Prognóstico

A maioria dos pacientes com hiperplasia prostática benigna (HPB) pode esperar melhora pelo menos moderada dos sintomas, com menores escores de desconforto e melhor qualidade de vida. Os sintomas do trato urinário inferior, secundários à HPB, podem afetar o bem-estar sexual, incluindo a função erétil. A terapia medicamentosa para a HPB também pode afetar a função sexual, tanto de maneira benéfica quanto prejudicial. Por isso, deve ser considerada individualmente.[108][109][110][111] Alguns estudos sugerem que os pacientes com baixo risco de progressão podem ser capazes de descontinuar a terapia de primeira linha com alfabloqueadores após vários meses de terapia.[112][113] Contudo, a maioria dos pacientes vai requerer terapia contínua.

Progressão clínica da HPB

A progressão clínica da HPB (conforme definido por progressão sintomática >4 pontos do Escore internacional de sintomas prostáticos [International Prostate Symptom Score, IPSS]) ocorre em aproximadamente 20% dos pacientes, conforme demonstrado no estudo de Terapia Médica dos Sintomas Prostáticos (MTOP).[51] Aproximadamente 2.5% dos pacientes desenvolverão retenção urinária aguda, e outros 6% precisarão de terapia invasiva em um período de 5 anos. O risco de progressão da HPB aumenta nos pacientes com maiores volumes prostáticos e níveis mais elevados de antígeno prostático específico. Demonstrou-se uma redução de risco de 39% da progressão clínica da HPB em pacientes que fizeram uso de doxazosina, e uma redução de risco de 34% em pacientes que fizeram uso de finasterida. Os pacientes em terapia combinada tiveram redução de 66% na progressão clínica da HPB. O estudo MTOP também demonstrou que a redução do risco de retenção urinária aguda foi mais significativa com a finasterida (68%) e com a cirurgia invasiva (64%). A doxazosina isolada não reduziu significativamente o risco de retenção urinária nem a necessidade de cirurgia invasiva. A combinação de doxazosina e finasterida reduziu o risco de retenção urinária aguda em 81% e de cirurgia invasiva em 69%.[51] Um estudo em longo prazo que avaliou a terapia combinada de dutasterida associada a tansulosina mostrou benefícios semelhantes ao longo do tempo na progressão clínica da HPB, no IPSS, na taxa máxima de fluxo urinário, na qualidade de vida e no volume prostático reduzido em pacientes asiáticos e caucasianos, se comparada à monoterapia de tansulosina.[114]

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