Diagnósticos diferenciais
Linfoma ocular
SINAIS / SINTOMAS
Frequentemente a apresentação do linfoma ocular e da uveíte é parecida e se sobrepõem. A diferenciação é difícil sem testes.
O linfoma ocular é considerado uma síndrome neoplásica mascarada.
Investigações
A citometria de fluxo e o fenótipo celular mostram células tumorais e a vitrectomia auxilia na remoção de células para análise.
Leucemia
SINAIS / SINTOMAS
A leucemia é considerada uma síndrome neoplásica mascarada.
A infiltração de células inflamatórias no olho é uma manifestação relativamente rara de leucemia. Isso pode causar sobreposição de leucócitos na câmara anterior, formando um pseudo-hipópio que pode ocorrer durante uma crise blástica ou durante a recidiva.
O pseudo-hipópio leucêmico deve ser considerado com base na ausência de resposta aos corticosteroides tópicos, bem como na ausência de reação da fibrina na câmara anterior.
Investigações
A punção da câmara anterior pode ser realizada para confirmação por citologia.
Tumores sólidos intraoculares
SINAIS / SINTOMAS
Os tumores sólidos intraoculares, tanto primários quanto metastáticos, são considerados síndromes neoplásicas mascaradas.
Os tumores metastáticos oculares podem infiltrar o trato uveal, mimetizando doenças inflamatórias granulomatosas ou esclerite.
Investigações
Casos de suspeita de doença metastática podem exigir uma avaliação metastática radiográfica abrangente usando imagens de TC/PET.
Corpo estranho intraocular
SINAIS / SINTOMAS
Uma história completa pode identificar lesão traumática recente ou atividades de alto risco (por exemplo, esmerilhamento de metal). Portanto, é mais provável que um olho vermelho e doloroso seja resultado de um corpo estranho que de uma uveíte.
Um corpo estranho intraocular é considerado uma síndrome não neoplásica mascarada.
Investigações
O exame inicial é a ultrassonografia do globo para visualizar qualquer corpo estranho. Uma tomografia computadorizada (TC) pode identificar um corpo estranho metálico. Um eletrorretinograma pode ajudar a identificar o nível de toxicidade de ferro e cobre.
Síndrome da isquemia ocular
SINAIS / SINTOMAS
Os pacientes têm uma história de diabetes mal controlado, doença cardiovascular grave e/ou sintomas de ataque isquêmico transitório ou AVC.
A síndrome de isquemia ocular é considerada uma síndrome não neoplásica mascarada.
Investigações
Demora no preenchimento dos vaso sanguíneo da retina e da coroide na angiografia com fluoresceína.
Ecocardiografia, Doppler da carótida, angiografia por ressonância magnética e venografia por ressonância magnética auxiliam no diagnóstico da etiologia cardiovascular ou cerebrovascular.
Descolamento de retina
SINAIS / SINTOMAS
Em casos de descolamento de retina regmatogênico crônico, pode ocorrer inflamação intraocular, hipotonia ou descolamento de coroide.
O descolamento de retina é considerado uma síndrome não neoplásica mascarada.
A inflamação do segmento anterior relacionada ao descolamento de retina também é conhecida como síndrome de Schwartz.
Investigações
Um exame cuidadoso da retina periférica é necessário para descartar essa condição. Pode ser necessária depressão da esclera ou ultrassonografia do tipo scan B.
Glaucoma (ângulo fechado agudo)
SINAIS / SINTOMAS
Pode haver olho vermelho, acuidade visual reduzida e dor no olho ou na sobrancelha. O paciente pode ver "halos" em volta das luzes. Pode haver cefaleia, náuseas e vômitos.
O paciente tem geralmente mais de 40 anos e é hipermetrópico.[21] As mulheres têm maior probabilidade de ter glaucoma de ângulo fechado do que os homens.[21] Esquimós, chineses e indianos também correm mais risco de glaucoma de ângulo fechado.[21]
Dilatadores anticolinérgicos de pupila tópicos (por exemplo, ciclopentolato ou atropina) ou medicamentos sistêmicos (por exemplo, sulfonamidas, topiramato, fenotiazinas) podem induzir ao estreitamento do ângulo.
Investigações
A gonioscopia é o exame definitivo para diagnóstico de fechamento angular. A rede trabecular não é visível no ângulo fechado, pois a íris está em contato com ela.
O exame com lâmpada de fenda revela câmara anterior rasa e sinais de glaucoma: escavação óptica grande, estreitamento da borda neurorretiniana, hemorragia em estilhas, perda de fibras nervosas.
Nos ataques agudos, a pressão intraocular eleva-se a níveis relativamente altos, geralmente acima de 40 mmHg.
Esclerite
SINAIS / SINTOMAS
Há dor ocular intensa e vermelhidão (característica proeminente), mas sem secreção. Pode haver redução da acuidade visual. Frequentemente associada a doenças sistêmicas, como artrite reumatoide, granulomatose com poliangiite, lúpus eritematoso sistêmico e policondrite recidivante.
No exame físico, há ingurgitamento dos vasos esclerais profundos e dor à palpação ocular. A acuidade visual e as reações pupilares podem ser anormais dependendo da posição da esclerite no globo (anterior ou posterior).
Investigações
A velocidade de hemossedimentação e a proteína C-reativa podem estar elevadas em condições inflamatórias.
O fator reumatoide pode ser positivo em alguns pacientes com artrite reumatoide ou lúpus eritematoso sistêmico.
anticorpos anticitoplasma de neutrófilos citoplásmicos podem ser positivos na granulomatose com poliangiite.
Ausência de coloração com fluoresceína.
Episclerite
SINAIS / SINTOMAS
Há início agudo de vermelhidão e dor. Frequentemente, o paciente descreve vermelhidão em uma área específica do olho e pode ter notado um pequeno nódulo adjacente a essa área. Não há secreção. O paciente pode ter artrite reumatoide, granulomatose com poliangiite ou lúpus eritematoso sistêmico subjacentes associados.
No exame físico, há vermelhidão setorial em um ou ambos os olhos. Um nódulo pode estar presente sobre a área. A acuidade visual e as reações pupilares são normais.
Investigações
A velocidade de hemossedimentação e a proteína C-reativa podem estar elevadas em condições inflamatórias.
O fator reumatoide pode ser positivo em alguns pacientes com artrite reumatoide ou lúpus eritematoso sistêmico.
anticorpos anticitoplasma de neutrófilos citoplásmicos podem ser positivos na granulomatose com poliangiite.
Ausência de coloração com fluoresceína.
Conjuntivite alérgica
SINAIS / SINTOMAS
Tipicamente se apresenta com olho vermelho e secreção, mas sem dor significativa, fotofobia ou alterações na visão. Não há história de trauma.
Com a conjuntivite alérgica, pode haver uma história de exposição a alérgenos (pode incluir medicação tópica para os olhos), possível recorrência sazonal ou sintomas atópicos associados (conjuntivite primaveril). Há um início rápido após a exposição ao alérgeno, prurido e/ou secreção aquosa e fibrosa.
Todas as formas de conjuntivite alérgica são bilaterais. No exame físico, as conjuntivas são injetadas difusamente e pode haver quemose. Pode haver eritema e edema palpebral.
Investigações
Não há nenhum exame definitivo, mas geralmente não apresenta captação de fluoresceína no exame oftalmológico.
Conjuntivite bacteriana
SINAIS / SINTOMAS
Tipicamente se apresenta com olho vermelho e secreção, mas sem dor significativa, fotofobia ou alterações na visão. Não há história de trauma.
Na conjuntivite bacteriana, pode haver desconforto, sensação de corpo estranho e secreção mucoide ou purulenta (se grave, considere a etiologia gonocócica). Muitas vezes é inicialmente unilateral, tornando-se bilateral. Pode haver eritema e edema da pálpebra. A visão é minimamente afetada ou não é afetada. Não é pruriginosa. No exame físico, a conjuntiva é injetada de forma difusa.
Investigações
Não há nenhum exame definitivo, mas geralmente não apresenta captação de fluoresceína no exame oftalmológico.
Os swabs da conjuntiva para microscopia, cultura e teste de sensibilidade podem mostrar uma causa bacteriana ou fúngica.
Conjuntivite viral
SINAIS / SINTOMAS
Tipicamente se apresenta com olho vermelho e secreção, mas sem dor significativa, fotofobia ou alterações na visão. Não há história de trauma.
Na conjuntivite viral, pode haver desconforto, sensação de corpo estranho e lacrimejamento (não purulento), que pode ser profuso. Muitas vezes é inicialmente unilateral, tornando-se bilateral. Pode haver sintomas associados de infecção do trato respiratório superior ou contato recente com alguém com olho vermelho. A visão é minimamente afetada ou não é afetada. No exame físico, a conjuntiva é injetada de forma difusa. Pode haver folículos conjuntivais tarsais. A córnea pode estar clara inicialmente, com o desenvolvimento de possíveis manchas pequenas de infiltrados subepiteliais de 2 a 3 semanas após o início. Às vezes a linfadenopatia pré-auricular sensível à palpação está presente.
Investigações
Não há nenhum exame definitivo, mas geralmente não apresenta captação de fluoresceína no exame oftalmológico.
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