Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

sintomas leves a moderados: sem transtornos de personalidade comórbidos ou sintomas dissociativos

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1ª linha – 

terapia cognitivo-comportamental (TCC)

Os pacientes com sintomas leves a moderados incluem aqueles com escores de 8 a 23 na Escala de Sintomas Obsessivo-Compulsivos de Yale-Brown.

Para esses pacientes, a terapia cognitivo-comportamental é uma opção de tratamento de primeira linha e envolve a exposição e prevenção de resposta (EPR).[53][55][56][104]

Uma hierarquia graduada de gatilhos de sintomas é criada com cada paciente. O terapeuta incentiva o paciente a se expor ao gatilho desencadeante (por exemplo, sujeira). O paciente é incentivado a tentar não se engajar em rituais compulsivos (por exemplo, lavar as mãos).

Conforme os sintomas começam a melhorar, deve-se focar nos gatilhos mais intensos. Além disso, as "lições de casa" se concentram na exposição a estímulos em ambientes naturais como aqueles que ocorrem em casa.

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Considerar – 

farmacoterapia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O tratamento combinado com terapia cognitivo-comportamental (TCC) e farmacoterapia pode ser considerado em pessoas que não têm uma resposta satisfatória à monoterapia.

A farmacoterapia com um inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS) ou um antidepressivo tricíclico (por exemplo, clomipramina) pode ser combinada com a TCC. Diversos estudos avaliaram a eficácia dos ISRSs para essa indicação.[61][62][63][64] Os ISRSs também foram estudados nos transtornos de ansiedade em crianças e adolescentes.[67]

A clomipramina, o antidepressivo tricíclico que mais especificamente inibe a recaptação de serotonina, tem demonstrado ser eficaz no tratamento do TOC em ensaios não controlados desde a década de 1960.[105]

Em virtude de seu perfil de efeito colateral mais benigno, os ISRSs têm sido considerados o tratamento farmacológico de primeira linha para o TOC com ou sem a TCC simultânea,[53][55][70] embora a clomipramina também seja muito usada como tratamento de primeira linha.

Doses maiores de ISRS geralmente são necessárias para atingir a redução dos sintomas do TOC que aquelas usadas em depressão, e a melhora geralmente é mais lenta e requer mais tempo que o normalmente necessário em condições depressivas (10 a 12 semanas).[25][106]

Opções primárias

fluoxetina: crianças >7 anos de idade: 10 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumento em incrementos de 10 mg/dia a cada 2-3 semanas de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia; adultos: 20 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumento em incrementos de 10-20 mg/dia a cada 2-3 semanas de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia

ou

fluvoxamina: crianças >8 anos de idade: 25 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumento em incrementos de 25 mg/dia a cada 4-7 dias de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia (crianças <12 anos de idade) ou 300 mg/dia (crianças >12 anos de idade); adultos: 50 mg/dia por via oral (liberação imediata ou liberação prolongada) inicialmente, aumento em incrementos de 50 mg/dia a cada 4-7 dias de acordo com a resposta, máximo de 300 mg/dia

ou

paroxetina: 20 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumentar em incrementos de 10 mg/dia a cada 7 dias de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia

ou

sertralina: crianças >6 anos de idade: 25 mg/dia por via oral inicialmente, aumento em incrementos de 25 -50 mg/dia a cada 7 dias de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia; adultos: 50 mg/dia por via oral inicialmente, aumento em incrementos de 25-50 mg/dia a cada 7 dias de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia

ou

clomipramina: adultos: 25 mg/dia por via oral inicialmente, aumentar em incrementos de 25 mg/dia a cada 4-7 dias até 100 mg/dia nas primeiras 2 semanas, depois continuar aumentando a dose gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 250 mg/dia

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1ª linha – 

farmacoterapia

Pacientes com sintomas leves a moderados incluem aqueles com escores da Escala de Sintomas Obsessivo-Compulsivos de Yale-Brown de 8 a 23. A farmacoterapia isolada é recomendada quando a TCC não está disponível, quando o paciente prefere somente a terapia medicamentosa ou quando o paciente apresenta uma história de boa resposta a um agente em particular.[53][55]

Para esses pacientes, a farmacoterapia com um inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS) ou um antidepressivo tricíclico (por exemplo, clomipramina) é outra opção de tratamento de primeira linha. Diversos estudos avaliaram a eficácia dos ISRSs para essa indicação.[61][62][63][64] Os ISRSs também foram estudados nos transtornos de ansiedade em crianças e adolescentes.[67]

A clomipramina, o antidepressivo tricíclico que mais especificamente inibe a recaptação de serotonina, tem demonstrado ser eficaz no tratamento do TOC em ensaios não controlados desde a década de 1960.[105]

Em virtude de seu perfil de efeito colateral mais benigno, os ISRSs têm sido considerados o tratamento farmacológico de primeira linha para o TOC com ou sem a TCC simultânea,[53][55][70] embora a clomipramina também seja muito usada como tratamento de primeira linha.

Doses maiores de ISRS geralmente são necessárias para atingir a redução dos sintomas do TOC que aquelas usadas em depressão, e a melhora geralmente é mais lenta e requer mais tempo que o normalmente necessário em condições depressivas (10 a 12 semanas).[25][106]

Opções primárias

fluoxetina: crianças >7 anos de idade: 10 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumento em incrementos de 10 mg/dia a cada 2-3 semanas de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia; adultos: 20 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumento em incrementos de 10-20 mg/dia a cada 2-3 semanas de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia

ou

fluvoxamina: crianças >8 anos de idade: 25 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumento em incrementos de 25 mg/dia a cada 4-7 dias de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia (crianças <12 anos de idade) ou 300 mg/dia (crianças >12 anos de idade); adultos: 50 mg/dia por via oral (liberação imediata ou liberação prolongada) inicialmente, aumento em incrementos de 50 mg/dia a cada 4-7 dias de acordo com a resposta, máximo de 300 mg/dia

ou

paroxetina: 20 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumentar em incrementos de 10 mg/dia a cada 7 dias de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia

ou

sertralina: crianças >6 anos de idade: 25 mg/dia por via oral inicialmente, aumento em incrementos de 25 -50 mg/dia a cada 7 dias de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia; adultos: 50 mg/dia por via oral inicialmente, aumento em incrementos de 25-50 mg/dia a cada 7 dias de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia

ou

clomipramina: adultos: 25 mg/dia por via oral inicialmente, aumentar em incrementos de 25 mg/dia a cada 4-7 dias até 100 mg/dia nas primeiras 2 semanas, depois continuar aumentando a dose gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 250 mg/dia

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Considerar – 

terapia cognitivo-comportamental

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) envolve a exposição e prevenção da resposta (EPR).[53][55][56][104] O tratamento combinado com farmacoterapia e TCC pode ser considerado em pessoas que não têm uma resposta satisfatória à monoterapia.

Uma hierarquia graduada de gatilhos de sintomas é criada com cada paciente. O terapeuta incentiva o paciente a se expor ao gatilho desencadeante (por exemplo, sujeira). O paciente é incentivado a tentar não se engajar em rituais compulsivos (por exemplo, lavar as mãos).

Conforme os sintomas começam a melhorar, deve-se focar nos gatilhos mais intensos. Além disso, as "lições de casa" se concentram na exposição a estímulos em ambientes naturais como aqueles que ocorrem em casa.

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2ª linha – 

aumento da dose do medicamento atual ou consideração da terapia medicamentosa combinada

A primeira etapa no caso de um paciente com resposta parcial (redução de 25% a 35% no escore da Escala de Sintomas Obsessivo-Compulsivos de Yale-Brown [Y-BOCS]) na sexta a oitava semana do tratamento deve ser de aumentar a dose do medicamento atual.

A 12 semanas, se o paciente tiver exibido uma resposta parcial a um agente, será possível utilizar as estratégias de potencialização em vez de mudar para um medicamento diferente. As estratégias de potencialização incluem: aumento do medicamento em uso até a dose mais alta tolerável, o uso de citalopram ou clomipramina intravenosa (no entanto, essas formulações não estão disponíveis em cenários clínicos gerais nos EUA) ou esquemas combinados (por exemplo, inibidor seletivo de recaptação de serotonina [ISRS] associado à clomipramina ou ISRS associado a um medicamento antipsicótico).[80]

Recomenda-se cautela no uso de citalopram, por conta da associação com o prolongamento do intervalo QT. Recomenda-se atenção especial a pacientes acima de 60 anos de idade ou àqueles que apresentam potencial preexistente de prolongamento do QT ou arritmias, seja em decorrência de doença inerente ou do uso concomitante de outros medicamentos.[55][69][78]

Se o paciente não responder à dose tolerada mais alta de ISRS por 12 semanas, poderá ser considerada a potencialização com um medicamento antipsicótico. Também deve-se observar que alguns antidepressivos podem inibir o metabolismo antipsicótico; a inibição do citocromo P450 2D6 por fluoxetina ou paroxetina pode ser particularmente importante. Vários estudos têm sugerido que a risperidona é eficaz como um agente de potencialização no TOC.[81][82][83][84][86]​ Também existem evidências para o haloperidol, a quetiapina e a olanzapina.[85][86][89][107][108][109][110][111]​ Em virtude de uma associação com a síndrome metabólica, o uso deve ser acompanhado pelo rastreamento de lipídios, glicemia de jejum e outros indicadores de síndrome metabólica.

Antes de iniciar a terapia combinada com um ISRS associado à clomipramina, um eletrocardiograma de rastreamento deve ser realizado, a frequência cardíaca e a PA devem ser monitoradas conforme a dose é ajustada e os níveis plasmáticos de clomipramina e desmetilclomipramina devem ser medidos 2 a 3 semanas depois de atingir uma dose de 50 mg/dia.[53] O nível plasmático total de clomipramina e desmetilclomipramina deve ficar abaixo de 500 nanogramas/mL para evitar a toxicidade cardíaca e/ou do sistema nervoso central (SNC).[53][112]

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Considerar – 

terapia cognitivo-comportamental

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Se o paciente não tiver um ensaio adequado de terapia cognitivo-comportamental (TCC), na forma de exposição e prevenção de resposta, deverá ser adicionado ao esquema de tratamento.

Uma hierarquia graduada de gatilhos de sintomas é criada com cada paciente. O terapeuta incentiva o paciente a se expor ao gatilho desencadeante (por exemplo, sujeira). O paciente é incentivado a tentar não se engajar em rituais compulsivos (por exemplo, lavar as mãos).

Conforme os sintomas começam a melhorar, deve-se focar nos gatilhos mais intensos. Além disso, as "lições de casa" se concentram na exposição a estímulos em ambientes naturais como aqueles que ocorrem em casa.

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3ª linha – 

consideração da mudança para um antidepressivo diferente

Se os pacientes não atingirem pelo menos 25% de redução no escore da Y-BOCS ou nota 4 na escala de Impressão Clínica Global (CGI) depois de 12 semanas com dose máxima de um único medicamento, é recomendado passar para um medicamento diferente, pois os pacientes podem responder a um medicamento melhor que a outro.[53][55] No entanto, deve-se ter em mente que também existem evidências que sugerem que os pacientes que não respondem ao medicamento inicial podem ter menor probabilidade que os pacientes virgens de tratamento de responder a novos ensaios de outros medicamentos.[103]

O termo "resistente ao tratamento" geralmente é usado para descrever os pacientes que não responderam a pelo menos dois ensaios adequados de clomipramina ou do inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS) (no mínimo 12 semanas). Depois dos ensaios com clomipramina e pelo menos dois ISRSs, com reforço usando a TCC, o paciente poderá ser classificado como não respondedor.

Opções primárias

fluoxetina: crianças >7 anos de idade: 10 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumento em incrementos de 10 mg/dia a cada 2-3 semanas de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia; adultos: 20 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumento em incrementos de 10-20 mg/dia a cada 2-3 semanas de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia

ou

fluvoxamina: crianças >8 anos de idade: 25 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumento em incrementos de 25 mg/dia a cada 4-7 dias de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia (crianças <12 anos de idade) ou 300 mg/dia (crianças >12 anos de idade); adultos: 50 mg/dia por via oral (liberação imediata ou liberação prolongada) inicialmente, aumento em incrementos de 50 mg/dia a cada 4-7 dias de acordo com a resposta, máximo de 300 mg/dia

ou

paroxetina: 20 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumentar em incrementos de 10 mg/dia a cada 7 dias de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia

ou

sertralina: crianças >6 anos de idade: 25 mg/dia por via oral inicialmente, aumento em incrementos de 25 -50 mg/dia a cada 7 dias de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia; adultos: 50 mg/dia por via oral inicialmente, aumento em incrementos de 25-50 mg/dia a cada 7 dias de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia

ou

clomipramina: adultos: 25 mg/dia por via oral inicialmente, aumentar em incrementos de 25 mg/dia a cada 4-7 dias até 100 mg/dia nas primeiras 2 semanas, depois continuar aumentando a dose gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 250 mg/dia

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Considerar – 

terapia cognitivo-comportamental

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Se o paciente não tiver um ensaio adequado de terapia cognitivo-comportamental (TCC), na forma de exposição e prevenção de resposta, deverá ser adicionado ao esquema de tratamento.

Uma hierarquia graduada de gatilhos de sintomas é criada com cada paciente. O terapeuta incentiva o paciente a se expor ao gatilho desencadeante (por exemplo, sujeira). O paciente é incentivado a tentar não se engajar em rituais compulsivos (por exemplo, lavar as mãos).

Conforme os sintomas começam a melhorar, deve-se focar nos gatilhos mais intensos. Além disso, as "lições de casa" se concentram na exposição a estímulos em ambientes naturais como aqueles que ocorrem em casa.

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4ª linha – 

avaliações adicionais dos especialistas

Depois dos ensaios com clomipramina e pelo menos dois inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs), com um aumento usando a terapia cognitivo-comportamental, o paciente poderá ser classificado como não respondedor.

Raramente, os casos podem estar relacionados a uma causa orgânica (por exemplo, processos neurodegenerativos, fenômenos de TOC pós-AVC, hipotireoidismo ou outras chamadas formas "adquiridas" de TOC que podem decorrer de doença de Huntington, coreia de Sydenham, febre reumática, infecção bacteriana ou viral ou encefalite). As características dos elementos clínicos residuais devem orientar a escolha de outros tratamentos.

Nesse momento, sugere-se a avaliação de outro especialista, pois outros esquemas de potencialização podem ser necessários, dependendo das comorbidades ou características prevalentes na sintomatologia de TOC de cada paciente.

sintomas graves ou com transtornos de personalidade comórbidos ou sintomas dissociativos

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1ª linha – 

terapia cognitivo-comportamental associada a farmacoterapia

Os pacientes com sintomas graves incluem aqueles com escores de 24 a 40 na Escala de transtorno obsessivo-compulsivo de Yale-Brown.

A terapia medicamentosa pode aliviar os sintomas graves o suficiente para permitir a participação na terapia cognitivo-comportamental (TCC).[53][55]

Os pacientes que não responderem à monoterapia com TCC ou farmacoterapia, especialmente aqueles que têm transtornos de personalidade comórbidos ou sintomas dissociativos, poderão se beneficiar com a terapia combinada.[74][75][76]

A combinação de TCC com farmacoterapia é indicada como tratamento de primeira linha para o TOC comórbido com depressão.

Opções primárias

terapia cognitivo-comportamental

--E--

fluoxetina: crianças >7 anos de idade: 10 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumento em incrementos de 10 mg/dia a cada 2-3 semanas de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia; adultos: 20 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumento em incrementos de 10-20 mg/dia a cada 2-3 semanas de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia

ou

fluvoxamina: crianças >8 anos de idade: 25 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumento em incrementos de 25 mg/dia a cada 4-7 dias de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia (crianças <12 anos de idade) ou 300 mg/dia (crianças >12 anos de idade); adultos: 50 mg/dia por via oral (liberação imediata ou liberação prolongada) inicialmente, aumento em incrementos de 50 mg/dia a cada 4-7 dias de acordo com a resposta, máximo de 300 mg/dia

ou

paroxetina: 20 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumentar em incrementos de 10 mg/dia a cada 7 dias de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia

ou

sertralina: crianças >6 anos de idade: 25 mg/dia por via oral inicialmente, aumento em incrementos de 25 -50 mg/dia a cada 7 dias de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia; adultos: 50 mg/dia por via oral inicialmente, aumento em incrementos de 25-50 mg/dia a cada 7 dias de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia

ou

clomipramina: adultos: 25 mg/dia por via oral inicialmente, aumentar em incrementos de 25 mg/dia a cada 4-7 dias até 100 mg/dia nas primeiras 2 semanas, depois continuar aumentando a dose gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 250 mg/dia

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2ª linha – 

aumento da dose do medicamento atual ou consideração da terapia medicamentosa combinada

A primeira etapa no caso de um paciente com resposta parcial na sexta a oitava semana do tratamento deve ser de aumentar a dose do medicamento atual. Isso pode envolver o aumento da dose até a dose tolerável mais alta além do que é aprovado para essa indicação.

A 12 semanas, se o paciente tiver exibido uma resposta parcial a um agente, será possível utilizar as estratégias de potencialização em vez de mudar para um medicamento diferente. As estratégias de potencialização incluem: aumento do medicamento em uso até a dose mais alta tolerável, uso de citalopram ou clomipramina intravenosa (no entanto, essas formulações não estão disponíveis nos cenários clínicos gerais nos EUA) ou esquemas combinados (por exemplo, inibidor seletivo de recaptação de serotonina [ISRS] associado a clomipramina ou ISRS associado a um medicamento antipsicótico).[80]

Recomenda-se cautela no uso de citalopram, por conta da associação com o prolongamento do intervalo QT. Recomenda-se atenção especial a pacientes acima de 60 anos de idade ou àqueles que apresentam potencial preexistente de prolongamento do QT ou arritmias, seja em decorrência de doença inerente ou do uso concomitante de outros medicamentos.[55][69][78]

Se o paciente não responder à dose tolerada mais alta de ISRS por 12 semanas, poderá ser considerada a potencialização com um medicamento antipsicótico. Também deve-se observar que alguns antidepressivos podem inibir o metabolismo antipsicótico; a inibição do citocromo P450 2D6 por fluoxetina ou paroxetina pode ser particularmente importante. Vários estudos têm sugerido que a risperidona é eficaz como um agente de potencialização no TOC.[81][82][83][84][86]​ Também existem evidências para o haloperidol, a quetiapina e a olanzapina.[85][86][89][107][108][109][110][111]​ Em virtude de uma associação com a síndrome metabólica, o uso deve ser acompanhado pelo rastreamento de lipídios, glicemia de jejum e outros indicadores de síndrome metabólica.

Antes de iniciar a terapia combinada com um ISRS associado à clomipramina, um eletrocardiograma (ECG) de rastreamento deve ser realizado, a frequência cardíaca e a PA devem ser monitoradas conforme a dose é ajustada e os níveis plasmáticos de clomipramina e desmetilclomipramina devem ser medidos 2 a 3 semanas depois de atingir uma dose de 50 mg/dia.[53] O nível plasmático total de clomipramina e desmetilclomipramina deve ficar abaixo de 500 nanogramas/mL para evitar a toxicidade cardíaca e/ou do sistema nervoso central (SNC).[53][112]

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terapia cognitivo-comportamental

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Se o paciente não tiver um ensaio adequado de terapia cognitivo-comportamental (TCC), na forma de exposição e prevenção de resposta (EPR), isso deverá ser adicionado ao esquema de tratamento.

Uma hierarquia graduada de gatilhos de sintomas é criada com cada paciente. O terapeuta incentiva o paciente a se expor ao gatilho desencadeante (por exemplo, sujeira). O paciente é incentivado a tentar não se engajar em rituais compulsivos (por exemplo, lavar as mãos).

Conforme os sintomas começam a melhorar, deve-se focar nos gatilhos mais intensos. Além disso, as "lições de casa" se concentram na exposição a estímulos em ambientes naturais como aqueles que ocorrem em casa.

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3ª linha – 

consideração da mudança para um antidepressivo diferente

Se os pacientes não atingirem pelo menos 25% de redução no escore da Y-BOCS ou nota 4 na escala de Impressão Clínica Global (CGI) depois de 12 semanas com dose máxima de um único medicamento, é recomendado passar para um medicamento diferente, pois os pacientes podem responder a um medicamento melhor que a outro.[53][55] No entanto, deve-se ter em mente que também existem evidências que sugerem que os pacientes que não respondem ao medicamento inicial podem ter menor probabilidade que os pacientes virgens de tratamento de responder a novos ensaios de outros medicamentos.[103]

O termo "resistente ao tratamento" geralmente é usado para descrever os pacientes que não responderam a pelo menos dois ensaios adequados de clomipramina ou do inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS) (no mínimo 12 semanas). Depois dos ensaios com clomipramina e pelo menos dois ISRSs, com uma potencialização usando a terapia cognitivo-comportamental, o paciente poderá ser classificado como não respondedor.

Opções primárias

fluoxetina: crianças >7 anos de idade: 10 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumento em incrementos de 10 mg/dia a cada 2-3 semanas de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia; adultos: 20 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumento em incrementos de 10-20 mg/dia a cada 2-3 semanas de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia

ou

fluvoxamina: crianças >8 anos de idade: 25 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumento em incrementos de 25 mg/dia a cada 4-7 dias de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia (crianças <12 anos de idade) ou 300 mg/dia (crianças >12 anos de idade); adultos: 50 mg/dia por via oral (liberação imediata ou liberação prolongada) inicialmente, aumento em incrementos de 50 mg/dia a cada 4-7 dias de acordo com a resposta, máximo de 300 mg/dia

ou

paroxetina: 20 mg/dia por via oral (liberação imediata) inicialmente, aumentar em incrementos de 10 mg/dia a cada 7 dias de acordo com a resposta, máximo de 60 mg/dia

ou

sertralina: crianças >6 anos de idade: 25 mg/dia por via oral inicialmente, aumento em incrementos de 25 -50 mg/dia a cada 7 dias de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia; adultos: 50 mg/dia por via oral inicialmente, aumento em incrementos de 25-50 mg/dia a cada 7 dias de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia

ou

clomipramina: adultos: 25 mg/dia por via oral inicialmente, aumentar em incrementos de 25 mg/dia a cada 4-7 dias até 100 mg/dia nas primeiras 2 semanas, depois continuar aumentando a dose gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 250 mg/dia

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terapia cognitivo-comportamental

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Se o paciente não tiver um ensaio adequado de terapia cognitivo-comportamental (TCC), na forma de exposição e prevenção de resposta, deverá ser adicionado ao esquema de tratamento.

Uma hierarquia graduada de gatilhos de sintomas é criada com cada paciente. O terapeuta incentiva o paciente a se expor ao gatilho desencadeante (por exemplo, sujeira). O paciente é incentivado a tentar não se engajar em rituais compulsivos (por exemplo, lavar as mãos).

Conforme os sintomas começam a melhorar, deve-se focar nos gatilhos mais intensos. Além disso, as "lições de casa" se concentram na exposição a estímulos em ambientes naturais como aqueles que ocorrem em casa.

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avaliações adicionais dos especialistas

Depois dos ensaios com clomipramina e pelo menos dois inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs), com um aumento usando a terapia cognitivo-comportamental, o paciente poderá ser classificado como não respondedor.

Raramente, os casos podem estar relacionados a uma causa orgânica (por exemplo, processos neurodegenerativos, fenômenos de TOC pós-AVC, hipotireoidismo ou outras chamadas formas "adquiridas" de TOC que podem decorrer de doença de Huntington, coreia de Sydenham, febre reumática, infecção bacteriana ou viral ou encefalite). As características dos elementos clínicos residuais devem orientar a escolha de outros tratamentos.

Nesse momento, sugere-se a avaliação de outro especialista, pois outros esquemas de potencialização podem ser necessários, dependendo das comorbidades ou características prevalentes na sintomatologia de TOC de cada paciente.

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