Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

CONTÍNUA

deficiência de vitamina D

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cálcio associado à vitamina D

Em pacientes com estados de má absorção e osteomalácia, a dosagem de vitamina D e duração do tratamento são dependentes da capacidade absortiva de vitamina D de cada paciente.

Doses elevadas podem ser necessárias para repor depósitos em pacientes com estados graves de má absorção, como na gastrectomia, doença do intestino delgado, cirurgia bariátrica ou ressecção. Na presença de esteatorreia, a dose diária de vitamina D pode precisar ser aumentada.

Estudos sugeriram que o colecalciferol (D3) aumenta a 25-hidroxivitamina D sérica mais eficientemente que o ergocalciferol (D2);[63] no entanto, estudos subsequentes sugerem que as vitaminas D2 e D3 sejam igualmente efetivas para a saúde óssea.[64]

Os pacientes tratados com medicamentos anticonvulsivantes, glicocorticoides ou outros medicamentos que ativam receptores de esteroides e xenobióticos necessitam de doses mais altas de vitamina D. O objetivo é atingir concentrações de 25-hidroxivitamina D na faixa de 75 a 150 nmol/L (30 a 60 ng/mL).[18]

A dose dos suplementos de cálcio depende do quadro clínico e do nível de cálcio sérico. Doses mais elevadas podem ser necessárias nos pacientes com síndromes de má absorção. As preparações de citrato de cálcio são preferenciais nos pacientes com acloridria, aqueles que recebem inibidores da bomba de prótons e nos pacientes idosos, em virtude da melhor absorção.

Opções primárias

ergocalciferol: 50,000 unidades por via oral uma ou duas vezes por semana por 6-12 semanas; ou 5000 a 10,000 unidades por via oral uma vez ao dia por 6-12 semanas

ou

colecalciferol: 50,000 unidades por via oral uma ou duas vezes por semana por 6-12 semanas; ou 5000 a 10,000 unidades por via oral uma vez ao dia por 6-12 semanas

--E--

carbonato de cálcio: 1-2 g/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas

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ou

citrato de cálcio: 1-2 g/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas

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cálcio associado a análogo de vitamina D

Os análogos da vitamina D (por exemplo, calcitriol) são utilizados em pacientes que permanecem hipocalcêmicos após o tratamento com vitamina D ou que têm doença renal. Eles também são usados naqueles com raquitismo dependente de vitamina D dos tipos 1 e 2.

Deve-se observar que esses medicamentos apresentam início de ação mais rápido, em horas, mas meia-vida menor (<5 a 8 horas) quando comparados ao ergocalciferol e colecalciferol. Cálcio alimentar adequado ou suplementação de cálcio é necessário para resposta clínica ideal à terapia de vitamina D.

Os pacientes que iniciam a terapia com fenobarbital ou fenitoína podem necessitar de um aumento na dosagem de calcitriol, pois ambos os medicamentos podem aumentar o catabolismo da vitamina D.

A dose dos suplementos de cálcio depende do quadro clínico e do nível de cálcio sérico. Doses mais elevadas podem ser necessárias nos pacientes com síndromes de má absorção. As preparações de citrato de cálcio são preferenciais nos pacientes com acloridria, aqueles que recebem inibidores da bomba de prótons e nos pacientes idosos, em virtude da melhor absorção.

Opções primárias

calcitriol: 0.25 a 1 micrograma por via oral uma vez ao dia

--E--

carbonato de cálcio: 1-2 g/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas

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ou

citrato de cálcio: 1-2 g/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas

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distúrbios hereditários ou adquiridos de perda de fosfato

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burosumab

Distúrbios hereditários ou adquiridos de perda de fosfato podem incluir hipofosfatemia ligada ao cromossomo X e osteomalácia oncogênica (também conhecida como osteomalácia induzida por tumor).

Em pacientes com maturidade esquelética, o objetivo da terapia é prevenir sintomas de hipofosfatemia, como fraqueza muscular e parestesias. Para a maioria dos pacientes, o tratamento do distúrbio subjacente causador do baixo nível de fosfato é adequado.

O burosumabe, um anticorpo monoclonal que aumenta a reabsorção tubular renal de fosfato e aumenta os níveis séricos de 1,25-di-hidroxivitamina D por meio da inibição do fator de crescimento de fibroblastos 23 (FGF23), é aprovado nos EUA para o tratamento de hipofosfatemia ligada ao cromossomo X e hipofosfatemia relacionada ao FGF23 na osteomalácia induzida por tumor associada a tumores mesenquimais fosfatúricos que não podem ser removidos ou localizados curativamente. O burosumabe também é aprovado para ambas as indicações na Europa.

O burosumabe é contraindicado em pacientes com comprometimento renal grave/doença renal em estágio terminal ou hiperfosfatemia e não deve ser usado com fosfato oral e/ou análogos ativos da vitamina D (por exemplo, calcitriol).

Um ensaio clínico randomizado de 24 semanas em adultos sintomáticos relatou melhora na rigidez, bem como melhora na cicatrização de fraturas em comparação com o placebo.[59]​ Os resultados iniciais dos estudos de fase 2 sugerem que o burosumabe melhorou os níveis de fosfato sérico em adultos com osteomalácia induzida por tumor.[60][61]

Opções primárias

burosumab: Hipofosfatemia ligada ao cromossomo X: 1 mg/kg por via subcutânea a cada 4 semanas inicialmente, ajustar a dose de acordo com os níveis séricos de fosfato, máximo de 90 mg/dose; osteomalácia oncogênica: 0.5 mg/kg por via subcutânea a cada 4 semanas inicialmente, ajustar a dose de acordo com os níveis séricos de fosfato (pode administrar a cada 2-4 semanas), máximo de 2 mg/kg/dose até 180 mg/dose a cada 2 semanas

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cálcio associado a análogo de vitamina D e fosfato

Cálcio associado a um análogo da vitamina D (por exemplo, calcitriol) e suplementação de fosfato é uma opção de tratamento alternativa em pacientes com hipofosfatemia ligada ao cromossomo X ou osteomalácia oncogênica, e pode ser usado se o burosumabe não estiver disponível ou for contraindicado.

A suplementação de fosfato é indicada apenas em pacientes sintomáticos, com níveis séricos de fosfato muito baixos ou que apresentam um defeito tubular renal causador de perda crônica de fosfato. Esses pacientes frequentemente necessitam de suplementação adicional de cálcio e análogo de vitamina D.[57][58]​​​ Os sintomas de hipofosfatemia são raros, a menos que o nível de fosfato plasmático seja <0.64 mmol/L (<2 mg/dL). A administração em longo prazo de suplementos de fosfato pode estimular a atividade da paratireoide (hiperparatireoidismo secundário), que pode causar maior queda nos níveis de fosfato.

Para minimizar a estimulação da paratireoide, um dos metabólitos ativos da vitamina D (calcitriol) é administrado em associação à terapia de fosfato. Há risco de hipercalcemia com reposição suprafisiológica de calcitriol; portanto, as taxas de excreção de cálcio urinário de 24 horas ou amostras de taxas de cálcio/creatinina urinária são recomendadas para determinar a adequação do tratamento.

Em pacientes com raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X, a reposição de fosfato é confinada aos pacientes com doença óssea sintomática, pois há evidências de que o tratamento possa acelerar a nova formação óssea. Além disso, a reposição excessiva de fosfato no raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X pode estar associada à acidose tubular renal e pode causar nefrocalcinose.[65]

Pacientes com osteomalácia oncogênica apresentam características clínicas, bioquímicas e radiológicas semelhantes às do raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X, mas precisam com frequência de tratamento mais agressivo até que o tumor seja localizado e cirurgicamente removido.[57]

Os pacientes que iniciam a terapia com fenobarbital ou fenitoína podem necessitar de um aumento na dosagem de calcitriol, pois ambos os medicamentos podem aumentar o catabolismo da vitamina D.

A dose dos suplementos de cálcio depende do quadro clínico e do nível de cálcio sérico. Doses mais elevadas podem ser necessárias em pacientes com síndromes de má absorção. As preparações de citrato são preferenciais em pacientes com acloridria, aqueles que recebem inibidores da bomba de prótons e pacientes idosos, em virtude da melhor absorção.

Opções primárias

calcitriol: Hipofosfatemia ligada ao cromossomo X: 0.5 a 0.75 microgramas/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas inicialmente, ajustar a dose de acordo com a resposta; osteomalácia oncogênica: 0.75 a 3 microgramas/dia por via oral administrados em 2-3 doses fracionadas inicialmente, ajustar a dose de acordo com a resposta

--E--

fosfato sódico/fosfato de potássio: Hipofosfatemia ligada ao cromossomo X: 250-1000 mg/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas inicialmente, ajustar a dose de acordo com a resposta; osteomalácia oncogênica: 1-3 g/dia por via oral administrados em 4-5 doses fracionadas inicialmente, ajustar a dose de acordo com a resposta

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--E--

carbonato de cálcio: 1-2 g/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas

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ou

citrato de cálcio: 1-2 g/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas

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cálcio associado a análogo de vitamina D e fosfato

Distúrbios hereditários ou adquiridos de perda de fosfato podem incluir raquitismo dependente de vitamina D dos tipos 1 e 2 e síndrome de Fanconi, entre outros.

Em pacientes com maturidade esquelética, o objetivo da terapia é prevenir sintomas de hipofosfatemia, como fraqueza muscular e parestesias. Para a maioria dos pacientes, o tratamento do distúrbio subjacente causador do baixo nível de fosfato é adequado.

A suplementação de fosfato é indicada apenas em pacientes sintomáticos, com níveis séricos de fosfato muito baixos ou que apresentam um defeito tubular renal causador de perda crônica de fosfato. Esses pacientes frequentemente necessitam de suplementação adicional de cálcio e análogo de vitamina D.[57][58]​​ Os sintomas de hipofosfatemia são raros, a menos que o nível plasmático de fosfato seja de <0.64 milimol/L (2 mg/dL). A administração em longo prazo de suplementos de fosfato pode estimular a atividade da paratireoide (hiperparatireoidismo secundário), que pode causar maior queda nos níveis de fosfato.

Para minimizar a estimulação da paratireoide, um dos metabólitos ativos da vitamina D (calcitriol) é administrado em associação à terapia de fosfato. Há risco de hipercalcemia com reposição suprafisiológica de calcitriol; portanto, as taxas de excreção de cálcio urinário de 24 horas ou amostras de taxas de cálcio/creatinina urinária são recomendadas para determinar a adequação do tratamento.

Os pacientes que iniciam a terapia com fenobarbital ou fenitoína podem necessitar de um aumento na dosagem de calcitriol, pois ambos os medicamentos podem aumentar o catabolismo da vitamina D.

A dose dos suplementos de cálcio depende do quadro clínico e do nível de cálcio sérico. Doses mais elevadas podem ser necessárias em pacientes com síndromes de má absorção. As preparações de citrato são preferenciais em pacientes com acloridria, aqueles que recebem inibidores da bomba de prótons e pacientes idosos, em virtude da melhor absorção.

Opções primárias

calcitriol: 2 microgramas por via oral uma vez ao dia inicialmente, ajustar a dose de acordo com a resposta

--E--

fosfato sódico/fosfato de potássio: 250-500 mg por via oral quatro vezes ao dia inicialmente, ajustar a dose de acordo com a resposta

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--E--

carbonato de cálcio: 1-2 g/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas

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ou

citrato de cálcio: 1-2 g/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas

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