Diagnósticos diferenciais
Ansiedade e ataques de pânico
SINAIS / SINTOMAS
É necessário realizar uma anamnese cuidadosa para diferenciar esses quadros clínicos de um feocromocitoma.
É importante avaliar o estado mental do paciente e fazer perguntas sobre fobias e outras doenças psiquiátricas.
Ataques de pânico e ansiedade geralmente são situacionais, enquanto os sintomas associados a um feocromocitoma têm natureza esporádica.
Investigações
O diagnóstico é clínico.
Quando não estiverem tendo um ataque de pânico, esses pacientes não apresentarão evidência bioquímica de hipercatecolaminemia.
Hipertensão essencial ou intratável
SINAIS / SINTOMAS
A presença de sintomas como cefaleia, palpitações e diaforese sugere feocromocitoma, principalmente no contexto de hipertensão.
Investigações
Geralmente, feocromocitomas são descartados com medição de metanefrinas, normetanefrinas e catecolaminas urinárias.
A hipertensão paroxística, resistente a medicamentos, é mais sugestiva de feocromocitoma. Por outro lado, a hipertensão essencial responde a medicamentos e é mais fácil de tratar.
Hipertireoidismo
SINAIS / SINTOMAS
Pode mimetizar um feocromocitoma e também está associado a diaforese, palpitações, tremores e perda de peso.
Investigações
Níveis diminuídos de hormônio estimulante da tiroide (TSH) embasam um diagnóstico de hipertireoidismo no contexto de um nível elevado de tiroxina livre.
O resultado de estudos de investigação urinária para um feocromocitoma seria negativo.
Consumo de substâncias ilícitas
SINAIS / SINTOMAS
Determinadas drogas recreativas, como cocaína e anfetaminas, podem causar sintomas semelhantes aos de um feocromocitoma. Além disso, a cocaína pode levar a resultados falsos-positivos em exames séricos e de urina para avaliação de feocromocitoma.[2]
Investigações
Exames toxicológicos ou uma triagem para uso de drogas ilícitas podem ser úteis se houver suspeita de abuso de drogas, pois os níveis de catecolamina e metabolitos podem estar agudamente elevados após o consumo dessas substâncias, dificultando a distinção de um feocromocitoma.
Síndrome carcinoide
SINAIS / SINTOMAS
Esta síndrome é caracterizada por períodos de intenso rubor, geralmente associados a diarreia, cólica, sibilância e anormalidades das valvas pulmonar e tricúspide.
Os tumores carcinoides estão tipicamente associados a rubor em pele seca; por outro lado, feocromocitomas estão associados à palidez.
Investigações
A síndrome carcinoide é diagnosticada pelos níveis aumentados de ácido 5-hidroxindolacético urinário, além de biópsia do tumor.
Arritmias cardíacas
SINAIS / SINTOMAS
Também podem estar presentes com sintomas semelhantes aos causados por um feocromocitoma: mais precisamente, palpitações.
Raramente, um feocromocitoma subjacente pode desencadear uma arritmia (por exemplo, taquicardia supraventricular, fibrilação ventricular).
Investigações
Eletrocardiograma/telemetria/monitoramento com Holter negativos durante a fase sintomática do paciente podem descartar esse diagnóstico.
Os níveis de catecolaminas e metanefrinas estarão elevados em um feocromocitoma, e normais em pacientes com arritmia isolada.
Menopausa
SINAIS / SINTOMAS
Os sintomas da menopausa podem mimetizar um feocromocitoma.
Geralmente, as pacientes se queixam de sudorese profusa e rubor.
Em contrapartida, pacientes com feocromocitoma têm sudorese profusa associada à palidez.
Investigações
As catecolaminas e seus metabolitos não apresentam níveis elevados durante a menopausa.
Pré-eclâmpsia
SINAIS / SINTOMAS
Apresenta-se, quase sempre, após a 20ª semana de gestação; dessa forma, geralmente não é um diferencial provável na maioria das pacientes.
Os feocromocitomas representam um diagnóstico raro e um desafio terapêutico na gestante.[61][62]
A pré-eclâmpsia está associada a edema, que não é um sintoma de feocromocitoma.
Investigações
Os pacientes com pré-eclâmpsia têm proteinúria e geralmente um nível elevado de ácido úrico no sangue; esses valores, geralmente, são normais em pacientes com feocromocitoma.
Os níveis de catecolaminas e metanefrinas estarão elevados em um feocromocitoma, e normais em pacientes com pré-eclâmpsia.
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