Doença de Buerger
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
isquemia crítica
internação hospitalar + abandono imediato do hábito de fumar
Os pacientes geralmente manifestam isquemia crítica e necessitam de internação hospitalar no momento do diagnóstico. Isquemia crítica é definida como gangrena ou dor em repouso que dura >2 semanas e requer analgesia regular com opioides. Sua definição pode incluir também pressão no tornozelo <50 mmHg. Internação hospitalar inicial envolve confirmação do diagnóstico, exclusão de diagnósticos diferenciais e exames de imagem arteriais.
O abandono do hábito de fumar reduz a incidência de amputações.[2]Le Joncour A, Soudet S, Dupont A, et al. Long-term outcome and prognostic factors of complications in thromboangiitis obliterans (Buerger's disease): a multicenter study of 224 patients. J Am Heart Assoc. 2018 Dec 4;7(23):e010677. https://www.doi.org/10.1161/JAHA.118.010677 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30571594?tool=bestpractice.com [5]Olin JW, Young JR, Graor RA, et al. The changing clinical spectrum of thromboangiitis obliterans (Buerger's disease). Circulation. 1990 Nov;82(5 suppl):IV3-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2225420?tool=bestpractice.com Também melhora as taxas de perviabilidade e de recuperação do membro em indivíduos submetidos a revascularização cirúrgica.[31]Sasajima T, Kubo Y, Inaba M, et al. Role of infrainguinal bypass in Buerger's disease: an eighteen-year experience. Eur J Vasc Endovasc Surg. 1997 Feb;13(2):186-92. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9091153?tool=bestpractice.com [32]Ohta T, Ishioashi H, Hosaka M, et al. Clinical and social consequences of Buerger disease. J Vasc Surg. 2004 Jan;39(1):176-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14718836?tool=bestpractice.com De um grupo de 43 pacientes que pararam de fumar, 94% evitaram uma amputação.[33]Olin JW. Thromboangiitis obliterans (Buerger's disease). N Engl J Med. 2000 Jan;343(1):864-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10995867?tool=bestpractice.com Pacientes que continuam fumando apresentam uma taxa de amputação maior que 19%; ela é 2.73 vezes maior do que para pacientes que deixaram de fumar, de acordo com um estudo.[32]Ohta T, Ishioashi H, Hosaka M, et al. Clinical and social consequences of Buerger disease. J Vasc Surg. 2004 Jan;39(1):176-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14718836?tool=bestpractice.com [34]Sasaki S, Sakuma M, Yasuda K. Current status of thromboangiitis obliterans (Buerger's disease) in Japan. Int J Cardiol. 2000 Aug 31;75(suppl 1):S175-81. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10980360?tool=bestpractice.com Tabagismo induz exacerbações e reduz a cicatrização de úlceras. Um retorno ao hábito de fumar após o abandono pode causar a exacerbação da doença. Fumar apenas 1 ou 2 cigarros por dia, consumir o tabaco sem combustão (tabaco de mascar) ou realizar a terapia de reposição da nicotina pode manter a doença ativa.[19]Lie JT. Thromboangiitis obliterans (Buerger's disease) and smokeless tobacco. Arthritis Rheum. 1988 Jun;31(6):812-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3382454?tool=bestpractice.com [20]Joyce JW. Buerger's disease (thromboangiitis obliterans). Rheum Dis Clin North Am. 1990 May;16(2):463-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2189162?tool=bestpractice.com
Para obter mais informações, consulte o tópico "Abandono do hábito de fumar" no BMJ Best Practice.
drogas vasoativas
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Vasodilatação (por exemplo, com nifedipino) é realizada durante a internação hospitalar inicial, juntamente com o desbridamento de qualquer tecido gangrenoso. Tratamentos adicionais são administrados dependendo da gravidade da isquemia e do grau de dor. Pentoxifilina e cilostazol produzem bons efeitos, embora haja poucos dados de suporte. Eles não são usados rotineiramente. Demonstrou-se que a pentoxifilina melhora a dor e a cicatrização de úlceras isquêmicas.[37]Agarwal P, Agrawal PK, Sharma D, et al. Intravenous infusion for the treatment of diabetic and ischaemic non-healing pedal ulcers. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2005 Mar;19(2):158-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15752282?tool=bestpractice.com Tratamento com pentoxifilina pode ser tentado após falha do tratamento com outras terapias medicamentosas. Cilostazol pode ser tentado em combinação ou após falha de outras terapias medicamentosas (por exemplo, nifedipino).[38]Ohashi S, Iwatani M, Hyakuna Y, et al. Thermographic evaluation of the hemodynamic effect of the antithrombotic drug cilostazol in peripheral arterial occlusion. Arzneimittelforschung. 1985;35(7A):1203-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/4074436?tool=bestpractice.com É contraindicado nas seguintes situações: pacientes com angina instável, infarto do miocárdio ou intervenção coronária recente (dentro de 6 meses); pacientes que recebem 2 ou mais agentes antiplaquetários ou anticoagulantes; e pacientes com história de taquiarritmia grave.
A iloprosta intravenosa pode melhorar as taxas de cicatrização de úlcera, mas não está disponível em muitos países.
Opções primárias
nifedipino: 5 mg por via oral (liberação imediata) três vezes ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 120 mg/dia; 30 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 90 mg/dia
Opções secundárias
pentoxifilina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
cilostazol: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
desbridamento cirúrgico
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Vasodilatação é realizada durante a internação hospitalar inicial, juntamente com o desbridamento de qualquer tecido gangrenoso.
antibioticoterapia intravenosa
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Antibióticos são indicados somente na presença de infecção ou gangrena úmida. Cobertura aeróbia e anaeróbia são necessárias.
Os esquemas incluem uma penicilina associada a metronidazol, ou ciprofloxacino (se houver presença de Pseudomonas), ou uma cefalosporina de terceira geração associada a metronidazol. Entretanto, os protocolos locais devem ser seguidos.
Opções primárias
metronidazol: 500 mg por via intravenosa a cada 6-8 horas
e
benzilpenicilina sódica: 900 mg por via intravenosa a cada 6 horas
ou
ciprofloxacino: 400 mg por via intravenosa a cada 12 horas
ou
cefuroxima: 750 mg por via intravenosa a cada 8 horas
e
metronidazol: 500 mg por via intravenosa a cada 6-8 horas
analgesia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Para dor isquêmica aguda, paracetamol e um opioide (fraco ou forte) são recomendados, dependendo da intensidade da dor.[43]National Institute for Health and Care Excellence. Peripheral arterial disease: diagnosis and management. NICE clinical guideline CG147. Dec 2020 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/cg147 Dor intensa frequentemente requer internação hospitalar para que a doença possa ser controlada ou para que a extensão da doença possa ser avaliada.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
--E--
fosfato de codeína: 30-60 mg por via oral a cada 4 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia
ou
sulfato de morfina: 10-30 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4 horas quando necessário, ajustar a dose de acordo com a resposta; 2.5 a 10 mg por via subcutânea/intramuscular/intravenosa a cada 2-6 horas quando necessário, ajustar a dose de acordo com a resposta
estimulação da medula espinhal
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Estimulação da medula espinhal também pode ser benéfica no alívio da dor isquêmica. Ela é realizada por um estimulador implantável.[44]Donas KP, Schulte S, Ktenidis K, et al. The role of epidural spinal cord stimulation in the treatment of Buerger's disease. J Vasc Surg. 2005 May;41(5):830-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15886668?tool=bestpractice.com [45]Manfredini R, Boari B, Gallerani M, et al. Thromboangiitis obliterans (Buerger disease) in a female mild smoker treated with spinal cord stimulation. Am J Med Sci. 2004 Jun;327(6):365-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15201654?tool=bestpractice.com [46]Broseta J, Barbera J, de Vera JA, et al. Spinal cord stimulation in peripheral arterial disease: a cooperative study. J Neurosurg. 1986 Jan;64(1):71-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3484519?tool=bestpractice.com
guanetidina por via intravenosa
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Guanetidina reduz a liberação das catecolaminas atuando na bomba Na+-ATPase-dependente. Redução da dor em repouso e cicatrização das ulcerações foram relatadas com injeções de guanetidina no membro afetado, algumas vezes com o uso adicional de um bloqueio de Bier (bloqueio simpático regional por via intravenosa).[47]Stümpflen A, Ahmadi A, Attender M, et al. Effects of transvenous regional guanethidine block in the treatment of critical finger ischemia. Angiology. 2000 Feb;51(2):115-22. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10701719?tool=bestpractice.com [48]Paraskevas KI, Trigka AA, Samara M. Successful intravenous regional sympathetic blockade (Bier's Block) with guanethidine and lidocaine in a patient with advanced Buerger's Disease (thromboangiitis obliterans) - a case report. Angiology. 2005 Jul-Aug;56(4):493-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16079935?tool=bestpractice.com As injeções podem ser facilmente repetidas se os efeitos benéficos forem observados.
Dados sobre a efetividade da guanetidina são limitados, e ela não está disponível em vários países.
revascularização cirúrgica/amputação
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Devido à falta de vasos distais permeáveis, revascularização geralmente não é uma opção. A angiografia pode revelar potenciais locais anastomóticos distais, permitindo que a revascularização auxilie na cicatrização de úlcera. Entretanto, as taxas de patência do enxertos primários são de 41% em 1 ano, 32% em 5 anos e 30% em 10 anos; as taxas de patência secundárias são de 54% em 1 ano, 47% em 5 anos e 39% em 10 anos.[32]Ohta T, Ishioashi H, Hosaka M, et al. Clinical and social consequences of Buerger disease. J Vasc Surg. 2004 Jan;39(1):176-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14718836?tool=bestpractice.com
Revascularização cirúrgica está indicada principalmente em pacientes com isquemia crítica. Pacientes com isquemia não crítica são indicados para revascularização cirúrgica apenas se houver claudicação grave e um vaso adequado para realizar a anastomose distalmente.
Se parte de um membro for claramente inviável desde o início ou se as tentativas de revascularização falharem, será necessária a amputação. Deve-se realizar uma cuidadosa consideração do tipo e do nível mais apropriado de amputação, juntamente com o paciente, tendo em mente fatores como probabilidade de cicatrização bem-sucedida, motivação do paciente e circunstâncias sociais e os desfechos funcionais potenciais do paciente com uma prótese apropriada, se for necessário.
isquemia não crítica
abandono urgente do hábito de fumar
Pacientes com isquemia não crítica apresentam-se com claudicação ou novo episódio de dor em repouso.
O abandono do hábito de fumar reduz a incidência de amputações.[2]Le Joncour A, Soudet S, Dupont A, et al. Long-term outcome and prognostic factors of complications in thromboangiitis obliterans (Buerger's disease): a multicenter study of 224 patients. J Am Heart Assoc. 2018 Dec 4;7(23):e010677. https://www.doi.org/10.1161/JAHA.118.010677 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30571594?tool=bestpractice.com [5]Olin JW, Young JR, Graor RA, et al. The changing clinical spectrum of thromboangiitis obliterans (Buerger's disease). Circulation. 1990 Nov;82(5 suppl):IV3-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2225420?tool=bestpractice.com Também melhora as taxas de perviabilidade e de recuperação do membro em indivíduos submetidos a revascularização cirúrgica.[31]Sasajima T, Kubo Y, Inaba M, et al. Role of infrainguinal bypass in Buerger's disease: an eighteen-year experience. Eur J Vasc Endovasc Surg. 1997 Feb;13(2):186-92. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9091153?tool=bestpractice.com [32]Ohta T, Ishioashi H, Hosaka M, et al. Clinical and social consequences of Buerger disease. J Vasc Surg. 2004 Jan;39(1):176-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14718836?tool=bestpractice.com De um grupo de 43 pacientes que pararam de fumar, 94% evitaram uma amputação.[33]Olin JW. Thromboangiitis obliterans (Buerger's disease). N Engl J Med. 2000 Jan;343(1):864-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10995867?tool=bestpractice.com
Pacientes que continuam fumando apresentam uma taxa de amputação maior que 19%; ela é 2.73 vezes maior do que para pacientes que deixaram de fumar, de acordo com um estudo.[32]Ohta T, Ishioashi H, Hosaka M, et al. Clinical and social consequences of Buerger disease. J Vasc Surg. 2004 Jan;39(1):176-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14718836?tool=bestpractice.com [34]Sasaki S, Sakuma M, Yasuda K. Current status of thromboangiitis obliterans (Buerger's disease) in Japan. Int J Cardiol. 2000 Aug 31;75(suppl 1):S175-81. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10980360?tool=bestpractice.com
Tabagismo induz exacerbações e reduz a cicatrização de úlceras. Um retorno ao hábito de fumar após o abandono pode causar a exacerbação da doença.
Fumar apenas 1 ou 2 cigarros por dia, consumir o tabaco sem combustão (tabaco de mascar) ou realizar a terapia de reposição da nicotina pode manter a doença ativa.[19]Lie JT. Thromboangiitis obliterans (Buerger's disease) and smokeless tobacco. Arthritis Rheum. 1988 Jun;31(6):812-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3382454?tool=bestpractice.com [20]Joyce JW. Buerger's disease (thromboangiitis obliterans). Rheum Dis Clin North Am. 1990 May;16(2):463-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2189162?tool=bestpractice.com
drogas vasoativas
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O nifedipino, um bloqueador do canal de cálcio, pode causar vasodilatação periférica e melhorar o fluxo sanguíneo distal.[5]Olin JW, Young JR, Graor RA, et al. The changing clinical spectrum of thromboangiitis obliterans (Buerger's disease). Circulation. 1990 Nov;82(5 suppl):IV3-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2225420?tool=bestpractice.com
Demonstrou ser benéfico em pacientes com sintomas e alterações tróficas nos membros inferiores, e é geralmente administrado em combinação com outras terapias, como o abandono do hábito de fumar, antibióticos e iloprosta.[35]O'Dell JR, Linder J, Markin RS, et al. Thromboangiitis obliterans (Buerger's disease) and smokeless tobacco. Arthritis Rheum. 1987 Sep;30(9):1054-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3663253?tool=bestpractice.com [36]Palomo Arellano A, Gomez Tello V, Parilla Herranz P, et al. Buerger's disease starting in the upper extremity: a favorable response to nifedipine treatment combined with stopping tobacco use. An Med Interna. 1990 Jun;7(6):307-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2102735?tool=bestpractice.com
Pentoxifilina e cilostazol são drogas vasoativas que produzem bons efeitos, embora haja poucos dados de suporte. Eles não são usados rotineiramente. Demonstrou-se que a pentoxifilina melhora a dor e a cicatrização de úlceras isquêmicas.[37]Agarwal P, Agrawal PK, Sharma D, et al. Intravenous infusion for the treatment of diabetic and ischaemic non-healing pedal ulcers. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2005 Mar;19(2):158-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15752282?tool=bestpractice.com Tratamento com pentoxifilina pode ser tentado após falha do tratamento com outras terapias medicamentosas. Cilostazol pode ser tentado em combinação ou após falha de outras terapias medicamentosas (por exemplo, nifedipino).[38]Ohashi S, Iwatani M, Hyakuna Y, et al. Thermographic evaluation of the hemodynamic effect of the antithrombotic drug cilostazol in peripheral arterial occlusion. Arzneimittelforschung. 1985;35(7A):1203-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/4074436?tool=bestpractice.com É contraindicado nas seguintes situações: pacientes com angina instável, infarto do miocárdio ou intervenção coronária recente (dentro de 6 meses); pacientes que recebem 2 ou mais agentes antiplaquetários ou anticoagulantes; e pacientes com história de taquiarritmia grave.
A iloprosta intravenosa pode melhorar as taxas de cicatrização de úlcera, mas não está disponível em muitos países.
Opções primárias
nifedipino: 5 mg por via oral (liberação imediata) três vezes ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 120 mg/dia; 30 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 90 mg/dia
Opções secundárias
pentoxifilina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
cilostazol: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
antibioticoterapia oral
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Antibióticos são indicados somente na presença de infecção ou gangrena úmida. Cobertura aeróbia e anaeróbia são necessárias.
A terapia com amoxicilina/ácido clavulânico pode ser adequada, ou uma penicilina associada ao metronidazol, ou ciprofloxacino (se houver presença de Pseudomonas), ou uma cefalosporina de terceira geração associada ao metronidazol. Entretanto, protocolos locais devem ser seguidos.
Opções primárias
metronidazol: 500 mg por via oral três vezes ao dia
e
fenoximetilpenicilina: 500 mg por via oral quatro vezes ao dia
ou
amoxicilina/ácido clavulânico: 500 mg por via oral três vezes ao dia
Mais amoxicilina/ácido clavulânicoA dose se refere ao componente amoxicilina.
ou
ciprofloxacino: 500 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
cefuroxima: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia
e
metronidazol: 500 mg por via oral três vezes ao dia
analgesia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Para dor isquêmica aguda, paracetamol e um opioide (fraco ou forte) são recomendados, dependendo da intensidade da dor.[43]National Institute for Health and Care Excellence. Peripheral arterial disease: diagnosis and management. NICE clinical guideline CG147. Dec 2020 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/cg147
Medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) podem ser usados para tratar tromboflebite venosa superficial.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
--E--
fosfato de codeína: 30-60 mg por via oral a cada 4 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia
ou
sulfato de morfina: 10-30 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4 horas quando necessário, ajustar a dose de acordo com a resposta; 2.5 a 10 mg por via subcutânea/intramuscular/intravenosa a cada 2-6 horas quando necessário, ajustar a dose de acordo com a resposta
Opções secundárias
ibuprofeno: 300-400 mg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
ou
diclofenaco potássico: 50 mg por via oral (liberação imediata) duas ou três vezes ao dia
estimulação da medula espinhal
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Estimulação da medula espinhal também pode ser benéfica no alívio da dor isquêmica. Ela pode ser vantajosa em pacientes com sintomas nos membros inferiores que variam de claudicação e dor à ulceração e alterações tróficas. É geralmente usada após falha da terapia medicamentosa. A estimulação da medula espinhal é realizada por um estimulador implantável.[44]Donas KP, Schulte S, Ktenidis K, et al. The role of epidural spinal cord stimulation in the treatment of Buerger's disease. J Vasc Surg. 2005 May;41(5):830-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15886668?tool=bestpractice.com [45]Manfredini R, Boari B, Gallerani M, et al. Thromboangiitis obliterans (Buerger disease) in a female mild smoker treated with spinal cord stimulation. Am J Med Sci. 2004 Jun;327(6):365-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15201654?tool=bestpractice.com [46]Broseta J, Barbera J, de Vera JA, et al. Spinal cord stimulation in peripheral arterial disease: a cooperative study. J Neurosurg. 1986 Jan;64(1):71-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3484519?tool=bestpractice.com
simpatectomia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A simpatectomia pode ser química ou cirúrgica, lombar ou toracoscópica. Relatou-se resultados positivos e negativos com a simpatectomia lombar.[49]Chander J, Singh L, Lal P, et al. Retroperitoneoscopic lumbar sympathectomy for Buerger's disease: a novel technique. JSLS. 2004 Jul-Sep;8(3):291-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15347122?tool=bestpractice.com [40]Bozkurt AK, Koksal C, Demirbas MY, et al. A randomized trial of intravenous iloprost (a stable prostacyclin analogue) versus lumbar sympathectomy in the management of Buerger's disease. Int Angiol. 2006 Jun;25(2):162-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16763533?tool=bestpractice.com
A simpatectomia pode ser suficiente para proporcionar a cicatrização das lesões necróticas.[50]Lau H, Cheng SW. Buerger's disease in Hong Kong: a review of 89 cases. Aust NZ J Surg. 1997 May;67(5):264-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9152156?tool=bestpractice.com Acredita-se que reduz a dor ao reduzir a resistência periférica e promover o desenvolvimento colateral.[51]Kothari R, Sharma D, Thakur DS, et al. Thoracoscopic dorsal sympathectomy for upper limb Buerger's disease. JSLS. 2014 Apr-Jun;18(2):273-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4035639 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24960492?tool=bestpractice.com
Simpatectomia toracoscópica pode ser usada para tratar os sintomas dos membros superiores, e a simpatectomia lombar, para os sintomas dos membros inferiores. Devido à invasividade do procedimento, a simpatectomia é um tratamento geralmente tentado quando há falha na terapia medicamentosa e não há opção para revascularização. É frequentemente usada em casos mais graves, em que há perda de tecido. Entretanto, há relatos de seu uso em pacientes que apresentam claudicação.[52]Segers B, Himpens J, Barroy JP. Retroperitoneal laparoscopic bilateral lumbar sympathectomy. Acta Chir Belg. 2007 Jun;107(3):341-2. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17685269?tool=bestpractice.com
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
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