Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

apresentação inicial com sintomas vasomotores leves

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mudanças de estilo de vida

Apesar das evidências limitadas, certas mudanças de estilo de vida podem melhorar a tolerância aos sintomas. As mulheres devem ser encorajadas a perder peso (se necessário) e a fazer mais exercícios.[11] Ambas as medidas têm benefícios cardiovasculares e de saúde óssea e podem melhorar o bem-estar geral, mas podem não ter nenhum impacto especificamente identificável nos fogachos nem melhorar a densidade óssea.[8]

Outras medidas de autocuidado incluem evitar alimentos apimentados, bebidas alcoólicas, cafeína, ambientes quentes e estresse. A ingestão de álcool e cafeína está associada ao agravamento dos sintomas vasomotores.

Usar a técnica de sobreposição de roupas e ventiladores portáteis, beber água gelada e usar borrifadores de água pode ser útil.

Uma revisão qualitativa de ensaios clínicos randomizados e controlados e metanálises descobriu que a ioga é moderadamente efetiva em curto prazo para os sintomas psicológicos, mas não causa nenhum impacto sobre os sintomas somáticos, vasomotores ou urogenitais.[33]

CONTÍNUA

mulheres com útero, fogachos moderados a graves, com/sem redução da libido

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esquema combinado contínuo

A terapia hormonal para uma mulher com útero inclui um estrogênio e uma progestina para proteger contra hiperplasia endometrial e câncer.[17]​ Estrogênios são o tratamento mais efetivo para os sintomas vasomotores, reduzindo os fogachos em 80% a 90%.[34]

O esquema combinado contínuo é indicado em mulheres que apresentam amenorreia há mais de 12 meses. É fácil de seguir e continua a amenorreia da menopausa.

Se a mulher apresentar sangramento intermenstrual após os primeiros 6 meses de esquema combinado contínuo, será necessária uma avaliação endometrial (ultrassonografia pélvica com ou sem biópsia endometrial), devendo-se considerar a troca por um esquema sequencial para que ela possa ter um padrão de sangramento previsível.

Uma formulação de estrogênio transdérmico (geralmente estradiol) é preferível ao oral para mulheres que tiverem maior risco trombótico (inclusive índice de massa corporal >30), tomarem outros medicamentos, tiverem níveis limítrofes de triglicerídeos, risco de cálculo biliar ou dificuldade de aderir à tomar a pílula diária. Como não há nenhum efeito de primeira passagem, uma formulação de estrogênio transdérmico pode reduzir o risco de tromboembolismo, em comparação com o estrogênio oral, mas isso não foi estudado em um ensaio clínico randomizado e controlado (ECRC). Ele também pode apresentar uma menor incidência de náuseas.[22][23]

É provável que as complicações em longo prazo da formulação de estrogênio transdérmico sejam as mesmas do estrogênio oral, embora não tenham sido estudadas especificamente na Women's Health Initiative. De acordo com as recomendações do National Institute for Health and Care Excellence do Reino Unido, a formulação de estrogênio transdérmico em doses terapêuticas padrão não aumenta o risco de tromboembolismo venoso em comparação com o risco inicial da população.[1]

O estradiol transdérmico está disponível como adesivo, spray dosimetrado ou preparações de gel, todos aplicados sobre a pele. Um ECRC multicêntrico de 12 semanas demonstrou que, em comparação com o placebo, o gel de estradiol transdérmico reduziu significativamente a frequência e a gravidade dos fogachos na 4ª e 12ª semanas em mulheres na menopausa saudáveis com fogachos moderados a intensos.[37] Cefaleia, infecção, mastalgia, náuseas e insônia foram os efeitos colaterais relatados com mais frequência. Uma metanálise em rede não constatou nenhuma diferença na eficácia entre o adesivo de estradiol transdérmico e o spray de estradiol transdérmico para sintomas vasomotores.[38]

Na maioria dos países, existe uma combinação de estrogênio e progestina em um único adesivo transdérmico .

Preparos de reposição hormonal estão disponíveis em várias combinações diferentes. Alguns exemplos de esquemas são descritos acima.

Opções primárias

estrogênios, conjugados/medroxiprogesterona: 0.3/1.5 mg por via oral uma vez ao dia

ou

estradiol/noretisterona transdérmica: adesivo de 0.05/0.17 mg duas vezes por semana

Opções secundárias

medroxiprogesterona: 2.5 mg por via oral uma vez ao dia

--E--

estrogênios conjugados: 0.3 a 1.25 mg por via oral uma vez ao dia

ou

estrogênios esterificados: 0.3 a 1.25 mg por via oral uma vez ao dia

ou

estradiol transdérmico: a dose depende da marca do adesivo, spray ou gel; consulte a bula do produto para obter orientação quanto à dose

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esquema sequencial

A terapia hormonal para uma mulher com útero inclui um estrogênio e uma progestina para proteger contra hiperplasia endometrial e câncer.[17]​ Estrogênios são o tratamento mais efetivo para os sintomas vasomotores, reduzindo os fogachos em 80% a 90%.[34]

Em um esquema sequencial, uma progestina é adicionada a um estrogênio nos últimos 10 a 14 dias do ciclo. A terapia hormonal (TH) sequencial é usada principalmente por mulheres na perimenopausa, mas pode também ser indicada para mulheres na pós-menopausa.

Uma formulação de estrogênio transdérmico (geralmente estradiol) é preferível ao oral para mulheres que tiverem maior risco trombótico (inclusive índice de massa corporal >30), tomarem outros medicamentos, tiverem níveis limítrofes de triglicerídeos, risco de cálculo biliar ou dificuldade de aderir à tomar a pílula diária. Como não há nenhum efeito de primeira passagem, uma formulação de estrogênio transdérmico pode reduzir o risco de tromboembolismo, em comparação com o estrogênio oral, mas isso não foi estudado em um ensaio clínico randomizado e controlado (ECRC). Ele também pode apresentar uma menor incidência de náuseas.[22][23]

É provável que as complicações em longo prazo da formulação de estrogênio transdérmico sejam as mesmas do estrogênio oral, embora não tenham sido estudadas especificamente na Women's Health Initiative. De acordo com as recomendações do National Institute for Health and Care Excellence do Reino Unido, a formulação de estrogênio transdérmico em doses terapêuticas padrão não aumenta o risco de tromboembolismo venoso em comparação com o risco inicial da população.[1]

O estradiol transdérmico está disponível como adesivo, spray dosimetrado ou preparações de gel, todos aplicados sobre a pele. Um ECRC multicêntrico de 12 semanas demonstrou que, em comparação com o placebo, o gel de estradiol transdérmico reduziu significativamente a frequência e a gravidade dos fogachos na 4ª e 12ª semanas em mulheres na menopausa saudáveis com fogachos moderados a intensos.[37] Cefaleia, infecção, mastalgia, náuseas e insônia foram os efeitos colaterais relatados com mais frequência. Uma metanálise em rede não constatou nenhuma diferença na eficácia entre o adesivo de estradiol transdérmico e o spray de estradiol transdérmico para sintomas vasomotores.[38]

Preparos de reposição hormonal estão disponíveis em várias combinações diferentes. Existem preparações transdérmicas combinadas e sequenciais pata TH.

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estrogênios conjugados/bazedoxifeno

O uso de estrogênios conjugados/bazedoxifeno (um modulador seletivo de receptor estrogênico) foi aprovado em alguns países para o tratamento dos sintomas vasomotores e prevenção da osteoporose em mulheres com útero intacto.[8][39]

Em comparação com estrogênios conjugados/acetato de medroxiprogesterona, mulheres tratadas com estrogênios conjugados/bazedoxifeno apresentaram bem menos eventos adversos. Mulheres que tomam estrogênios conjugados/bazedoxifeno não devem tomar progestina.

O bazedoxifeno tem efeito favorável (antiestrogênico) no tecido mamário.[40] São necessárias pesquisas adicionais.

Opções primárias

estrogênios, conjugados/bazedoxifeno: 0.45/20 mg por via oral uma vez ao dia

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inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS)/inibidor da recaptação de serotonina-noradrenalina (IRSN)

ISRSs e IRSNs são efetivos para o tratamento de sintomas vasomotores (SVMs) em mulheres que não podem fazer uso da terapia hormonal.[56][57][58]

Algumas evidências sugerem que o escitalopram pode ser mais eficaz que outros ISRSs para reduzir os fogachos.[58] Só a paroxetina é aprovada para o tratamento de SVMs moderados a graves associados à menopausa.[34][59]

Em um ensaio clínico randomizado e controlado (ECRC), com duração de 8 semanas, realizado com 339 mulheres na perimenopausa e pós-menopausa, com SVMs incômodos, a venlafaxina (um IRSN) diminuiu a frequência dos sintomas em 1.8 a mais por dia, em comparação com o placebo (P=0.005).[60] O estradiol administrado em baixas doses foi, aparentemente, mais eficaz (2.3 menos SVMs por dia em comparação com o placebo), mas não foi comparado diretamente com a venlafaxina neste estudo.[60] A venlafaxina pode ser uma alternativa razoável para mulheres que não podem tomar estrogênio.

Em comparação com o placebo, a desvenlafaxina (um IRSN) reduziu a frequência e a intensidade de fogachos moderados a intensos, num período de 12 meses, em um ECRC que contou com a participação de 365 mulheres menopausadas com SVMs incômodos.[61] Após preocupações quanto à segurança da desvenlafaxina nesta população de pacientes, uma análise de segurança distinta não constatou nenhuma evidência de aumento no risco de eventos cardiovasculares, vasculares cerebrais ou hepáticos associados à desvenlafaxina (em comparação com o placebo) para o tratamento de SVMs ligados à menopausa.[62]

Opções primárias

paroxetina: 7.5 mg por via oral uma vez ao dia

ou

escitalopram: 10-20 mg por via oral uma vez ao dia

ou

desvenlafaxina: 100 mg por via oral uma vez ao dia

ou

venlafaxina: 37.5 a 75 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia

Opções secundárias

fluoxetina: 10-20 mg por via oral uma vez ao dia

ou

citalopram: 10-30 mg por via oral uma vez ao dia

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4ª linha – 

gabapentina

Estudos indicam que a gabapentina é moderadamente eficaz para o tratamento dos fogachos.[36][63] No entanto, torpor, tontura e instabilidade são efeitos adversos comuns.[63]

A gabapentina pode causar letargia intolerável quando usada durante o dia.[36] Caso a sudorese noturna seja um principal sintoma incômodo da menopausa, a gabapentina pode ser administrada apenas à noite. Para o fogacho diurno, um esquema de escalonamento das doses pode ser usado se não houver outras opções farmacológicas disponíveis.

Opções primárias

gabapentina: 300 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar para 300 mg três vezes ao dia se necessário, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 2400 mg/dia

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5ª linha – 

clonidina

A clonidina, um agente anti-hipertensivo, reduz os fogachos, mas pode ser menos eficaz que os inibidores seletivos de recaptação de serotonina/recaptação de serotonina-noradrenalina e a gabapentina.[36]

A hipotensão pode ser um efeito adverso limitador do tratamento.[64] Deve-se monitorar a pressão arterial durante a terapia e quanto à presença do efeito rebote após a descontinuação.

Os adesivos transdérmicos proporcionam estabilidade nos níveis sanguíneos e são preferidos às preparações orais de clonidina.[36]

Opções primárias

clonidina transdérmica: adesivo de 0.1 mg/24 horas uma vez por semana

Opções secundárias

clonidina: 0.05 a 0.2 mg por via oral (liberação imediata) uma ou duas vezes ao dia

mulheres histerectomizadas ou com dispositivo intrauterino com liberação de levonorgestrel colocado nos últimos 5 anos, fogachos moderados a intensos, com ou sem redução da libido

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estrogênio isolado

As mulheres histerectomizadas podem usar estrogênio isolado se não apresentarem contraindicações para a terapia com estrogênio sistêmico.[17]​ Estrogênios são o tratamento mais efetivo para os sintomas vasomotores, reduzindo os fogachos em 80% a 90%.[34]

Uma formulação de estrogênio transdérmico (geralmente estradiol) é preferível ao oral para mulheres que tiverem maior risco trombótico (inclusive índice de massa corporal >30), tomarem outros medicamentos, tiverem níveis limítrofes de triglicerídeos, risco de cálculo biliar ou dificuldade de aderir à tomar a pílula diária. Como não há nenhum efeito de primeira passagem, uma formulação de estrogênio transdérmico pode reduzir o risco de tromboembolismo, em comparação com o estrogênio oral, mas isso não foi estudado em um ensaio clínico randomizado e controlado (ECRC). Ele também pode apresentar uma menor incidência de náuseas.[22][23]

É provável que as complicações em longo prazo da formulação de estrogênio transdérmico sejam as mesmas do estrogênio oral, embora não tenham sido estudadas especificamente na Women's Health Initiative. De acordo com as recomendações do National Institute for Health and Care Excellence do Reino Unido, a formulação de estrogênio transdérmico em doses terapêuticas padrão não aumenta o risco de tromboembolismo venoso em comparação com o risco inicial da população.[1]

O estradiol transdérmico está disponível como adesivo, spray dosimetrado ou preparações de gel, todos aplicados sobre a pele. Um ECRC multicêntrico de 12 semanas demonstrou que, em comparação com o placebo, o gel de estradiol transdérmico reduziu significativamente a frequência e a gravidade dos fogachos na 4ª e 12ª semanas em mulheres na menopausa saudáveis com fogachos moderados a intensos.[37] Cefaleia, infecção, mastalgia, náuseas e insônia foram os efeitos colaterais relatados com mais frequência. Uma metanálise em rede não constatou nenhuma diferença na eficácia entre o adesivo de estradiol transdérmico e o spray de estradiol transdérmico para sintomas vasomotores.[38]

Opções primárias

estradiol transdérmico: a dose depende da marca do adesivo, spray ou gel; consulte a bula do produto para obter orientação quanto à dose

Opções secundárias

estrogênios conjugados: 0.3 a 1.25 mg por via oral uma vez ao dia

ou

estrogênios esterificados: 0.3 a 1.25 mg por via oral uma vez ao dia

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inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS)/inibidor da recaptação de serotonina-noradrenalina (IRSN)

ISRSs e IRSNs são efetivos para o tratamento de sintomas vasomotores (SVMs) em mulheres que não podem fazer uso da terapia hormonal.[56][57][58]

Algumas evidências sugerem que o escitalopram pode ser mais eficaz que outros ISRSs para reduzir os fogachos.[58] Só a paroxetina é aprovada para o tratamento de SVMs moderados a graves associados à menopausa.[34][59]

Em um ensaio clínico randomizado e controlado (ECRC), com duração de 8 semanas, realizado com 339 mulheres na perimenopausa e pós-menopausa, com SVMs incômodos, a venlafaxina (um IRSN) diminuiu a frequência dos sintomas em 1.8 a mais por dia, em comparação com o placebo (P=0.005).[60] O estradiol administrado em baixas doses foi, aparentemente, mais eficaz (2.3 menos SVMs por dia em comparação com o placebo), mas não foi comparado diretamente com a venlafaxina neste estudo.[60] A venlafaxina pode ser uma alternativa razoável para mulheres que não podem tomar estrogênio.

Em comparação com o placebo, a desvenlafaxina (um IRSN) reduziu a frequência e a intensidade de fogachos moderados a intensos, num período de 12 meses, em um ECRC que contou com a participação de 365 mulheres menopausadas com SVMs incômodos.[61] Após preocupações quanto à segurança da desvenlafaxina nesta população de pacientes, uma análise de segurança distinta não constatou nenhuma evidência de aumento no risco de eventos cardiovasculares, vasculares cerebrais ou hepáticos associados à desvenlafaxina (em comparação com o placebo) para o tratamento de SVMs ligados à menopausa.[62]

Opções primárias

paroxetina: 7.5 mg por via oral uma vez ao dia

ou

escitalopram: 10-20 mg por via oral uma vez ao dia

ou

desvenlafaxina: 100 mg por via oral uma vez ao dia

ou

venlafaxina: 37.5 a 75 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia

Opções secundárias

fluoxetina: 10-20 mg por via oral uma vez ao dia

ou

citalopram: 10-30 mg por via oral uma vez ao dia

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3ª linha – 

gabapentina

Estudos indicam que a gabapentina é moderadamente eficaz para o tratamento dos fogachos.[36][63] No entanto, torpor, tontura e instabilidade são efeitos adversos comuns.[63]

A gabapentina pode causar letargia intolerável quando usada durante o dia.[36] Caso a sudorese noturna seja um principal sintoma incômodo da menopausa, a gabapentina pode ser administrada apenas à noite. Para o fogacho diurno, um esquema de escalonamento das doses pode ser usado se não houver outras opções farmacológicas disponíveis.

Opções primárias

gabapentina: 300 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar para 300 mg três vezes ao dia se necessário, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 2400 mg/dia

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4ª linha – 

clonidina

A clonidina, um agente anti-hipertensivo, reduz os fogachos, mas pode ser menos eficaz que os inibidores seletivos de recaptação de serotonina/recaptação de serotonina-noradrenalina e a gabapentina.[36]

A hipotensão pode ser um efeito adverso limitador do tratamento.[64] Deve-se monitorar a pressão arterial durante a terapia e quanto à presença do efeito rebote após a descontinuação.

Os adesivos transdérmicos proporcionam estabilidade nos níveis sanguíneos e são preferidos às preparações orais de clonidina.[36]

Opções primárias

clonidina transdérmica: adesivo de 0.1 mg/24 horas uma vez por semana

Opções secundárias

clonidina: 0.05 a 0.2 mg por via oral (liberação imediata) uma ou duas vezes ao dia

apenas atrofia urogenital

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estrogênio vaginal ± hidratante vaginal

Preparações de estrogênio vaginal em de baixa dose podem ser consideradas em mulheres com sintomas de atrofia urogenital.[17]

Uma revisão de bancos de dados Medline e Cochrane demonstrou que o estrogênio vaginal é mais efetivo que o placebo para melhorar o ressecamento e diminuir a dispareunia, a urgência miccional e a polaciúria.[65] As taxas de infecções do trato urinário também diminuíram com o uso de estrogênio vaginal. Os níveis séricos de estradiol permaneceram normais na pós-menopausa, exceto para aquelas que usaram creme de estrogênio vaginal em altas doses.[65]

Em mulheres sem história de câncer hormônio-dependente, pode-se continuar o tratamento com estrogênio vaginal para alívio dos sintomas, e não há evidências para recomendar o monitoramento endometrial.[30] No estudo observacional da Women's Health Initiative, o risco de doenças cardiovasculares, câncer de mama invasivo e câncer de endométrio não diferiu entre mulheres que eram usuárias ou não de estrogênio vaginal.[66]

Estrogênios vaginais não exigem reposição com progestina.

Comprimidos de estradiol vaginal não promovem absorção sistêmica significativa e podem ser utilizados a longo prazo, se necessário. No entanto, em outubro de 2019, a European Medicines Agency recomendou limitar o uso de cremes vaginais com alta concentração de estradiol (contendo estradiol a 100 microgramas/g ou 0,01%) a um único período de tratamento de até 4 semanas, devido ao risco de efeitos adversos geralmente associados à terapia hormonal (TH) sistêmica (oral ou transdérmica). Essa formulação não deve ser usada em pacientes já submetidos à TH.[67] Assim, pode ser preferível usar outras formulações de estrogênio vaginais (por exemplo, creme de estrogênio conjugado, anéis e comprimidos intravaginais de estradiol). Não há evidências que sugiram que uma preparação de estrogênio vaginal seja mais eficaz que qualquer outra.[68]

O gel policarbófilo, um hidratante vaginal, também pode ser oferecido para sintomas da atrofia vaginal, inclusive ressecamento e dispareunia.[75][76]

Opções primárias

estrogênios vaginais conjugados: (creme a 0.625 mg/g) inserir 0.5 a 2 g na vagina uma vez por dia por 21 dias, seguido por ausência de tratamento por 7 dias e, em seguida, repetir; ou inserir 0.5 g na vagina duas vezes por semana

ou

estradiol vaginal: (comprimidos intravaginais) 10 microgramas (1 comprimido) na vagina uma vez ao dia por 2 semanas, seguido por 10 microgramas (1 comprimido) duas vezes por semana; (anel intravaginal) 1 anel (7.5 microgramas/24 horas ou 50-100 microgramas/24 horas) inserido na vagina e substituído a cada 3 meses, a dose depende da marca usada; (creme a 0.01% ou 100 microgramas/g) inserir 2-4 g (200-400 microgramas) na vagina uma vez ao dia por 1-2 semanas, em seguida retirar gradualmente a dose ao longo de 1-2 semanas até chegar a dose de manutenção de 1 g (100 microgramas) de uma a três vezes por semana

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ospemifeno ± hidratante vaginal

O ospemifeno é um modulador seletivo de receptor estrogênico indicado para o tratamento da dispareunia em mulheres menopausadas. Em um ensaio de fase 3, o ospemifeno aumentou a porcentagem de células superficiais e reduziu a dispareunia, em comparação com o placebo.[69] Fogachos foram o evento adverso relatado com mais frequência (ospemifeno 7% x placebo 4%).[69][70]

O gel policarbófilo, um hidratante vaginal, também pode ser oferecido para sintomas da atrofia vaginal, inclusive ressecamento e dispareunia.[75][76]

Opções primárias

ospemifeno: 60 mg por via oral uma vez ao dia

apenas com incontinência urinária de esforço

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reabilitação do assoalho pélvico

A reabilitação do assoalho pélvico pode ser útil para a incontinência urinária de esforço.[78] Em um estudo, 73.4% das mulheres menopausadas randomizadas para uma combinação de estriol intravaginal e reabilitação do assoalho pélvico por 6 meses apresentaram melhoria subjetiva na incontinência urinária por estresse em comparação com apenas 9.71% das mulheres do grupo de controle (somente estriol).[79] Os dois grupos relataram a melhora dos sinais e sintomas de atrofia urogenital.

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