Investigações

Primeiras investigações a serem solicitadas

urinálise

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Realize a urinálise - inclusive com análise de glicosúria, proteinúria, hematúria e infecção - na investigação inicial.[17][18]

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normal na HPB não complicada; piúria pode indicar ITU; hematúria pode indicar câncer

antígeno prostático específico (PSA)

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Utilize o teste de PSA em circunstâncias adequadas e com tomada de decisão compartilhada. Geralmente, não é recomendado em homens com mais de 70 anos de idade ou com expectativa de vida inferior a 10-15 anos. Oriente os pacientes de maneira cuidadosa sobre as potenciais consequências do teste de PSA.​[22][23][24][21]​​ PSA elevado pode sugerir a presença de câncer de próstata ou prostatite subjacentes.

O teste de PSA sérico pode ser útil para avaliar as opções de tratamento e a tomada de decisão (como um indicador aproximado do tamanho da próstata), ou se um diagnóstico de câncer de próstata mudar o tratamento.[17][18]

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elevação maior que a diretriz para a idade

questionário de escore de sintomas

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Avalie a natureza e a gravidade dos sintomas do paciente e o impacto em sua qualidade de vida usando um questionário de escore de sintomas validado. Isso deve ser realizado na investigação inicial e pode ser usado para reavaliação durante e após o tratamento.[17][18]

O escore internacional de sintomas prostáticos (International Prostate Symptom Score - IPSS), um questionário autoadministrado com 8 questões (7 questões sobre sintomas e 1 questão sobre qualidade de vida) é o mais usado.

Outros questionários incluem o International Consultation on Incontinence Questionnaire for Male LUTS (ICIQ-MLUTS), o Danish Prostate Symptom Score (DAN-PSS) e o Symptoms of Lower Urinary Tract dysfunction Research Network (LURN-10). O LURN-10 está fortemente relacionado ao IPSS, mas inclui sintomas adicionais (incontinência e dor vesical).[25][26][27] ICIQ: International Consultation on Incontinence Questionnaire Male Lower Urinary Tract Symptoms Module (ICIQ-MLUTS) Opens in new window​​

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Escore IPSS de 0 a 35 define a gravidade dos sintomas: escore leve: 0 a 7; escore moderado: 8 a 19; escore grave: 20 a 35. Qualidade de vida (escore de incômodo) com escore de 0 a 6

quadro de frequência/volume e diário de micção

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Se o paciente apresentar noctúria significativa, solicite que preencha um diário de micção e um quadro de frequência/volume por, pelo menos, 3 dias. Registrar o volume e o horário de cada micção e informações adicionais, como ingestão de líquidos, sintomas e uso de absorvente higiênico externo, pode ser uma ferramenta útil para objetivar os sintomas e detectar poliúria (>3 litros de urina em 24 horas).[18][20]

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diário de frequência e volume de micção

Investigações a serem consideradas

ultrassonografia

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Considere a ultrassonografia transretal ou transabdominal para avaliar com precisão o tamanho e o formato da próstata antes do tratamento com um inibidor de 5-alfa redutase ou para embasar a escolha de intervenções cirúrgicas.[17]​ A ultrassonografia transretal é mais precisa que a medição transabdominal e é a modalidade de imagem da próstata mais usada.[18][31]

A ultrassonografia é o método de escolha para se avaliar o volume vesical residual pós-miccional (RPM). Um RPM mensurável pode ser observado na obstrução infravesical em decorrência de HPB.[31]

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tamanho e formato da próstata: volume de RPM

TC ou RNM do abdome/pelve

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Considere usar uma TC ou RNM preexistente, de preferência obtida nos últimos 12 meses, para avaliar com precisão o tamanho e o formato da próstata antes do tratamento com um inibidor de 5-alfa redutase ou para embasar a escolha de intervenções cirúrgicas.[17]

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tamanho e formato da próstata

cistoscopia

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Considere a cistoscopia para avaliar com precisão o tamanho e o formato da próstata antes do tratamento com um inibidor de 5-alfa redutase ou para embasar a escolha de intervenções cirúrgicas.[17][18]

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tamanho e formato da próstata

Avaliação do resíduo pós-miccional (RPM)

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Realize antes da intervenção cirúrgica para STUI atribuído a HPB.[17] Isso é útil para o manejo pós-operatório e para avaliar o sucesso das intervenções cirúrgicas.

Considere a medição do RPM como um estudo opcional no manejo inicial de pacientes para os quais a terapia medicamentosa está sendo considerada; um RPM pode ajudar a avaliar a capacidade da bexiga de esvaziar na linha basal, identificar retenção urinária grave e/ou indicar disfunção do músculo detrusor.[17][18]

Usando um limiar de RPM de 50 mL, a precisão diagnóstica da medição do RPM tem um valor preditivo positivo de 63% e um valor preditivo negativo de 52% para obstrução infravesical.[18]

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volume elevado de retenção de urina no RPM

urofluxometria

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Considere a urofluxometria (uma medida não invasiva da taxa de pico do fluxo urinário) em pacientes com HPB moderada a grave, particularmente antes da intervenção cirúrgica para sintomas do trato urinário inferior causados por HPB.[17][28]

Um baixo pico de fluxo urinário pode ser devido a obstrução infravesical, subatividade do músculo detrusor ou bexiga não totalmente cheia. Um pico de fluxo urinário igual a 10 mL/segundo tem especificidade de 70% e sensibilidade de 47% para obstrução infravesical, e uma vazão urinária de pico igual a 15 mL/segundo tem uma especificidade de 38% e uma sensibilidade de 82% para obstrução infravesical.[29]

A precisão diagnóstica da urofluxometria para detecção de obstrução infravesical varia consideravelmente, e a especificidade melhora com a repetição do teste de fluxo.

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menos de 15 mL/segundo

estudos urodinâmicos de pressão de fluxo

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Considerados antes da intervenção cirúrgica para STUI causado por HPB quando houver incerteza diagnóstica.[17]​ Os estudos de pressão de fluxo proporcionam os meios mais completos de determinar a presença de obstrução infravesical, mas a maioria dos pacientes pode ser manejada e tratada cirurgicamente sem eles. Os estudos de pressão de fluxo podem ser úteis para diferenciar a obstrução infravesical da hipoatividade do músculo detrusor e podem ser úteis para orientar os pacientes sobre seu risco individual de melhora após o tratamento.[30]

Um estudo simultâneo de fluxo e de pressão, que observa a relação fluxo pressão, com aumento na pressão durante o preenchimento, sugerindo hiperatividade da bexiga (hiperatividade do detrusor) ou pressões elevadas de micção combinadas com fluxo reduzido, pode ser útil nos pacientes para os quais a cirurgia pode ser contemplada ou se os sintomas forem persistentes após procedimentos invasivos.[28]

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pressão anormal da bexiga, micção anormal

avaliação da função renal

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As diretrizes europeias aconselham a avaliação da função renal por meio da medição da creatinina sérica ou da taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) nas seguintes circunstâncias: se houver suspeita de insuficiência renal; na presença de hidronefrose; ou se for prevista uma intervenção cirúrgica.[18]

A insuficiência renal não está comumente relacionada à HPB isolada.

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a creatinina está elevada na insuficiência renal; a TFGe pode estar reduzida nos estágios 3-5 da doença renal crônica (<60 mL/min/1.73 m²)

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