Investigações
Primeiras investigações a serem solicitadas
velocidade de hemossedimentação (VHS)
Exame
Os critérios da Organização Mundial da Saúde incluem somente VHS ou contagem de leucócitos elevadas como reagentes de fase aguda. Os critérios de Jones incluem somente proteína C-reativa elevada ou VHS elevada.[2]
Dados da Austrália identificaram que a proteína C-reativa e a VHS frequentemente se encontravam elevadas em pacientes com febre reumática aguda confirmada (sem coreia), ao passo que a contagem de leucócitos geralmente não se apresentava elevada.[64] Por outro lado, <4% dos pacientes apresentavam nível sérico de proteína C-reativa <28.57 nanomoles/L (<3 mg/dL) e VHS de <30 mm/hora.[60][64]
Resultado
≥60 mm/hora (populações de baixo risco) ou ≥30 mm/hora (populações de risco moderado a alto) é considerado evidência de marcadores inflamatórios elevados (critério secundário)
proteína C-reativa
Exame
Os critérios da Organização Mundial da Saúde incluem somente velocidade de hemossedimentação (VHS) ou contagem de leucócitos elevadas como reagentes de fase aguda. Os critérios de Jones incluem somente proteína C-reativa elevada ou VHS elevada.[2]
Dados da Austrália identificaram que a proteína C-reativa e a VHS frequentemente se encontravam elevadas em pacientes com febre reumática aguda confirmada (sem coreia), ao passo que a contagem de leucócitos geralmente não se apresentava elevada.[64] Por outro lado, <4% dos pacientes apresentavam nível sérico de proteína C-reativa <28.57 nanomoles/L (<3 mg/dL) e VHS de <30 mm/hora.[60][64]
Resultado
≥28.57 nanomoles/L (≥3 mg/dL) é considerado evidência de marcadores inflamatórios elevados (critério secundário)
contagem leucocitária
Exame
Os critérios da Organização Mundial da Saúde incluem somente velocidade de hemossedimentação (VHS) ou contagem de leucócitos elevadas como reagentes de fase aguda. Os critérios de Jones incluem somente proteína C-reativa elevada ou VHS elevada.[2]
Dados da Austrália identificaram que a proteína C-reativa e a VHS frequentemente se encontravam elevadas em pacientes com febre reumática aguda confirmada (sem coreia), ao passo que a contagem de leucócitos geralmente não se apresentava elevada.[64] Apenas 25% dos pacientes com febre reumática aguda apresentaram contagem de leucócitos acima de 15 x 10⁹/L e somente 7% apresentaram contagem acima de 20 x 10⁹/L. Os autores não sugerem a inclusão da contagem elevada de leucócitos como reagente de fase aguda.
Resultado
pode estar elevada, mas não é recomendada para satisfazer o critério secundário
hemoculturas
Exame
Útil, se o paciente tiver febre, para descartar bacteremia. Tanto a infecção osteoarticular quanto a endocardite infecciosa podem apresentar padrões semelhantes à febre reumática aguda.
Resultado
sem crescimento
eletrocardiograma
Exame
A duração do intervalo PR aumenta com a idade; por isso, é importante usar valores padronizados por idade.
Algumas pessoas saudáveis têm bloqueio atrioventricular de primeiro grau benigno e incidental, mas um intervalo PR prolongado que remite em 2 a 3 semanas pode ser uma característica útil para o diagnóstico nos casos em que as outras características clínicas não forem definitivas. O bloqueio atrioventricular de primeiro grau eventualmente resulta em ritmo juncional, geralmente com frequência cardíaca semelhante à frequência sinusal. O bloqueio de segundo grau e até completo (também conhecido como bloqueio atrioventricular avançado) é menos comum, mas pode ocorrer. Num ressurgimento da febre reumática aguda nos EUA, 32% dos pacientes apresentaram condução atrioventricular anormal e, geralmente, intervalo PR prolongado.[11][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Eletrocardiograma (ECG) mostrando bloqueio atrioventricular na febre reumática agudaAust N Z J Med. 1996 Apr;26(2):241-2; usado com permissão [Citation ends].
Resultado
o intervalo PR prolongado é um critério secundário da febre reumática aguda
radiografia torácica
Exame
Deve-se solicitar uma radiografia torácica em todos os casos em que há suspeita de cardite. A cardiomegalia e/ou insuficiência cardíaca congestiva na febre reumática aguda, como observada na radiografia torácica, resulta de disfunção valvular grave secundária a valvulite. O derrame pericárdico também deve ser considerado nos casos em que há cardiomegalia significativa.[76][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Radiografia torácica de insuficiência cardíaca biventricular ocasionada por cardite aguda na febre reumáticaLancet. 2006 Jun 24;367(9528):2118; usado com permissão [Citation ends].
Resultado
pode revelar aumento da câmara e insuficiência cardíaca congestiva
ecocardiograma
Exame
A ecocardiografia melhora a especificidade do diagnóstico clínico (por exemplo, a suspeita de regurgitação mitral pode, de fato, ser um sopro de fluxo ou até mesmo uma cardiopatia congênita na ecocardiografia).[58]
Também pode aprimorar a sensibilidade, já que vem aumentando o reconhecimento do fenômeno da cardite subclínica (regurgitação patológica detectada na ecocardiografia, na ausência de achados clínicos) em cerca de 17% dos casos de febre reumática aguda.[67][68][77][78]
Além disso, para aprimorar a especificidade e a sensibilidade, a ecocardiografia também permite uma classificação mais precisa da gravidade da cardite e pode avaliar as dimensões e a função cardíacas.
A interpretação da ecocardiografia em pacientes com febre reumática requer bastante conhecimento.
Foram publicados achados morfológicos e de Doppler característicos de cardite reumática.[2]
Resultado
pode revelar alterações morfológicas nas valvas mitral e/ou aórtica; gravidade da regurgitação (mitral, aórtica e tricúspide); derrame pericárdico em caso de presença de pericardite
cultura faríngea
Exame
Para todos os pacientes com febre reumática aguda, deve-se coletar uma cultura faríngea. No entanto, <10% das culturas faríngeas são positivas para estreptococos do grupo A, refletindo a natureza pós-infecciosa da doença. Geralmente, os estreptococos do grupo A foram erradicados antes do início da doença.[69]
Resultado
crescimento de estreptococos do grupo A hemolíticos beta
teste rápido de antígeno para estreptococos do grupo A
Exame
Se disponível, um teste antigênico rápido pode ser realizado; no entanto, dados da Nova Zelândia sugerem que alguns dos testes podem ter um desempenho fraco em comparação com culturas faríngeas.[79]
Resultado
positiva
sorologia antiestreptocócica
Exame
A sorologia positiva é a mais importante forma de se demonstrar infecção antecedente. Os testes mais frequentemente utilizados são os títulos de antiestreptolisina O e de antidesoxirribonuclease B. Em geral, recomenda-se obter títulos pareados: um título agudo e um título de convalescença (geralmente obtido de 14-28 dias após a amostra inicial). Títulos elevados e/ou um aumento de 4 vezes ou queda nos títulos são necessários como prova de uma resposta imunológica recente à infecção por estreptococos do grupo A. O limite superior do normal é diferente dependendo da região, tendo, porém, sido determinado com relação às populações pediátricas dos EUA e da Austrália.[80][81]
Resultado
acima da faixa normal (de acordo com a região)
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