História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os fatores de risco incluem história familiar positiva, doença viral recente e enfermidades autoimunes.

vertigem

Episódios recorrentes de vertigem, descritos como uma sensação de rotação durando de minutos a horas. Geralmente associados com náuseas e vômitos. Os ataques tendem a ocorrer agrupados.

perda auditiva

Geralmente flutuante e piora durante ou próximo dos episódios de vertigem nos estágios iniciais.

Pode se tornar constante em estágios posteriores. Geralmente unilateral na orelha afetada.

zumbido

Geralmente descrito como zumbido com som de rugido. Geralmente unilateral no ouvido afetado.

plenitude aural

Ocorre no ouvido afetado.

Pode aumentar antes de um ataque.

Incomuns

quedas súbitas

Perda de balanço súbito sem perda de consciência ou outros sintomas neurológicos ou autonômicos.

Mais comum em idosos, mas pode ocorrer em qualquer idade.

Tendência a ocorrer em estágios tardios.

Outros fatores diagnósticos

comuns

teste de Romberg positivo

Oscilar ou cair quando lhe é pedido ficar em pé com os pés juntos e os olhos fechados.

teste de passos de Fukuda

Virar na direção do lado afetado quando lhe é pedido marchar no lugar com os olhos fechados.

Incomuns

sintomas bilaterais

Deve-se suspeitar de doença autoimune da orelha interna nos pacientes com doença de Ménière bilateral ou história de outra enfermidade sistêmica autoimune.

nistagmo

Nistagmo horizontal e/ou rotatório que pode ser suprimido por fixação visual.

Observado em ataques agudos.

marcha em tandem

Inabilidade de andar (calcanhar-a-dedo) em linha reta.

Fatores de risco

Fracos

infecção viral recente

Infecções virais com disseminação hematogênica ou disseminação direta através da membrana da janela da cóclea como resultado de infecção da orelha média ou no momento de uma infecção do trato respiratório superior têm sido implicadas na doença de Ménière (DM).[15]

Acredita-se que as infecções virais causam inflamação na orelha interna e subsequentemente desencadeiam uma resposta imune reativa nas proximidades do saco endolinfático, causando dano à sua função.

A evidência de etiologia viral é reforçada pela demonstração da presença do citomegalovírus humano por reação em cadeia da polimerase nos tecidos do saco endolinfático; de imunoglobulina E antiviral no soro de pacientes com DM; de níveis elevados de imunoglobulina G (IgG) antivírus do herpes simples (anti-HSV) na perilinfa dos pacientes com DM; e de títulos altos de IgG contra adenovírus e varicela-zoster em pacientes quando comparados a controles.[19]

predisposição genética

Houve vários relatos na literatura sobre uma predisposição genética na doença de Ménière (DM). Descobriu-se que fatores hereditários desempenham um papel em 10% a 50% dos casos.[15]

O modo mais comumente relatado de herança é o padrão autossômico dominante, mas a herança ligada ao cromossomo X também foi descrita.

Uma maior frequência de antígenos de histocompatibilidade (HLA-DR, -DQ e -DP) tem sido relatada em pacientes com DM quando comparados aos controles.[15]

doença autoimune

Os pacientes com doenças autoimunes associadas como vasculite, artrite reumatoide e lúpus podem apresentar uma enfermidade autoimune do ouvido interno.[20] Isso é especialmente provável quando a doença de Ménière (DM) é bilateral à apresentação inicial.

idade mais avançada

Vários estudos indicam que os índices de prevalência e incidência aumentam com a idade, até um limiar de idade de, aproximadamente, 80 anos.[6][21]​​ a doença de Ménière é relatada quase exclusivamente em adultos, com pico de início entre 40 e 50 anos de idade.[8][21]

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