Novos tratamentos
Transferência gênica
Injeções intramusculares de fator de crescimento endotelial vascular demonstraram resultados preliminares encorajadores na melhora da formação de vasos colaterais.[54] Um estudo realizado com pacientes com isquemia crítica nos membros (incluindo 10 pacientes com doença de Buerger) constatou que houve uma redução sustentada no tamanho da úlcera isquêmica no grupo de terapia gênica com fator de crescimento de hepatócitos após 12 semanas.[55] No entanto, não houve melhora significativa na dor em repouso em uma escala visual analógica, em comparação com placebo.
Transplante autólogo de células da medula óssea
Implante de células autólogas da medula óssea por múltiplas injeções no músculo gastrocnêmio pode aumentar a formação de vasos colaterais. Relatou-se uma melhora no índice tornozelo-braquial, na concentração de oxigênio transcutâneo, na dor em repouso, na caminhada de curta distância sem dor, na cicatrização de úlcera e na recuperação do membro.[56][57] Demonstrou-se que o implante de células autólogas mononucleares da medula óssea (CMMO) reduz as taxas de amputação em pacientes inaptos para angioplastia ou para revascularização cirúrgica. Em um ensaio não randomizado, pacientes com doença de Buerger que manifestavam dor em repouso e úlceras não cicatrizadas apresentaram uma taxa livre de amputação de 4 anos de 95% com CMMO (n=26) em comparação a 6% naqueles que não receberam CMMO (n=16).[58] São necessários ensaios clínicos de alta qualidade para confirmar a segurança e a eficácia desse tratamento.[59]
Bosentana
Relatou-se que um antagonista do receptor de endotelina melhorou a necrose digital.[60] Em uma metanálise realizada com pacientes com doença de Buerger refratária ao tratamento convencional, uma resposta terapêutica completa foi alcançada em 80% dos pacientes tratados com bosentana; 12% alcançaram resposta parcial.[61]
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