Caso clínico
Caso clínico #1
Um homem de 30 anos de idade apresenta início abrupto de febre, mialgia e cefaleia. Pouco tempo depois de sentir-se mal pela primeira vez, ele notou um edema doloroso em sua virilha direita. Dois dias antes, ele havia retornado de uma expedição de acampamento no Novo México. No fim da viagem, ele observou várias pequenas picadas em suas pernas, as quais eram intensamente pruriginosas. No exame físico, ele apresenta indisposição e uma temperatura de 39.4 °C (103 °F). Os movimentos de sua perna direita estão limitados pelo edema doloroso em sua virilha, e a caminhada apresenta claudicação. Ele está segurando sua perna flexionada e em rotação externa na maca de exame físico. O edema na virilha tem 5 cm de extensão e é sensível à palpação; ele não parece ser flutuante. A pele sobrejacente está quente e eritematosa com algum edema circundante.
Caso clínico #2
Uma mulher com 23 anos de idade relata história de 2 semanas de joelhos edemaciados e dolorosos bilateralmente e lesões eritematosas sensíveis nas canelas. Anteriormente, ela se sentia bem, mas recentemente teve um episódio prolongado de diarreia associada a dor abdominal. A diarreia durou 10 dias, com 8 evacuações aquosas e sanguinolentas todos os dias. Nem sua família, nem seus amigos se sentiram indispostos. Seus sintomas gastrointestinais por fim cederam sem tratamento específico. A artralgia começou 1 semana após o abrandamento da diarreia e está associada a uma erupção cutânea sensível em ambas as canelas.
Outras apresentações
O quadro clínico mais comum da peste em humanos é a peste bubônica. A disseminação hematogênica de bactérias pode causar peste secundária septicêmica, pneumônica ou meníngea. Quadros clínicos menos comuns incluem meningite e faringite.[2]
Várias síndromes clínicas de infecção por Yersinia enterocolitica foram descritas.[3] A enterocolite é a síndrome mais comum em crianças pequenas e pode causar o aparecimento de sangue nas fezes. Outras crianças podem desenvolver ileíte terminal e adenite mesentérica, e o quadro clínico pode não ser distinguível do quadro da apendicite aguda. Os adultos geralmente apresentam diarreia e dor abdominal, que podem ter duração ≥3 semanas. Há maior probabilidade de doença invasiva em pacientes com diabetes, doença hepática crônica, alcoolismo ou hemocromatoses.[4] A infecção é seguida por artrite reativa em até 30% dos pacientes, e é mais comum em pacientes portadores do genótipo HLA-B27 (antígeno leucocitário humano B27).[5]
A infecção por Y pseudotuberculosis causa mais comumente adenite mesentérica. A enterite não é frequente. A doença invasiva não é comum, mas pode ser observada em pacientes com doença hepática crônica ou com hemocromatose.[3]
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