Prevenção primária

A maioria dos casos de câncer de endométrio não pode ser evitada. No entanto, o risco pode ser reduzido abordando fatores de risco, como obesidade e sobrepeso. O uso de contraceptivos combinados orais está associado à redução do risco de câncer de endométrio, e o uso de dispositivos intrauterinos liberadores de levonorgestrel pode ter um efeito redutor de risco.[74][87][88]​​​ Estratégias adicionais de redução de risco devem ser discutidas com mulheres com síndrome de Lynch.

Mulheres com síndrome de Lynch

Em virtude da alta taxa de câncer de endométrio em mulheres com síndrome de Lynch (risco durante a vida de 35% a 54%), essas pacientes podem se beneficiar de uma histerectomia profilática para redução de risco após a idade fértil.[74][75]​​​​[89][90]​​​​​ ​​A salpingo-ooforectomia bilateral (SOB) profilática também pode ser benéfica em decorrência do alto risco de câncer de ovário associado a algumas mutações da síndrome de Lynch.[74]​​[75][91]

Relata-se que a histerectomia e SOB profiláticas evitam 100% dos cânceres de ovário e endometrial em mulheres submetidas à cirurgia redutora de risco para a síndrome de Lynch.[91]

A decisão de realizar a cirurgia redutora de risco e o seu momento deve ser individualizada (por exemplo, com base na idade, se a idade fértil foi concluída, estado de menopausa, comorbidades, mutação de gene específico e história familiar).[74]​ É recomendado discutir sobre a cirurgia de redução de risco antes que as mulheres cheguem aos 40 anos.[75]

Redução de risco não cirúrgico

Se a cirurgia de redução de risco for recusada ou não for possível, devem ser discutidas estratégias alternativas de redução de risco.[74]​ Isso deve incluir o rastreamento regular (por exemplo, biópsia do endométrio) e educação sobre os sintomas associados ao câncer de endométrio.

As diretrizes do American College of Obstetricians and Gynecologists recomendam a consideração da contracepção à base de progestina para prevenção do câncer de endométrio em mulheres com síndrome de Lynch.[75]​ No entanto, as evidências nessa população são limitadas.[74][75][92]

A aspirina é recomendada para reduzir o risco de câncer colorretal, mas um efeito benéfico para o câncer de endométrio não foi determinado.[93]

Prevenção secundária

A terapia de reposição de estrogênio em mulheres menopausadas que têm sintomas e foram diagnosticadas e tratadas para câncer de endométrio continua sendo controversa.[237][238] Existe um risco teórico de que o estrogênio possa aumentar a incidência de recidiva, pois o tipo mais comum de câncer de endométrio é estimulado pelo estrogênio. No entanto, evidências limitadas e de baixa certeza sugerem que a terapia de reposição hormonal (TRH) pode ter pouco ou nenhum efeito sobre o risco de recorrência do câncer de endométrio entre mulheres tratadas cirurgicamente para um câncer de endométrio em estágio inicial.[231][232] Portanto, mulheres com doença em estádio inicial (baixo risco de recorrência) que desejam usar TRH podem fazê-lo após discussão detalhada com seu médico.[232]

Mulheres com risco maior de recidiva ou doença avançada provavelmente devem evitar produtos que contêm estrogênio, como medida de prevenção.[232]

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