Novos tratamentos

Imunoglobulina intravenosa (IGIV)

Estudos de casos relatam o uso de imunoglobulina intravenosa (IGIV) em pacientes com poliarterite nodosa (PAN) não relacionada ao HBV (vírus da hepatite B) que não apresentam resposta à terapia convencional.[86][87][88] Também há relatos de que a IGIV pode ser usada como agente poupador de corticosteroide em doença menos grave.[89][90] Um relato de caso demonstrou uma boa resposta com IGIV em um paciente resistente a corticosteroides com PAN relacionada ao HBV.[91]

Antagonistas do fator de necrose tumoral (TNF) alfa

Antagonistas do fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa) são a terapia padrão ouro em pacientes com DADA2.[92] Os estudos de caso sugerem que os pacientes com PAN resistente podem responder ao infliximabe.[93] Alguns desses pacientes com história de serem refratários ao tratamento podem ter tido DADA2. O uso de etanercepte na PAN idiopática não é recomendado com base nos achados de um estudo de granulomatose com poliangiite (anteriormente conhecida como granulomatose de Wegener).[94]

Terapia com células B

O rituximabe é um anticorpo monoclonal quimérico específico para linfócitos B humanos CD20 positivos. Em pacientes com vasculite associada a anticorpo anticitoplasma de neutrófilo (ANCA), um ensaio clínico mostrou que o rituximabe não foi inferior à ciclofosfamida diária oral para indução de remissão.[95] Um ensaio clínico subsequente demonstrou que rituximabe em baixa dose regular é superior à azatioprina para a manutenção da remissão em pacientes com vasculite associada a ANCA.[96] Não há ensaios clínicos com PAN, mas há alguns relatos de caso de pacientes com PAN refratária clássica (não relacionada ao HBV) recebendo terapias padrão que apresentaram subsequentemente uma boa resposta clínica com o rituximabe.[97][98][99] O rituximabe, principalmente quando usado de forma concomitante com corticosteroides, pode causar reativação de HBV naqueles que apresentaram infecção por HBV prévia e "clearance" (isto é, exame positivo para o anticorpo de superfície e núcleo). Há relatos de caso de falência hepática fulminante nesse contexto, e a terapia antiviral profilática precisa ser administrada com rituximabe. Rituximabe não deve ser usado no contexto de infecção por HBV.[100]

Alfainterferona

Em PAN relacionada ao HBV leve ou moderada que é resistente à terapia padrão, a adição de alfainterferona à terapia padrão foi descrita em estudos de casos.[26][101]

Alta dose de imunossupressão com corticosteroides e ciclofosfamida na PAN relacionada ao HBV

Em pacientes em estado crítico com PAN relacionada ao HBV que apresentam vasculite não controlada, uma opção pode ser considerar um ciclo de alta dose de imunossupressão com corticosteroides e ciclofosfamida. Entretanto, essa abordagem apresenta o risco de promover a infecção subjacente por HBV; portanto, o ciclo deve ser o mais curto possível e acompanhado por profilaxia com lamivudina.[84]

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