História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco são: morar em fazendas, contato com cães e/ou porcos, ingestão de água contaminada e/ou carnes e peixes malcozidos e higiene inadequada das mãos.

segmentos do verme nas fezes

Os pacientes podem se apresentar depois de observar proglotes no vaso sanitário ou depois de sentir o movimento espontâneo das proglotes pelo ânus.

A saída espontânea das proglotes pelo reto é relatada com mais frequência no caso de infestação por Taenia saginata ou T solium.

pressão intracraniana elevada

Os pacientes com neurocisticercose podem apresentar aumento da pressão intracraniana devido a hidrocefalia ou edema cerebral difuso. Isso pode ocorrer no quadro de doença intraventricular e subaracnoide e, menos comumente, de doença intraparenquimal, e representar risco de vida.

convulsões

Os pacientes com manifestações no sistema nervoso central podem apresentar convulsões.

É necessário efetuar a avaliação de neurocisticercose em todos os pacientes provenientes de áreas endêmicas, que apresentem novos episódios de convulsão.[41]

hepatomegalia

Os sinais de cistos no fígado podem incluir a hepatomegalia.

tosse

Pode indicar cistos nos pulmões.

hemoptise

Pode indicar cistos nos pulmões.

Incomuns

manifestações alérgicas

A ruptura ou o derrame de cistos de tênia no peritônio, geralmente, resulta em manifestações alérgicas agudas ou intermitentes (anafilaxia ou urticária).

Pode ocorrer uma reação inflamatória mínima causada pela T saginata, sugerindo que essas tênias produzem um efeito "irritante", podendo causar sintomas clínicos.

anemia

As infecções por Diphyllobothrium latum podem causar anemia devido à absorção de vitamina B12 pela tênia.

Cerca de 40% das pessoas que hospedam o verme apresentam uma redução da vitamina B12 sérica, mas menos de 2% desenvolvem anemia.[37]

Outros fatores diagnósticos

comuns

assintomático

Muitas infecções são assintomáticas.

Frequentemente, os cistos hidáticos só são descobertos como achados incidentais na autópsia.

sintomas intestinais vagos

Os pacientes com uma doença intestinal podem apresentar sintomas intestinais vagos, entre eles, dor abdominal, dor característica de fome, dor na língua e nas gengivas, perda de apetite, aumento do apetite, perda de peso, distensão abdominal, constipação, diarreia, sensação de "algo se mexendo por dentro" e/ou náusea.[2]

Em geral, os pacientes infectados com a Hymenolepis nana são crianças que se queixam de diarreia. A infecção por H nana também pode estar presente com dor abdominal persistente e difusa.

perturbação do sono

Muitas crianças com a Hymenolepis nana têm perturbações do sono e do comportamento, que desaparecem após a erradicação da tênia.

cefaleias

As manifestações no sistema nervoso central podem causar cefaleia.

Os pacientes provenientes de áreas endêmicas, que apresentam sintomas de enxaqueca ou cefaleias crônicas de etiologia incerta, devem ser considerados para a avaliação da neurocisticercose.

erupção cutânea

Muitos pacientes com a Hymenolepis nana têm erupções cutâneas pruriginosas.[27] Os pacientes com um cisto equinocócico roto ou derrame podem ter erupções eczematosas.

Incomuns

nódulos subcutâneos

Nódulos subcutâneos visíveis ou palpáveis podem ocorrer em alguns pacientes com cisticercose.[10][32]

pirexia

Os sinais de cistos no fígado poderão incluir evidências de sepse se houver comunicações da árvore biliar com uma superinfecção subsequente.[1]

distúrbios visuais

Um pequeno número de pacientes apresenta comprometimento ocular. O exame fundoscópico é recomendado para descartar cisticercos intraoculares.[33]

Fatores de risco

Fortes

morar em fazendas

Os agricultores e as pessoas que vivem em regiões endêmicas onde há criação de porcos e, no caso das espécies de Echinococcus, que moram em regiões onde cães pastoreiam ovelhas, estão expostos a um risco maior de infecção por tênia.

higiene precária

Os ovos da tênia podem ser pegajosos e são encontrados, com frequência, sob as unhas dos portadores.

Os alimentos preparados por portadores poderão causar infecção nos consumidores caso sejam empregadas técnicas inadequadas de higiene.

consumir ou manusear carne malcozida

A infecção em seres humanos por espécies da Taenia pode ocorrer sempre que é consumida carne bovina malcozida (contaminada com cisticercos de T saginata) ou carne suína (contaminada com cisticercos de T solium).

consumir ou manusear peixe ou crustáceos malcozidos

A infecção por Diphyllobothrium latum pode ocorrer sempre que são ingeridos peixes ou crustáceos malcozidos.

ingestão de água contaminada

A infecção por Diphyllobothrium latum pode ocorrer quando é ingerida água contaminada por fezes de peixes/crustáceos contaminados (ou frutas/vegetais lavados com água contaminada por fezes de peixes/crustáceos infectados).

proprietários de cães

A infecção por Echinococccus granulosus pode ocorrer do contato com fezes de cães contaminados.

idade <12 anos

Crianças <12 anos parecem apresentar aumento do risco de infecção por tênia (por exemplo, Hymenolepis nana), especialmente quando outros fatores de risco, como vida rural, proximidade a animais, falta de higiene e falta de acesso a água potável estão presentes.[21][22]​​ Um estudo transversal na China rural encontrou anticorpos para neurocisticercose em até 22% das crianças testadas em algumas escolas, maior do que a porcentagem encontrada em adultos nas aldeias vizinhas.[23]​ As crianças também podem ter maior probabilidade de ingerirem acidentalmente fezes contaminadas de animais de estimação, aumentando o risco de infecções por Echinococcus granulosus ou E multilocularis. Muitas crianças não apresentam sintomas, o que aumenta o risco de contágio para outras pessoas, principalmente se a higiene das mãos for inadequada.

Fracos

atividades ao ar livre

A higiene inadequada das mãos, geralmente adotada em acampamentos e outras atividades ao ar livre, aumenta o risco de ingestão acidental de fezes de raposa, canídeos e/ou gatos contaminados, e o desenvolvimento de infecções por Echinococccus multilocularis ou E granulosus.

A ingestão acidental de insetos contaminados pode resultar em infecção por Hymenolepis nana.

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