História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem idade <40 anos, sexo masculino e história de tabagismo.

Outros fatores diagnósticos

comuns

parestesias/sensação de frio/cianose no membro ou dedo

Parestesias/sensação de frio/cianose ocorrem em aproximadamente 37% dos pacientes.[24]

ulceração/gangrena

Pode-se observar gangrena ou ulceração nas falanges distais.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ulceração da ponta dos dedos em uma mulher que fumaDo acervo de Matthew J. Metcalfe e Alun H. Davies [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@3b1a2783

Ocorre em aproximadamente 19% dos pacientes.[24]

claudicação

Claudicação plantar ocorre em aproximadamente 15% dos pacientes, e a claudicação sural ocorre em aproximadamente 16% dos pacientes.[24]

Claudicação do arco do pé pode ser descrita pelo paciente.

dor em repouso

Ocorre em aproximadamente 10% dos pacientes.[24]

O membro inferior encontra-se frequentemente dolorido, e a dor pode ser aliviada elevando-se a perna sobre a borda do leito à noite. Isso sugere isquemia e é inespecífico para a doença de Buerger.

tromboflebite superficial

Uma história de tromboflebite superficial recorrente de qualquer um dos braços ou pernas pode ser relatada.

membro ou dedo frio

Um membro ou dedo isquêmico e frio está presente na isquemia aguda.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Dedo médio frio, isquêmico em uma mulher que fumaDo acervo de Matthew J. Metcalfe e Alun H. Davies [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@2a67b4ee

membro ou dedo pálido

Um membro ou dedo pálido está presente na isquemia aguda.

ausência de pulsos distais

Os pulsos poplíteos estão presentes, mas os pulsos pediosos estão ausentes.

No antebraço, os pulsos braquial e distal podem estar ausentes.

teste de Allen positivo

O teste de Allen pode detectar a doença de Buerger em 63% dos pacientes.[5] Realizado através da oclusão das artérias radial e ulnar e observação da presença ou não de isquemia na mão do paciente. A pressão nas artérias radial e ulnar é então liberada, 1 artéria por vez. A liberação de cada artéria deve reperfundir a mão individualmente. Um teste de Allen negativo revela ausência de oclusão arterial radial ou ulnar.

Um teste anormal em um paciente jovem é altamente sugestivo de doença de Buerger, embora possa ser negativo em 25% dos pacientes; um teste positivo em um paciente com doença do membro inferior pode indicar a presença de doença do membro superior.

Incomuns

artrite

12.5% dos pacientes podem relatar uma história de episódios recorrentes de artrite de grandes articulações anteriormente à manifestação de oclusão arterial.[25]

duração de até 2 semanas dos sintomas articulares

Relata-se a inflamação de uma única articulação, que frequentemente afeta os punhos e os joelhos e dura até 2 semanas. Frequentemente, o diagnóstico da doença de Buerger não é feito até 10 anos após a manifestação dos sintomas nas articulações.

Fatores de risco

Fortes

tabagismo

Uma associação com fumo sugeriu uma potencial hipersensibilidade aos constituintes do tabaco. Menos de 5% dos pacientes com doença de Buerger são não fumantes. O abandono do hábito de fumar reduz o risco de amputações.[5] Um retorno ao hábito de fumar após o abandono pode causar a exacerbação da doença. Acredita-se que o risco de desenvolver a doença de Buerger aumenta com o fumo de 'bidi' (um cigarro de fabricação caseira constituído de tabaco de baixa qualidade e fumado sem filtros), que possivelmente está relacionado à arterite da Cannabis associada ao uso de Cannabis.[9][10]

Fumar apenas 1 ou 2 cigarros por dia, consumir o tabaco sem combustão (tabaco de mascar) ou realizar a terapia de reposição da nicotina pode manter a doença ativa.[19][20]

idade <40 anos

A doença de Buerger é mais comum em indivíduos com <40 anos de idade. Em um estudo, a idade mediana de início foi de 36 anos.[2]

região de origem: sudeste do Mediterrâneo, Oriente Médio e Extremo Oriente

A doença de Buerger é mais comumente observada em indivíduos originários do sudeste do Mediterrâneo e do Oriente Médio ou do Extremo Oriente.[1] Ela está se tornando menos comum nos países ocidentais.

sexo masculino

Embora a doença de Buerger seja mais comum em homens, aproximadamente 23% dos pacientes diagnosticados com doença de Buerger são mulheres.[2][5][6]

infecção periodontal

Há uma prevalência de anticorpos anticardiolipina em pacientes com doença de Buerger; níveis elevados estão associados ao aumento da morbidade.[21] Os anticorpos anticardiolipina estão associados à infecção periodontal.[22]

Fracos

haplótipos do antígeno leucocitário humano (HLA)

Em regiões da Índia e do Japão onde a doença de Buerger tem uma alta prevalência, identificou-se uma associação com o HLA-DRB1*1501.[23] Entretanto, nenhum haplótipo do HLA foi associado à doença de Buerger na América do Norte.

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