Prevenção primária
A prevenção de infecções por tênia em seres humanos pode servir para diminuir o número de portadores de ovos de tênia. Instruções sobre rotas de transmissão, higiene pessoal adequada, lavagem cuidadosa de frutas/vegetais e lavagem das mãos antes da preparação de alimentos podem ajudar a prevenir a transmissão dos ovos para os seres humanos.
Também é possível diminuir o risco de infecção com o cozimento adequado de carne bovina, suína e peixes, com a inspeção da carne suína quanto a cisticercos e/ou o congelamento da carne.
Geralmente, a prevenção da equinococose cística pode ser obtida simplesmente evitando-se o contato próximo com cães. A desparasitação regular dos cães, uma melhor higiene no abate de gado e a educação pública podem ajudar a prevenir a transmissão.[17]
A prevenção da infecção em porcos pode ser obtida alterando-se as práticas de criação desses animais nas áreas endêmicas. A proibição do abatimento doméstico de ovelhas impedirá o consumo de vísceras contaminadas pelos cães, interrompendo, dessa forma, o ciclo de vida do parasita. As ovelhas são vacinadas para ajudar a prevenir a equinococose cística em alguns países.[17]
A eliminação temporária da transmissão de Taenia solium é possível por meio de tratamento antiparasitário em massa de humanos juntamente com tratamento antiparasitário em massa e vacinação de porcos.[10] A Organização Pan-Americana da Saúde recomenda quimioterapia antiparasitária preventiva com niclosamida, praziquantel ou albendazol para o controle da T solium nas áreas endêmicas.[24] Provavelmente, uma eliminação prolongada exigirá medidas adicionais.[25]
Os programas de quimioterapia antiparasitária preventiva com praziquantel e albendazol não estão isentos de risco. Como o tempo entre a infecção e o desenvolvimento de sintomas pode chegar a 20 anos, esses medicamentos podem ser administrados aos indivíduos que tiverem cisticercos viáveis no cérebro, mas que forem assintomáticos (neurocisticercose assintomática). Isso pode resultar em eventos adversos neurológicos graves (por exemplo, estado de mal epiléptico, hipertensão intracraniana), relacionados ao desenvolvimento de uma reação inflamatória ao redor dos cistos, embora a frequência pareça ser baixa. Essas complicações requerem tratamento de emergência, e a Organização Mundial da Saúde emitiu orientações para o tratamento dessas complicações em áreas rurais, onde a infraestrutura de saúde pode ser limitada.[26] Não há risco de eventos adversos neurológicos graves com a niclosamida, pois ela não é absorvida pelo trato gastrointestinal e, portanto, não chega ao sistema nervoso central.
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