Etiologia

Essa síndrome está associada a uma ampla variedade de potenciais fatores de risco epidemiológico, incluindo idade entre 40 e 60 anos, alto índice de massa corporal, gravidez e ocupações que envolvem movimentos repetitivos do punho.

Variações na anatomia do túnel do carpo também podem contribuir para o risco e podem ser herdadas. Notadamente, a estenose do túnel do carpo pode predispor um indivíduo (ou família) ao desenvolvimento da síndrome do túnel do carpo (STC).[7][8] Além disso, pesquisas emergentes sugerem que a STC e o dedo em gatilho, outra condição de encarceramento que afeta a mão que às vezes ocorre concomitantemente com a STC, podem compartilhar um locus de risco genético comum.[9] O papel da predisposição genética na STC, se houver, ainda não foi definido.

Por fim, é raro encontrar uma única causa definitiva em um paciente, e é muito provável que ela seja multifatorial. Deve-se notar que, na literatura sobre a STC, muitos estudos deixam de controlar de forma adequada até mesmo um pequeno número destes possíveis fatores conflitantes. Este fato, junto com a falta de critérios diagnósticos comuns e claros, faz com que muitos destes estudos sejam de difícil interpretação.[10]

Fisiopatologia

O caminho comum final para a maioria destes possíveis fatores de risco é o desenvolvimento de pressão elevada dentro do túnel do carpo e/ou do segmento do nervo mediano situado dentro do túnel.[11] A elevação da pressão pode desencadear uma cadeia de eventos negativos que, por fim, causa isquemia e cicatrização do nervo.[12] É possível que a isquemia seja a causa dos sintomas sensoriais intermitentes típicos da síndrome do túnel do carpo (STC; ou seja, dormência e dor); caso se mantenha intermitente, não ocorre axonopatia. A pressão no nervo também causa desmielinização (e, por fim, perda axonal), que é o principal achado nos testes neurofisiológicos. A desmielinização por si só não causa nenhum sintoma ao paciente, e isso explica em parte o subgrupo de indivíduos que não apresentam sintomas de STC, mas que apresentam anormalidades nos estudos de condução nervosa e, alternativamente, o grupo que apresenta sintomas, mas não apresenta anormalidades nos testes neurofisiológicos.[13][14]

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