Caso clínico
Caso clínico #1
Uma mulher de 45 anos de idade trabalha há 12 anos em uma fábrica de espuma de poliuretano. Ela trabalha próximo à linha de produção da espuma e sua função é inspecionar a espuma fresca. Ela tem uma história de 3 anos de tosse episódica, sibilo e dispneia com constrição torácica. Recentemente, quando ficou sem trabalhar por 6 semanas após uma cirurgia no joelho, ela notou que seus sintomas melhoraram significativamente, mas agravaram novamente depois de 2 dias de retorno ao trabalho. Ao ser questionada, ela informou que há uma leve melhora nos fins de semana de folga e que também notou uma melhora quando saiu de férias. Quando está trabalhando, ela é acordada à noite pelos sintomas respiratórios e tem precisado cada vez mais de medicamentos de asma para os sintomas nos últimos 3 anos. Ela não tem história pregressa de asma. Alguns de seus colegas também desenvolveram sintomas semelhantes.
Caso clínico #2
Um homem de 56 anos de idade que nunca fumou nem teve sintomas respiratórios prévios manifestou o início agudo de constrição torácica, sibilo, dispneia e tosse seca minutos depois de misturar acidentalmente água sanitária e amônia em um banheiro durante seu trabalho de faxineiro. Ele não estava usando nenhuma proteção respiratória.
Outras apresentações
A asma ocupacional (AO) induzida por agentes sensibilizantes pode ser causada por mais de 300 agentes sensibilizantes conhecidos, e novos agentes continuam a ser descritos. Vários agentes irritantes respiratórios possíveis, em altas concentrações, poderiam causar AO induzida por irritantes. A ausência de um agente sensibilizante conhecido no trabalho não descarta a AO, mas a presença deve aumentar a suspeita do diagnóstico. O diagnóstico de AO deve ser suspeitado em qualquer paciente com asma cuja doença comece ou se agrave durante o trabalho. Uma exposição acidental no trabalho pouco antes do início dos sintomas aumenta a suspeita de AO induzida por irritantes. A presença de sintomas associados de rinite alérgica e/ou conjuntivite que se agravam no trabalho aumenta a probabilidade de um componente da asma no local de trabalho relacionado ao agente sensibilizante (e, com frequência, pode preceder o desenvolvimento de asma). Uma história de melhora dos sintomas de asma fora do local de trabalho, especialmente quando dura algumas semanas (por exemplo, férias ou na folga do fim de semana) ou, mais raramente, algumas horas depois de se terminar o turno de trabalho, aumenta a probabilidade de AO induzida por agentes sensibilizantes. Essas características devem levar a investigações objetivas específicas. Entretanto, ocasionalmente nas pessoas com AO induzida por agentes sensibilizantes só se observa uma melhora depois de várias semanas sem exposição ocupacional, ou os medicamentos para asma podem mascarar os sintomas.
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