História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Fatores principais incluem doenças inflamatórias, positividade para antígeno leucocitário humano B27 (HLA-B27), trauma ocular e imunossupressão.

dor (uveíte anterior)

Às vezes descrita como uma dor tênue na região orbital, comumente observada na uveíte anterior.

Uveíte intermediária e posterior apresentam-se indolores.

diminuição da visão

Pode ser expressa como visão turva, acuidade diminuída ou redução dos campos visuais (uveíte intermediária ou posterior).

sinéquias

Aderência da íris tanto na córnea (sinéquia anterior) quanto no cristalino (sinéquia posterior) tipicamente se formam durante a inflamação aguda e também podem ser observadas no exame com lâmpada de fenda.

Tanto a sinéquia anterior quanto a sinéquia posterior são observadas com maior frequência na uveíte anterior crônica.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Uveíte anterior com sinéquias posterioresCortesia de Mr Hugh Harris; usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@112dc0f6[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Sinéquia posterior (aderência da íris à cápsula anterior da lente) neste paciente como resultado de uveíteBMJ Case Reports 2012; doi:10.1136/bcr.12.2011.5418. Usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@2d909374

flare

Flare é a característica marcante da uveíte anterior e é identificado com inflamação e leucócitos flutuando no humor aquoso da câmara anterior. A sedimentação pode formar um hipópio (ou nível de fluído) de leucócitos na câmara anterior do olho.

O esquema de classificação varia de 0 a 4+.[2]

precipitados ceráticos

São agregados linfocitários no endotélio da córnea, de variedade granulomatosa ou não granulomatosa, observados na uveíte anterior.

Os precipitados ceráticos em "gordura de carneiro" são característicos de doenças inflamatórias granulomatosas e também podem ser observados na câmara anterior usando-se o exame de lâmpada de fenda. Em doença não granulomatosa, precipitados ceráticos finos se formam sobre o endotélio corneano. Na uveíte granulomatosa, formam-se nódulos de Koeppe (aglomerados de células na margem do esfíncter da íris). Nódulos de Busacca são aglomerados de células geralmente observados na câmara anterior, em casos graves (raro).

Outros fatores diagnósticos

comuns

lacrimejamento

Olhos lacrimejantes sem secreção purulenta.

fotofobia

Sensibilidade à luz é comum na uveíte anterior.

moscas volantes

Observadas na uveíte posterior como um resultado da vitrite.

vermelhidão dos olhos sem secreção

Observada na uveíte anterior.

pupila contraída ou não reativa

Observada na uveíte anterior.

pressão intraocular diminuída

Observada na uveíte anterior. Em casos raros, pode haver pressão elevada.

exsudatos e edemas retinianos, edema do nervo óptico

Um exame de fundo de olho com pupila dilatada é necessário para identificar estes sinais de vitrite, encontrados na uveíte intermediária e posterior.

revestimento vascular retiniano (acumulação visível de células inflamatórias ao longo das paredes dos vasos)

Revestimento vascular retiniano ou acúmulo de células inflamatórias nas paredes vasculares são observados na uveíte intermediária e posterior, como um resultado de retinite. Exame fundoscópico permite visualização. Na sarcoidose, essas lesões aparecem como gotas de cera de vela. Além disso, a angiografia fluorescente demonstra extravasamento vascular associado (coloração perivascular) e não perfusão capilar.

edema macular

Na uveíte intermediária ou posterior com edema macular, os pacientes podem se apresentar com metamorfopsia (alteração na forma de um objeto) ou alterações na visão das cores.

edema do disco óptico

Pode ser observado na fundoscopia com pupila dilatada nas uveítes intermediária e posterior.

hemorragias retinianas

Danos à retina e à vasculatura retiniana podem resultar em vasos permeáveis, causando hemorragia dentro da retina e do vítreo. Isso é observado na uveíte intermediária e posterior.

rubor ciliar

O rubor ciliar é uma hiperemia conjuntival, exacerbando perto do limbo. Comum na uveíte anterior.

edema da córnea

Pode ser observado na uveíte anterior.

Incomuns

catarata

Em casos de inflamação crônica, uma catarata subcapsular posterior pode ser visualizada.

Fatores de risco

Fortes

doenças inflamatórias das articulações, do intestino ou da pele

Cerca de metade dos pacientes de uveíte apresenta doença sistêmica como sarcoidose, atopia, artrite idiopática juvenil e doença inflamatória intestinal. Até 50% dos pacientes com espondilite anquilosante desenvolvem uveíte anterior.

antígeno leucocitário humano (HLA) B27 positivo

Aproximadamente 49% dos pacientes com uveíte anterior apresentam teste positivo para HLA-B27.[10]

trauma ocular

Uma história de trauma ocular e trabalho ocupacional de alto risco (por exemplo, metalurgia) devem ser observados.

Fracos

idade entre 30 e 40 anos

A uveíte afeta com maior frequência pessoas com idade entre 30 e 40 anos.[7][8][9]

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