dia por via oral inicialmente administrados em 2-4 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 1200 mg/dia
ou
gabapentina: crianças 3-12 anos de idade: 10-15 mg/kg/dia por via oral inicialmente, administrados em 3 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 50 mg/kg/dia; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 300 mg/dia por via oral administrados em 3 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 1800 mg/dia
associada à síndrome familiar
medidas de suporte
O manejo da cãibra aguda consiste em cuidados de suporte com alongamento do(s) músculo(s) afetado(s).
farmacoterapia
Todas as evidências que dão suporte ao uso de diversos medicamentos para a prevenção de cãibras associadas a síndromes familiares derivam de relatos de casos e séries de casos. Isso inclui injeção de toxina botulínica do tipo A na síndrome hereditária autossômica dominante benigna de fasciculação com cãibras; fenitoína na síndrome da Isaac, síndrome da resistência insulínica, acantose nigricans e hipertrofia acral; vitamina B6 na doença de McArdle; e gabapentina na síndrome de mioquimia-cãibra.[133]Bertolasi L, Priori A, Tomelleri G, et al. Botulinum toxin treatment of muscle cramps: a clinical and neurophysiological study. Ann Neurol. 1997;41:181-186. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9029067?tool=bestpractice.com [134]Minaker KL, Flier JS, Landsberg L, et al. Phenytoin-induced improvement in muscle cramping and insulin action in three patients with the syndrome of insulin resistance, acanthosis nigricans, and acral hypertrophy. Arch Neurol. 1989;46:981-985. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2673162?tool=bestpractice.com [135]Zisfein J, Sivak M, Aron AM, et al. Isaacs' syndrome with muscle hypertrophy reversed by phenytoin therapy. Arch Neurol. 1983;40:241-242. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6830473?tool=bestpractice.com [136]Chang YJ, Wu CL, Chen RS, et al. Case of Isaacs syndrome successfully treated with phenytoin. J Formos Med Assoc. 1993;92:1010-1012. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7910059?tool=bestpractice.com [137]Phoenix J, Hopkins P, Bartram C, et al. Effect of vitamin B6 supplementation in McArdle's disease: a strategic case study. Neuromuscul Disord. 1998;8:210-212. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9631404?tool=bestpractice.com [138]Serrao M, Cardinali P, Rossi P, et al. A case of myokymia-cramp syndrome successfully treated with gabapentin. Acta Neurol Scand. 1998;98:458-460. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9875627?tool=bestpractice.com A carbamazepina também pode ser efetiva.[129]Katzberg HD. Neurogenic muscle cramps. J Neurol. 2015 Aug;262(8):1814-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25673127?tool=bestpractice.com
Nos EUA, a Food and Drug Administration emitiu um alerta contra o uso de quinina para cãibras nas pernas. FDA: drug safety information for quinine sulfate Opens in new window A American Academy of Neurology recomendou que o uso de quinina deve ser considerado apenas se os sintomas forem muito incapacitantes, se nenhum outro agente aliviar os sintomas (ou puder ser tolerado) e se os efeitos adversos puderem ser cuidadosamente monitorados. O paciente deve ser informado sobre os potenciais efeitos adversos graves antes de aceitar o tratamento.[98]Katzberg HD, Khan AH, So YT. Assessment: symptomatic treatment for muscle cramps (an evidence-based review): report of the therapeutics and technology assessment subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2010;74:691-696. http://www.neurology.org/content/74/8/691.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20177124?tool=bestpractice.com
As injeções de toxina botulínica e vitamina B6 devem ser limitadas a pessoas com afecções para as quais houver dados que apoiem algum benefício. Os outros agentes podem ser utilizados menos especificamente, mas recomenda-se a opinião de um especialista. São necessários monitoramentos específicos dos níveis de medicamentos e dos seus efeitos adversos para a fenitoína e a carbamazepina.
Em países como o Reino Unido, as preparações de quinina estão mais facilmente disponíveis para o tratamento de cãibras nas pernas, mas as preocupações de segurança são tais que a quinina não deve ser considerada como o medicamento de primeira escolha para as cãibras nas pernas. Os médicos devem consultar formulários locais para aconselhamento sobre a disponibilidade do local e as indicações.
Opções primárias
toxina botulínica do tipo A: crianças e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
fenitoína: crianças de 6 meses a 3 anos de idade: 5-10 mg/kg/ dia por via oral administrados em 2-3 doses fracionadas; crianças de 4-6 anos de idade: 5-9 mg/kg/dia por via oral administrados em 2-3 doses fracionadas; crianças de 7-9 anos de idade: 5-8 mg/kg/dia por via oral administrados em 2-3 doses fracionadas; crianças de 10-16 anos de idade: 5-7 mg/kg/dia por via oral administrados em 2-3 doses fracionadas; adultos: 100 mg/dia por via oral inicialmente administrados em 1-2 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 300 mg/dia
ou
piridoxina: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 50 mg por via oral uma vez ao dia
ou
gabapentina: crianças 3-12 anos de idade: 10-15 mg/kg/dia por via oral inicialmente, administrados em 3 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 50 mg/kg/dia; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 300 mg/dia por via oral administrados em 3 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 1800 mg/dia
ou
carbamazepina: crianças <6 anos de idade: 10-20 mg/kg/dia por via oral administrados em 2-4 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 35 mg/kg/dia; crianças 6-12 anos de idade: 200 mg/dia por via oral inicialmente administrados em 2-4 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 1000 mg/dia; crianças >12 anos de idade e adultos: 400 mg/dia por via oral inicialmente administrados em 2-4 doses fracionadas, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 1200 mg/dia
associada a medicamentos
possível descontinuação, redução da dosagem ou substituição
O manejo da cãibra aguda consiste em cuidados de suporte com alongamento do(s) músculo(s) afetado(s). Se possível, todos os medicamentos que potencialmente contribuem ou causam cãibras devem ser descontinuados, estando ciente do potencial para reações perigosas de supressão do medicamento.
Pode ser necessário suprimir um agente único de cada vez, começando com aqueles associados com os maiores riscos de causar cãibra.
A redução da dose pode ser razoável antes de se recorrer à suspensão, com a constatação de que a redução da dose pode comprometer a eficácia do medicamento.
A substituição por um medicamento dentro da mesma classe terapêutica pode fornecer uma solução para alguns pacientes.[50]Zimlichman R, Krauss S, Paran E. Muscle cramps induced by beta-blockers with intrinsic sympathomimetic activity properties: a hint of a possible mechanism. Arch Intern Med. 1991;151:1021. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2025129?tool=bestpractice.com [51]Imai Y, Watanabe N, Hashimoto J, et al. Muscle cramps and elevated serum creatine phosphokinase levels induced by beta-adrenoceptor blockers. Eur J Clin Pharmacol. 1995;48:29-34. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7621844?tool=bestpractice.com Com o medicamento anticancerígeno imatinibe, a redução da dose pode ser impossível sem o grave comprometimento de sua eficácia.
suplementação de cálcio e/ou magnésio ou clordiazepóxido
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A suplementação de cálcio e magnésio, mesmo na presença de normocalcemia e normomagnesemia, pode melhorar as cãibras associadas ao imatinibe.[48]Deininger MW, O'Brien SG, Ford JM, et al. Practical management of patients with chronic myeloid leukemia receiving imatinib. J Clin Oncol. Apr 15;21(8):1637-47. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12668652?tool=bestpractice.com
A quinina não deve ser utilizada devido à sua capacidade de inibir as isoenzimas do citocromo P450, causando o aumento das concentrações séricas de imatinibe e, por conseguinte, o risco de toxicidade.[48]Deininger MW, O'Brien SG, Ford JM, et al. Practical management of patients with chronic myeloid leukemia receiving imatinib. J Clin Oncol. Apr 15;21(8):1637-47. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12668652?tool=bestpractice.com
Há evidências limitadas da eficácia do clordiazepóxido em baixa dose em suprimir as cãibras associadas ao imatinibe.[139]Medeiros BC, Lipton JH. Chlordiazepoxide for imatinib-induced muscular cramps. Eur J Haematol. 2006;77:538. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17105448?tool=bestpractice.com
Opções primárias
citrato de cálcio: adultos: 200-1200 mg/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas
Mais citrato de cálcioDose expressa em termos de cálcio elementar.
E/OU
óxido de magnésio: adultos: 140-400 mg/dia por via oral
Opções secundárias
clordiazepóxido: adultos: 10 mg por via oral uma vez ao dia
suplementação com creatina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se creatina quinase (CK) sérica estiver ≥10 vezes o limite superior do normal, interrompa permanentemente a terapia com estatina.
Se a CK sérica estiver <10 vezes o limite superior do normal ou dentro da variação normal, será possível continuar a estatina com o monitoramento frequente se os sintomas forem toleráveis, ou alterar para outros medicamentos hipolipemiantes se os sintomas forem intoleráveis.[54]Gillett RC Jr, Norrell A. Considerations for safe use of statins: liver enzyme abnormalities and muscle toxicity. Am Fam Physician. 2011;83:711-716. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21404982?tool=bestpractice.com [141]Pasternak RC, Smith SC Jr, Bairey-Merz CN, et al. ACC/AHA/NHLBI clinical advisory on the use and safety of statins. J Am Coll Cardiol. 2002;40:567-572. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109702020302 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12142128?tool=bestpractice.com
Os pacientes que tomam estatinas e têm toxicidade muscular (miopatia) caracterizada por mialgias, fraqueza e cãibras podem se beneficiar de um estudo de suplementação com creatina (use somente se CK sérica estiver <10 vezes o limite superior do normal ou dentro da normalidade).[140]Shewman DA, Craig JM. Creatine supplementation prevents statin-induced muscle toxicity. Ann Intern Med. 2010;153:690-692. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21079234?tool=bestpractice.com
O acompanhamento cuidadoso é necessário para garantir que a rabdomiólise e nefropatia de mioglobina sejam evitados.
Opções primárias
creatina: adultos: 5 g por via oral duas vezes ao dia por 5 dias, seguidos por 5 g uma vez ao dia
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