Prognóstico

A extensão da paralisia facial após evolução completa da paralisia de Bell (ou seja, até 72 horas após o início) é o parâmetro mais preditivo de desfecho de recuperação definitivo. Entre aqueles que apresentam paralisia flácida incompleta ao exame clínico, 94% terão recuperação completa, em comparação com 61% entre os que apresentam paralisia flácida completa (ou seja, paralisia total de um lado).[3] Evidências adicionais demonstraram que o retorno espontâneo da função normal ou quase normal (ou seja, HBS I ou II) após a paralisia de Bell é reduzido em 50% quando a eletroneurografia (ENoG) revela uma diferença de >95% entre os lados até 14 dias após o início dos sintomas.[32] Outros fatores de prognóstico desfavorável incluem idade avançada, diabetes mellitus e distúrbio do paladar na apresentação.[37]

Em 6 meses, todos os pacientes com paralisia de Bell demonstrarão certo grau de remissão dos sintomas. A incapacidade de demonstrar recuperação do tônus ou movimento hemifacial em 4 a 6 meses sugere um diagnóstico alternativo. Sem tratamento, 70% dos pacientes com paralisia de Bell recuperam a função normal completamente, enquanto 13% recuperam-se com menor grau de sincinesia, e 16% recuperam-se com sincinesia facial grave e considerável prejuízo na expressão facial.[1][2]​​​ No entanto, a taxa de recuperação é menor nos pacientes com paralisia de Bell recorrente.[2]

Há algumas evidências que sugerem que a paralisia de Bell associada à gestação está relacionada a desfechos piores em longo prazo que a paralisia de Bell não associada à gestação, e que gestantes que desenvolvem paralisia de Bell devem ser monitoradas cuidadosamente quanto ao desenvolvimento de doença hipertensiva da gestação.[84][85]

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