Epidemiologia

Estudos realizados nos EUA indicam uma taxa de prevalência para transtornos de personalidade DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 4a. Edição) de 9% a 11.2%.[6][7] Um estudo comunitário de larga escala que utilizou um questionário estruturado administrado por entrevistadores leigos treinados obteve uma taxa de prevalência para qualquer transtorno de personalidade de 14.79%.[8] Entretanto, na segunda fase desse estudo, com critérios mais rigorosos aplicados de acordo com o nível de sofrimento ou prejuízo, a taxa de prevalência para qualquer transtorno de personalidade foi de 9.1%.[9] Uma revisão sistemática de 2018 que analisou a prevalência do transtorno de personalidade na população ocidental constatou uma taxa de 12.2%; não foram encontrados estudos que usaram os critérios de DSM-5.[10] O transtorno de personalidade esquizoide é mais comum em homens, sendo que o transtorno de personalidade esquizotípica é diagnosticado igualmente entre homens e mulheres.[9] O transtorno de personalidade antissocial é mais prevalente entre homens do que mulheres; os homens também apresentaram taxas mais altas de transtornos nos grupos A (singular/excêntrico) e B (dramático) quando comparados às mulheres.[6][8][11] A prevalência do transtorno de personalidade antissocial parece diminuir com o aumento da idade.[6][11] Isso é observado na maioria dos outros transtornos de personalidade,[8] com exceção do transtorno da personalidade esquiva.[8] Um estudo longitudinal demonstrou que as taxas de prevalência diminuíram entre as idades de 22 e 33 anos.[7] Estudos europeus encontraram taxas de prevalência comparáveis[12][13] e taxas de prevalência mais altas de transtornos do grupo B em uma faixa etária mais jovem.[13] As taxas de prevalência para os vários grupos variam de 1.5% para o grupo B a 6.0% para o grupo C.[11] As pesquisas são limitadas e inconsistentes em termos de taxas de prevalência diferenciais entre etnias diversas.[8][11] A aplicação das taxas de prevalência dos critérios de prejuízo para ter qualquer transtorno de personalidade variam de 5.31% para asiáticos/nativos do Havaí/outras ilhas do Pacífico e não hispânicos a 17.37% para aborígenes norte-americanos/nativos do Alaska e não hispânicos.[9] Uma revisão de 15 estudos (5 deles considerados de alta qualidade) concluiu que a prevalência dos transtornos de personalidade é menor entre afro-americanos versus pessoas brancas, e que os dados limitados impossibilitam conclusões adicionais.[14]

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal