Prognóstico

A síndrome compartimental abdominal (SCA) é fatal se não tratada. Mesmo com tratamento, o índice de mortalidade é alto. Os pacientes com risco de desenvolver SCA continuam a apresentar aumento de risco durante e depois da permanência na unidade de terapia intensiva (UTI). Além disso, os pacientes submetidos a laparotomia descompressiva podem desenvolver SCA recorrente, sobretudo se os eventos desencadeantes não tiverem sido tratados, se os curativos temporários estiverem apertados demais ou se houver evolução de estados patológicos subjacentes.

Resposta ao tratamento

A resposta usual ao tratamento cirúrgico definitivo é uma diminuição imediata da pressão intra-abdominal (PIA) e melhora em termos de disfunção de órgãos, hemodinâmica e desequilíbrio ácido-básico. Com frequência, sobretudo se o tratamento for instituído precocemente, haverá aumento nos volumes de urina, melhora na oxigenação e elevação da pressão arterial média, além de uma diminuição da necessidade de agentes pressores e inotrópicos para os pacientes.

Repetição da laparotomia

Existe a possibilidade de que alguns pacientes precisem se submeter à repetição da laparotomia para verificar a viabilidade das vísceras, especialmente se a SCA for diagnosticada tardiamente, para remover coleções de fluidos ou sangue persistentes e possivelmente começar a reaproximar a fáscia. Uma nova investigação é necessária em caso de agravamento da acidose ou de evolução clínica nesse quadro, já que pode haver infarto intestinal ou perfuração decorrente da SCA.

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