Estomatite aftosa recorrente (úlceras orais episódicas)
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
todos os pacientes
mudar a pasta de dentes e evitar fatores desencadeantes
Os pacientes devem ser orientados a trocar sua pasta de dente por uma formulação que não contenha lauril sulfato de sódio (LSS). Um aumento na frequência de estomatite aftosa recorrente (EAR) relacionada a dentifrícios que contêm LSS tem sido relatado, embora outros estudos não tenham encontrado essa associação.[21]Healy CM, Paterson M, Joyston-Bechal S, et al. The effect of a sodium lauryl sulfate-free dentifrice on patients with recurrent oral ulceration. Oral Dis. 1999 Jan;5(1):39-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10218040?tool=bestpractice.com No entanto, como o uso de dentifrícios com LSS é disseminado, parece improvável que esse agente realmente predisponha a, ou cause, a maioria dos casos de EAR.[6]Jurge S, Kuffer R, Scully C, et al. Mucosal disease series. Number VI. Recurrent aphthous stomatitis. Oral Dis. 2006 Jan;12(1):1-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16390463?tool=bestpractice.com
Os pacientes também devem ser instruídos a evitar alimentos reconhecidos como desencadeantes e bebidas e alimentos ácidos.[1]Scully C. Clinical practice. Aphthous ulceration. N Engl J Med. 2006 Jul 13;355(2):165-72. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16837680?tool=bestpractice.com
Para todos os pacientes, a possibilidade de trauma local (por exemplo, devido a dentes pontiagudos e/ou quebrados, próteses dentárias e aparelhos ortodônticos, e mordidas ao mastigar) deve ser avaliada e o tratamento odontológico apropriado realizado.[3]Scully C, Gorsky M, Lozada-Nur F. The diagnosis and management of recurrent aphthous stomatitis: a consensus approach. J Am Dent Assoc. 2003 Feb;134(2):200-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12636124?tool=bestpractice.com
alívio dos sintomas
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As terapias tópicas para alívio dos sintomas podem ser benéficas. Elas incluem anestésicos tópicos (por exemplo, lidocaína) e agentes anti-inflamatórios tópicos de venda livre.[51]Matthews RW, Scully CM, Levers BG, et al. Clinical evaluation of benzydamine, chlorhexidine, and placebo mouthwashes in the management of recurrent aphthous stomatitis. Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1987 Feb;63(2):189-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3469601?tool=bestpractice.com
Opções primárias
lidocaína tópica: (solução viscosa a 2%) crianças: 1.25 mL a cada 3 horas quando necessário (bochechar e cuspir), máximo de 4 doses/12 horas; adultos: 15 mL a cada 3 horas quando necessário (bochechar e cuspir), máximo de 8 doses/dia
ou
benzidamina tópica: (solução a 0.15%) crianças ≥13 anos de idade e adultos: 15 mL como colutório a cada 1.5 a 3 horas quando necessário; (spray de aplicação oromucosa a 0.15%) crianças ≥1 mês de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 4-8 aplicações a cada 1.5 a 3 horas quando necessário
colutório antibacteriano
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Agentes antimicrobianos adjuvantes também podem ser de algum valor, em parte pela redução da infecção secundária. Eles podem reduzir a gravidade e a dor da ulceração.[3]Scully C, Gorsky M, Lozada-Nur F. The diagnosis and management of recurrent aphthous stomatitis: a consensus approach. J Am Dent Assoc. 2003 Feb;134(2):200-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12636124?tool=bestpractice.com
Os ensaios clínicos randomizados e controlados têm mostrado que a solução oral de clorexidina pode reduzir a duração da estomatite aftosa recorrente e aumentar o número de dias sem úlcera.[52]Addy M, Tapper-Jones L, Seal M. Trial of astringent and antibacterial mouthwashes in the management of recurrent aphthous ulceration. Br Dent J. 1974 Jun 4;136(11):452-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/4531936?tool=bestpractice.com [53]Addy M, Carpenter R, Roberts WR. Management of recurrent aphthous ulceration: a trial of chlorhexidine gluconate gel. Br Dent J. 1976 Aug 17;141(4):118-20. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/786339?tool=bestpractice.com [54]Addy M. Hibitane in the treatment of aphthous ulceration. J Clin Periodontol. 1977 Dec;4(5):108-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/350904?tool=bestpractice.com [55]Hunter L, Addy M. Chlorhexidine gluconate mouthwash in the management of minor aphthous ulceration: a double-blind, placebo controlled cross-over trial. Br Dent J. 1987 Feb 7;162(3):106-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3545267?tool=bestpractice.com
As tetraciclinas tópicas usadas como enxágue também podem ser eficazes.[56]Graykowski EA, Kingman A. Double-blind trial of tetracycline in recurrent aphthous ulceration. J Oral Pathol. 1978;7(6):376-82. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/105096?tool=bestpractice.com [57]Häyrinen-Immonen R, Sorsa T, Pettila J, et al. Effect of tetracyclines on collagenase activity in patients with recurrent aphthous ulcers. J Oral Pathol Med. 1994 Jul;23(6):269-72. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7932246?tool=bestpractice.com Essas formulações precisam ser especialmente compostas. Elas podem proporcionar alívio e reduzir a duração da úlcera. Elas devem ser evitadas em crianças com menos de 8 anos de idade, pois podem causar descoloração e manchas nos dentes. Os pacientes devem ser aconselhados a escovar bem os dentes antes do uso (pois elas mancham as placas nos dentes), e que não devem ser usados de forma regular em longo prazo.
Opções primárias
clorexidina orofaríngea: (0.12%) crianças e adultos: 10-15 mL como colutório duas vezes ao dia
vitamina B12 oral
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Algumas evidências mostram o benefício da vitamina B12, mesmo na ausência de alguma deficiência; a suplementação com vitamina B12 oral (cianocobalamina) tem sido eficaz em estudos, independentemente dos níveis séricos de B12.[46]Volkov I, Rudoy I, Freud T, et al. Effectiveness of vitamin B12 in treating recurrent aphthous stomatitis: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial. J Am Board Fam Med. 2009 Jan-Feb;22(1):9-16. https://www.jabfm.org/content/22/1/9 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19124628?tool=bestpractice.com [47]Gulcan E, Toker S, Hatipoğlu H, et al. Cyanocobalamin may be beneficial in the treatment of recurrent aphthous ulcers even when vitamin B12 levels are normal. Am J Med Sci. 2008 Nov;336(5):379-82. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19011392?tool=bestpractice.com [48]Liu HL, Chiu S, Chen KH. Effectiveness of vitamin B12 on recurrent aphthous stomatitis in long term care: a systematic review. JBI Database System Rev Implement Rep. 2013 Feb;11(2):281-307. https://journals.lww.com/jbisrir/Abstract/2013/11020/Effectiveness_of_Vitamin_B12_on_Recurrent_Aphthous.3.aspx
Opções primárias
cianocobalamina: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 1000 microgramas por via oral uma vez ao dia
Mais cianocobalaminaSe disponíveis, comprimidos sublinguais podem ser usados; devem ser dissolvidos debaixo da língua e engolidos.
ferro oral
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A suplementação de ferro em adultos e crianças pode ser necessária para prevenir úlceras resultantes da anemia ferropriva. O tratamento inicial é a terapia oral diária de reposição de ferro.[49]Sumathi K, Shanthi B, Subha Palaneeswari M, et al. Significance of ferritin in recurrent oral ulceration. J Clin Diagn Res. 2014 Mar;8(3):14-5. https://www.jcdr.net/article_fulltext.asp?issn=0973-709x&year=2014&volume=8&issue=3&page=14&issn=0973-709x&id=4091 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24783067?tool=bestpractice.com
Opções primárias
sulfato ferroso: crianças: 3 mg/kg por via oral uma vez ao dia; adultos: 65-130 mg por via oral uma vez ao dia
Mais sulfato ferrosoDose expressada como ferro elementar. Podem estar disponíveis esquemas alternativos de dosagem.
ou
gliconato ferroso: crianças: 3 mg/kg por via oral uma vez ao dia; adultos: 65-130 mg por via oral uma vez ao dia
Mais gliconato ferrosoDose expressada como ferro elementar. Podem estar disponíveis esquemas alternativos de dosagem.
ou
fumarato ferroso: crianças: 3 mg/kg por via oral uma vez ao dia; adultos: 65-130 mg por via oral uma vez ao dia
Mais fumarato ferrosoDose expressada como ferro elementar. Podem estar disponíveis esquemas alternativos de dosagem.
ou
maltol férrico: adultos: 30 mg por via oral duas vezes ao dia
corticosteroide tópico
Corticosteroides tópicos são a base do tratamento se medidas simples isoladamente não funcionarem.
Uma variedade de agentes diferentes pode ser usada, incluindo uma pasta de corticosteroide (uma combinação de um corticosteroide tópico potente, como triancinolona, e pasta dental), comprimidos bucais de hidrocortisona e comprimidos solúveis de betametasona.[3]Scully C, Gorsky M, Lozada-Nur F. The diagnosis and management of recurrent aphthous stomatitis: a consensus approach. J Am Dent Assoc. 2003 Feb;134(2):200-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12636124?tool=bestpractice.com Contudo, a pasta de corticosteroides pode ser de difícil obtenção em certas regiões.
Um corticosteroide tópico mais potente, como dipropionato de betametasona, clobetasol ou fluocinonida, também pode ser usado.[3]Scully C, Gorsky M, Lozada-Nur F. The diagnosis and management of recurrent aphthous stomatitis: a consensus approach. J Am Dent Assoc. 2003 Feb;134(2):200-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12636124?tool=bestpractice.com Contudo, esses medicamentos podem precisar ser especialmente compostos na pasta dental se não estiverem comercialmente disponíveis.
A duração do tratamento depende do caso, mas não existem evidências de supressão adrenal com corticosteroides de baixa potência.
Há um número limitado de corticosteroides tópicos que são licenciados para uso oral em crianças. Se corticosteroides tópicos forem necessários, eles podem ser usados off-label, mas somente em crianças que podem seguir instruções em relação a cuspir o medicamento. Isso significa que eles geralmente não podem ser usados em crianças com menos de 6 anos de idade. Esses tratamentos só devem ser iniciados sob cuidados especializados após a criança ter sido avaliada e outras causas de úlceras orais terem sido descartadas.[65]Crighton AJ. Oral medicine in children. Br Dent J. 2017 Dec;223(9):706-12. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29097798?tool=bestpractice.com
Opções primárias
triancinolona tópica: (pasta a 0.1%) crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas a três vezes ao dia
ou
betametasona: (comprimidos solúveis) crianças com <12 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 500 microgramas por via oral (dissolvidos em 20 mL de água e bochechados sem deglutição) quatro vezes ao dia
Opções secundárias
hidrocortisona: (comprimido bucal) crianças <12 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 2.5 mg por via oral (podem ser dissolvidos lentamente na boca em contato com a úlcera) quatro vezes ao dia
alívio dos sintomas
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As terapias tópicas para alívio dos sintomas podem ser benéficas. Elas incluem anestésicos tópicos (por exemplo, lidocaína) e agentes anti-inflamatórios tópicos de venda livre.[51]Matthews RW, Scully CM, Levers BG, et al. Clinical evaluation of benzydamine, chlorhexidine, and placebo mouthwashes in the management of recurrent aphthous stomatitis. Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1987 Feb;63(2):189-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3469601?tool=bestpractice.com
Opções primárias
lidocaína tópica: (solução viscosa a 2%) crianças: 1.25 mL a cada 3 horas quando necessário (bochechar e cuspir), máximo de 4 doses/12 horas; adultos: 15 mL a cada 3 horas quando necessário (bochechar e cuspir), máximo de 8 doses/dia
ou
benzidamina tópica: (solução a 0.15%) crianças ≥13 anos de idade e adultos: 15 mL como colutório a cada 1.5 a 3 horas quando necessário; (spray de aplicação oromucosa a 0.15%) crianças ≥1 mês de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 4-8 aplicações a cada 1.5 a 3 horas quando necessário
colutório antibacteriano
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Agentes antimicrobianos adjuvantes também podem ser de algum valor, em parte pela redução da infecção secundária. Eles podem reduzir a gravidade e a dor da ulceração.[3]Scully C, Gorsky M, Lozada-Nur F. The diagnosis and management of recurrent aphthous stomatitis: a consensus approach. J Am Dent Assoc. 2003 Feb;134(2):200-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12636124?tool=bestpractice.com
Os ensaios clínicos randomizados e controlados têm mostrado que a solução oral de clorexidina pode reduzir a duração da estomatite aftosa recorrente e aumentar o número de dias sem úlcera.[52]Addy M, Tapper-Jones L, Seal M. Trial of astringent and antibacterial mouthwashes in the management of recurrent aphthous ulceration. Br Dent J. 1974 Jun 4;136(11):452-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/4531936?tool=bestpractice.com [53]Addy M, Carpenter R, Roberts WR. Management of recurrent aphthous ulceration: a trial of chlorhexidine gluconate gel. Br Dent J. 1976 Aug 17;141(4):118-20. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/786339?tool=bestpractice.com [54]Addy M. Hibitane in the treatment of aphthous ulceration. J Clin Periodontol. 1977 Dec;4(5):108-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/350904?tool=bestpractice.com [55]Hunter L, Addy M. Chlorhexidine gluconate mouthwash in the management of minor aphthous ulceration: a double-blind, placebo controlled cross-over trial. Br Dent J. 1987 Feb 7;162(3):106-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3545267?tool=bestpractice.com
As tetraciclinas tópicas usadas como enxágue também podem ser eficazes.[56]Graykowski EA, Kingman A. Double-blind trial of tetracycline in recurrent aphthous ulceration. J Oral Pathol. 1978;7(6):376-82. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/105096?tool=bestpractice.com [57]Häyrinen-Immonen R, Sorsa T, Pettila J, et al. Effect of tetracyclines on collagenase activity in patients with recurrent aphthous ulcers. J Oral Pathol Med. 1994 Jul;23(6):269-72. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7932246?tool=bestpractice.com Essas formulações precisam ser especialmente compostas. Elas podem proporcionar alívio e reduzir a duração da úlcera. Devem ser evitadas em crianças com menos de 8 anos de idade, pois podem causar descoloração dos dentes.
Opções primárias
clorexidina orofaríngea: (0.12%) crianças e adultos: 10-15 mL como colutório duas vezes ao dia
vitamina B12 oral
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Algumas evidências mostram o benefício da vitamina B12, mesmo na ausência de alguma deficiência; a suplementação com vitamina B12 oral (cianocobalamina) tem sido eficaz em estudos, independentemente dos níveis séricos de B12.[46]Volkov I, Rudoy I, Freud T, et al. Effectiveness of vitamin B12 in treating recurrent aphthous stomatitis: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial. J Am Board Fam Med. 2009 Jan-Feb;22(1):9-16. https://www.jabfm.org/content/22/1/9 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19124628?tool=bestpractice.com [47]Gulcan E, Toker S, Hatipoğlu H, et al. Cyanocobalamin may be beneficial in the treatment of recurrent aphthous ulcers even when vitamin B12 levels are normal. Am J Med Sci. 2008 Nov;336(5):379-82. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19011392?tool=bestpractice.com [48]Liu HL, Chiu S, Chen KH. Effectiveness of vitamin B12 on recurrent aphthous stomatitis in long term care: a systematic review. JBI Database System Rev Implement Rep. 2013 Feb;11(2):281-307. https://journals.lww.com/jbisrir/Abstract/2013/11020/Effectiveness_of_Vitamin_B12_on_Recurrent_Aphthous.3.aspx
Opções primárias
cianocobalamina: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 1000 microgramas por via oral uma vez ao dia
Mais cianocobalaminaSe disponíveis, comprimidos sublinguais podem ser usados; devem ser dissolvidos debaixo da língua e engolidos.
ferro oral
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A suplementação de ferro em adultos e crianças pode ser necessária para prevenir úlceras resultantes da anemia ferropriva. O tratamento inicial é a terapia oral diária de reposição de ferro.[49]Sumathi K, Shanthi B, Subha Palaneeswari M, et al. Significance of ferritin in recurrent oral ulceration. J Clin Diagn Res. 2014 Mar;8(3):14-5. https://www.jcdr.net/article_fulltext.asp?issn=0973-709x&year=2014&volume=8&issue=3&page=14&issn=0973-709x&id=4091 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24783067?tool=bestpractice.com
Opções primárias
sulfato ferroso: crianças: 3 mg/kg por via oral uma vez ao dia; adultos: 65-130 mg por via oral uma vez ao dia
Mais sulfato ferrosoDose expressada como ferro elementar. Podem estar disponíveis esquemas alternativos de dosagem.
ou
gliconato ferroso: crianças: 3 mg/kg por via oral uma vez ao dia; adultos: 65-130 mg por via oral uma vez ao dia
Mais gliconato ferrosoDose expressada como ferro elementar. Podem estar disponíveis esquemas alternativos de dosagem.
ou
fumarato ferroso: crianças: 3 mg/kg por via oral uma vez ao dia; adultos: 65-130 mg por via oral uma vez ao dia
Mais fumarato ferrosoDose expressada como ferro elementar. Podem estar disponíveis esquemas alternativos de dosagem.
ou
maltol férrico: adultos: 30 mg por via oral duas vezes ao dia
corticosteroide sistêmico ou colchicina
Se a estomatite aftosa recorrente (EAR) não responder a terapias tópicas, terapias sistêmicas talvez sejam necessárias.
Prednisolona oral administrada por 1 semana, com redução da dose na segunda semana, é um esquema sugerido.[3]Scully C, Gorsky M, Lozada-Nur F. The diagnosis and management of recurrent aphthous stomatitis: a consensus approach. J Am Dent Assoc. 2003 Feb;134(2):200-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12636124?tool=bestpractice.com
O imunomodulador sistêmico de primeira linha usado na EAR e nas manifestações mucocutâneas da síndrome de Behçet é a colchicina.[62]Taylor J, Glenny AM, Walsh T, et al. Interventions for managing oral ulcers in Behçet's disease. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Sep 25;(9):CD011018. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD011018.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25254615?tool=bestpractice.com
Os tratamentos sistêmicos para a EAR raramente são usados em crianças com menos de 12 anos, e só são iniciados sob assistência especializada. A colchicina raramente é usada em crianças.
Opções primárias
prednisolona: crianças: 0.5 a 1 mg/kg/dia por via oral por 7 dias, depois reduzir gradualmente a dose ao longo de 7 dias; adultos: 30-60 mg por via oral uma vez ao dia por 7 dias, depois reduzir gradualmente ao longo de 7 dias
Opções secundárias
colchicina: adultos: 0.5 mg por via oral duas a três vezes ao dia
alívio dos sintomas
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As terapias tópicas para alívio dos sintomas podem ser benéficas. Elas incluem anestésicos tópicos (por exemplo, lidocaína) e agentes anti-inflamatórios tópicos de venda livre.[51]Matthews RW, Scully CM, Levers BG, et al. Clinical evaluation of benzydamine, chlorhexidine, and placebo mouthwashes in the management of recurrent aphthous stomatitis. Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1987 Feb;63(2):189-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3469601?tool=bestpractice.com
Opções primárias
lidocaína tópica: (solução viscosa a 2%) crianças: 1.25 mL a cada 3 horas quando necessário (bochechar e cuspir), máximo de 4 doses/12 horas; adultos: 15 mL a cada 3 horas quando necessário (bochechar e cuspir), máximo de 8 doses/dia
ou
benzidamina tópica: (solução a 0.15%) crianças ≥13 anos de idade e adultos: 15 mL como colutório a cada 1.5 a 3 horas quando necessário; (spray de aplicação oromucosa a 0.15%) crianças ≥1 mês de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 4-8 aplicações a cada 1.5 a 3 horas quando necessário
colutório antibacteriano
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Agentes antimicrobianos adjuvantes também podem ser de algum valor, em parte pela redução da infecção secundária. Eles podem reduzir a gravidade e a dor da ulceração.[3]Scully C, Gorsky M, Lozada-Nur F. The diagnosis and management of recurrent aphthous stomatitis: a consensus approach. J Am Dent Assoc. 2003 Feb;134(2):200-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12636124?tool=bestpractice.com
Os ensaios clínicos randomizados e controlados têm mostrado que a solução oral de clorexidina pode reduzir a duração da estomatite aftosa recorrente e aumentar o número de dias sem úlcera.[52]Addy M, Tapper-Jones L, Seal M. Trial of astringent and antibacterial mouthwashes in the management of recurrent aphthous ulceration. Br Dent J. 1974 Jun 4;136(11):452-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/4531936?tool=bestpractice.com [53]Addy M, Carpenter R, Roberts WR. Management of recurrent aphthous ulceration: a trial of chlorhexidine gluconate gel. Br Dent J. 1976 Aug 17;141(4):118-20. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/786339?tool=bestpractice.com [54]Addy M. Hibitane in the treatment of aphthous ulceration. J Clin Periodontol. 1977 Dec;4(5):108-16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/350904?tool=bestpractice.com [55]Hunter L, Addy M. Chlorhexidine gluconate mouthwash in the management of minor aphthous ulceration: a double-blind, placebo controlled cross-over trial. Br Dent J. 1987 Feb 7;162(3):106-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3545267?tool=bestpractice.com
As tetraciclinas tópicas usadas como enxágue também podem ser eficazes.[56]Graykowski EA, Kingman A. Double-blind trial of tetracycline in recurrent aphthous ulceration. J Oral Pathol. 1978;7(6):376-82. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/105096?tool=bestpractice.com [57]Häyrinen-Immonen R, Sorsa T, Pettila J, et al. Effect of tetracyclines on collagenase activity in patients with recurrent aphthous ulcers. J Oral Pathol Med. 1994 Jul;23(6):269-72. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7932246?tool=bestpractice.com Essas formulações precisam ser especialmente compostas. Elas podem proporcionar alívio e reduzir a duração da úlcera. Devem ser evitadas em crianças com menos de 8 anos de idade, pois podem causar descoloração dos dentes.
Opções primárias
clorexidina orofaríngea: (0.12%) crianças e adultos: 10-15 mL como colutório duas vezes ao dia
vitamina B12 oral
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Algumas evidências mostram o benefício da vitamina B12, mesmo na ausência de alguma deficiência; a suplementação com vitamina B12 oral (cianocobalamina) tem sido eficaz em estudos, independentemente dos níveis séricos de B12.[46]Volkov I, Rudoy I, Freud T, et al. Effectiveness of vitamin B12 in treating recurrent aphthous stomatitis: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial. J Am Board Fam Med. 2009 Jan-Feb;22(1):9-16. https://www.jabfm.org/content/22/1/9 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19124628?tool=bestpractice.com [47]Gulcan E, Toker S, Hatipoğlu H, et al. Cyanocobalamin may be beneficial in the treatment of recurrent aphthous ulcers even when vitamin B12 levels are normal. Am J Med Sci. 2008 Nov;336(5):379-82. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19011392?tool=bestpractice.com [48]Liu HL, Chiu S, Chen KH. Effectiveness of vitamin B12 on recurrent aphthous stomatitis in long term care: a systematic review. JBI Database System Rev Implement Rep. 2013 Feb;11(2):281-307. https://journals.lww.com/jbisrir/Abstract/2013/11020/Effectiveness_of_Vitamin_B12_on_Recurrent_Aphthous.3.aspx
Opções primárias
cianocobalamina: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 1000 microgramas por via oral uma vez ao dia
Mais cianocobalaminaSe disponíveis, comprimidos sublinguais podem ser usados; devem ser dissolvidos debaixo da língua e engolidos.
ferro oral
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A suplementação de ferro em adultos e crianças pode ser necessária para prevenir úlceras resultantes da anemia ferropriva. O tratamento inicial é a terapia oral diária de reposição de ferro.[49]Sumathi K, Shanthi B, Subha Palaneeswari M, et al. Significance of ferritin in recurrent oral ulceration. J Clin Diagn Res. 2014 Mar;8(3):14-5. https://www.jcdr.net/article_fulltext.asp?issn=0973-709x&year=2014&volume=8&issue=3&page=14&issn=0973-709x&id=4091 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24783067?tool=bestpractice.com
Opções primárias
sulfato ferroso: crianças: 3 mg/kg por via oral uma vez ao dia; adultos: 65-130 mg por via oral uma vez ao dia
Mais sulfato ferrosoDose expressada como ferro elementar. Podem estar disponíveis esquemas alternativos de dosagem.
ou
gliconato ferroso: crianças: 3 mg/kg por via oral uma vez ao dia; adultos: 65-130 mg por via oral uma vez ao dia
Mais gliconato ferrosoDose expressada como ferro elementar. Podem estar disponíveis esquemas alternativos de dosagem.
ou
fumarato ferroso: crianças: 3 mg/kg por via oral uma vez ao dia; adultos: 65-130 mg por via oral uma vez ao dia
Mais fumarato ferrosoDose expressada como ferro elementar. Podem estar disponíveis esquemas alternativos de dosagem.
ou
maltol férrico: adultos: 30 mg por via oral duas vezes ao dia
encaminhamento a especialista
O uso de agentes adicionais acima dos corticosteroides sistêmicos e da colchicina são normalmente fornecidos sob supervisão de um especialista. Por exemplo, o uso de imunomoduladores sistêmicos ou agentes anti-inflamatórios, como azatioprina ou talidomida, pode ser considerado após o encaminhamento.[1]Scully C. Clinical practice. Aphthous ulceration. N Engl J Med. 2006 Jul 13;355(2):165-72. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16837680?tool=bestpractice.com [3]Scully C, Gorsky M, Lozada-Nur F. The diagnosis and management of recurrent aphthous stomatitis: a consensus approach. J Am Dent Assoc. 2003 Feb;134(2):200-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12636124?tool=bestpractice.com [45]Letsinger JA, McCarty MA, Jorizzo JL. Complex aphthosis: a large case series with evaluation algorithm and therapeutic ladder from topicals to thalidomide. J Am Acad Dermatol. 2005 Mar;52(3 Pt 1):500-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15761429?tool=bestpractice.com [60]Hello M, Barbarot S, Bastuji-Garin S, et al. Use of thalidomide for severe recurrent aphthous stomatitis: a multicenter cohort analysis. Medicine (Baltimore). 2010 May;89(3):176-82. https://journals.lww.com/md-journal/Fulltext/2010/05000/Use_of_Thalidomide_for_Severe_Recurrent_Aphthous.5.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20453604?tool=bestpractice.com [61]Toader MP, Esanu IM, Taranu T, et al. Colchicine in the treatment of refractory aphthous ulcerations: review of the literature and two case reports. Exp Ther Med. 2021 Mar;21(3):281. https://www.spandidos-publications.com/10.3892/etm.2021.9712 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33603888?tool=bestpractice.com Há poucas evidências para apoiar o uso de azatioprina.
A talidomida raramente é usada, prescrita apenas por especialistas com experiência em seu uso, e nunca deveria ser iniciada na atenção primária - pode haver uma legislação rígida sobre sua prescrição. Por exemplo, no Reino Unido, seu uso é aprovado apenas em discussão caso a caso com vários conselhos/planos de saúde.
O uso da talidomida na EAR é apoiado por dados na EAR e em pacientes com ulceração aftosa na infecção por HIV.[63]Revuz J, Guillaume JC, Janier M, et al. Crossover study of thalidomide vs placebo in severe recurrent aphthous stomatitis. Arch Dermatol. 1990 Jul;126(7):923-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2193629?tool=bestpractice.com [64]Nicolau DP, West TE. Thalidomide: treatment of severe recurrent aphthous stomatitis in patients with AIDS. DICP. 1990 Nov;24(11):1054-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2275226?tool=bestpractice.com Nesses grupos de pacientes, estudos abertos e duplo-cegos têm mostrado que a talidomida é o agente efetivo mais confiável disponível para o manejo de EAR refratária grave.[6]Jurge S, Kuffer R, Scully C, et al. Mucosal disease series. Number VI. Recurrent aphthous stomatitis. Oral Dis. 2006 Jan;12(1):1-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16390463?tool=bestpractice.com Contudo, seu uso deve ser avaliado com cautela em pacientes com EAR, e encaminhamento a um especialista é recomendado.[1]Scully C. Clinical practice. Aphthous ulceration. N Engl J Med. 2006 Jul 13;355(2):165-72. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16837680?tool=bestpractice.com [3]Scully C, Gorsky M, Lozada-Nur F. The diagnosis and management of recurrent aphthous stomatitis: a consensus approach. J Am Dent Assoc. 2003 Feb;134(2):200-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12636124?tool=bestpractice.com Homens e mulheres precisam de contracepção eficaz durante o tratamento e por 1 mês antes e 1 depois do uso de talidomida.
A talidomida não é usada em crianças, a não ser em circunstâncias excepcionais e só seria iniciada por uma equipe especializada.
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