No período pós-operatório imediato, os níveis de catecolamina ainda podem permanecer altos. O paciente requer avaliação das metanefrinas e normetanefrinas plasmáticas em 2-6 semanas após a cirurgia, para verificar a normalização.[56]Plouin PF, Amar L, Dekkers OM, et al; Guideline Working Group. European Society of Endocrinology Clinical Practice Guideline for long-term follow-up of patients operated on for a phaeochromocytoma or a paraganglioma. Eur J Endocrinol. 2016 May;174(5):G1-10.
http://www.eje-online.org/content/174/5/G1.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27048283?tool=bestpractice.com
Se estes estudos do plasma forem positivos, haverá necessidade de um exame de imagem aos 3 meses para avaliar a presença de tumor persistente.[56]Plouin PF, Amar L, Dekkers OM, et al; Guideline Working Group. European Society of Endocrinology Clinical Practice Guideline for long-term follow-up of patients operated on for a phaeochromocytoma or a paraganglioma. Eur J Endocrinol. 2016 May;174(5):G1-10.
http://www.eje-online.org/content/174/5/G1.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27048283?tool=bestpractice.com
Atualmente, é recomendável que os pacientes tenham acompanhamento anual por, no mínimo, 10 anos para verificar se há recorrência local ou metastática ou novos tumores.[56]Plouin PF, Amar L, Dekkers OM, et al; Guideline Working Group. European Society of Endocrinology Clinical Practice Guideline for long-term follow-up of patients operated on for a phaeochromocytoma or a paraganglioma. Eur J Endocrinol. 2016 May;174(5):G1-10.
http://www.eje-online.org/content/174/5/G1.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27048283?tool=bestpractice.com
Como os pacientes com história de feocromocitoma têm um risco geral de morte maior, alguns especialistas defendem acompanhamento e rastreamento vitalícios de tumores recorrentes em casos esporádicos e de tumores associados em casos hereditários.[56]Plouin PF, Amar L, Dekkers OM, et al; Guideline Working Group. European Society of Endocrinology Clinical Practice Guideline for long-term follow-up of patients operated on for a phaeochromocytoma or a paraganglioma. Eur J Endocrinol. 2016 May;174(5):G1-10.
http://www.eje-online.org/content/174/5/G1.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27048283?tool=bestpractice.com
[99]Khorram-Manesh A, Ahlman H, Nilsson O, et al. Long-term outcome of a large series of patients surgically treated for pheochromocytoma. J Intern Med. 2005 Jul;258(1):55-66.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15953133?tool=bestpractice.com
Com base em dados mais recentes, o risco de doença recorrente após a ressecção completa de um feocromocitoma pode ser de apenas 5 eventos por 100 pacientes acompanhados por 5 anos; portanto, o acompanhamento vitalício pode não ser necessário em alguns casos esporádicos. O monitoramento anual deve ser ajustado ao risco de recorrência do paciente.[100]Amar L, Lussey-Lepoutre C, Lenders JW, et al. Management of endocrine disease: Recurrence or new tumors after complete resection of pheochromocytomas and paragangliomas: a systematic review and meta-analysis. Eur J Endocrinol. 2016 Oct;175(4):R135-45.
http://www.eje-online.org/content/175/4/R135.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27080352?tool=bestpractice.com
O acompanhamento consiste em, pelo menos, uma medição da pressão arterial (PA) uma vez ao ano, além da medição de metanefrina e normetanefrina. A cromogranina A é um marcador inespecífico da presença de um tumor neuroendócrino, e pode ser usada como ferramenta de rastreamento para detectar recorrências.[55]Grossrubatscher E, Dalino P, Vignati F, et al. The role of chromogranin A in the management of patients with pheochromocytoma. Clin Endocrinol. 2006 Sep;65(3):287-93.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16918946?tool=bestpractice.com
Os exames de imagem devem ser realizados a cada 1 a 2 anos em pacientes com feocromocitoma bioquimicamente inativo para verificar se há recorrências ou novos tumores.[56]Plouin PF, Amar L, Dekkers OM, et al; Guideline Working Group. European Society of Endocrinology Clinical Practice Guideline for long-term follow-up of patients operated on for a phaeochromocytoma or a paraganglioma. Eur J Endocrinol. 2016 May;174(5):G1-10.
http://www.eje-online.org/content/174/5/G1.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27048283?tool=bestpractice.com
No futuro, talvez seja possível adaptar o acompanhamento de acordo com características moleculares específicas de um tumor, que podem agir como marcadores para doença recorrente. No entanto, atualmente, há características conhecidas que podem indicar recorrência: mais precisamente, doença bilateral ocorrida em idade precoce, tumores maiores e feocromocitomas hereditários.
Até 40% dos feocromocitomas são hereditários em adultos; no entanto, o teste genético é indicado para todos os pacientes com feocromocitoma para identificar distúrbios de tumores hereditários em potencial que precisariam de avaliação mais detalhada e acompanhamento.[1]Neumann HPH, Young WF Jr, Eng C. Pheochromocytoma and paraganglioma. N Engl J Med. 2019 Aug 8;381(6):552-65.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31390501?tool=bestpractice.com
[3]Martucci VL, Pacak K. Pheochromocytoma and paraganglioma: diagnosis, genetics, management, and treatment. Curr Probl Cancer. 2014 Jan-Feb;38(1):7-41.
https://www.cpcancer.com/article/S0147-0272(14)00002-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24636754?tool=bestpractice.com
[101]Rana HQ, Rainville IR, Vaidya A. Genetic testing in the clinical care of patients with pheochromocytoma and paraganglioma. Curr Opin Endocrinol Diabetes Obes. 2014 Jun;21(3):166-76.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24739310?tool=bestpractice.com
[102]Hampel H, Bennett RL, Buchanan A, et al. A practice guideline from the American College of Medical Genetics and Genomics and the National Society of Genetic Counselors: referral indications for cancer predisposition assessment. Genet Med. 2015 Jan;17(1):70-87.
https://www.nature.com/articles/gim2014147
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25394175?tool=bestpractice.com
Exames específicos indicados podem ser orientados pelas características do tumor, pelos hormônios produzidos, além das comorbidades e da história familiar.