Diagnósticos diferenciais
Hiperglicemia transitória (por exemplo, de estresse, corticosteroides, nutrição parenteral/enteral)
SINAIS / SINTOMAS
Na hiperglicemia induzida por corticosteroides, há uma clara história de uso de corticosteroide (incluindo possíveis injeções intramusculares).
Investigações
Hemoglobina glicada (HbA1c) normal (refletindo glicemia normal antes da doença).
Diabetes mellitus do tipo 1
SINAIS / SINTOMAS
Geralmente, o início ocorre a uma idade <35 anos, mas pode ocorrer em indivíduos mais velhos.[1] Muitos pacientes não são obesos.[1] Mais comumente se apresenta com sintomas (poliúria, polidipsia, perda de peso, fraqueza generalizada, visão turva) e cetose, ao invés de ser detectado por triagem.[16]
Investigações
A cetonúria geralmente está presente no diabetes do tipo 1, mas ela pode ser positiva no diabetes do tipo 2, se houver depleção de volume grave.
Nível de peptídeo C baixo (<0.2 nanomol/mL) ou ausente.[17]
Um ou mais autoanticorpos (anticorpos antiácido glutâmico descarboxilase 65 [GAD65], anticorpos anti-ilhotas [ICA], autoanticorpos contra insulina, autoanticorpos contra o antígeno 2 das ilhotas relacionado à tirosina fosfatase [IA-2 e IA-2beta] e anticorpos contra o transportador de zinco 8 [ZnT8]) estão presentes em 85% dos pacientes com diabetes do tipo 1 no momento do diagnóstico, mas podem desaparecer dentro de alguns anos.[1][18][19]
O diabetes tipo 1 é definido pela presença de um ou mais desses marcadores autoimunes, mas o teste geralmente não é necessário para o diagnóstico.[1]
Os critérios de rastreamento de glicose não podem ser usados para diferenciar o diabetes do tipo 1 e do tipo 2, pois eles são idênticos.[1]
Diabetes mellitus do tipo 2
SINAIS / SINTOMAS
Geralmente, os sinais de resistência insulínica (como acantose nigricans) devem ser procurados e, em caso de ausência, a suspeita clínica de diabetes do tipo 1 é maior.
Os sinais de deficiência de insulina mais importantes (por exemplo, labilidade glicêmica e suscetibilidade à cetose) aumentam a suspeita de diabetes do tipo 1.
Idade avançada e início insidioso, obesidade, forte história familiar, ausência de cetoacidose e resposta inicial a medicamentos antidiabéticos orais são típicos do diabetes do tipo 2.
Investigações
Peptídeo C presente.
Autoanticorpos ausentes.
Os testes de peptídeo C e autoanticorpos geralmente não são necessários.
Os critérios de rastreamento de glicose não podem ser usados para diferenciar o diabetes do tipo 1 e do tipo 2, pois eles são idênticos.[1]
Pré-diabetes
SINAIS / SINTOMAS
Fatores de risco e história semelhantes ao diabetes do tipo 2.
Investigações
Glicemia de jejum alterada: glicemia de jejum de 5.6 mmol/L a 6.9 mmol/L (100-125 mg/dL).
Intolerância à glicose: glicose plasmática a 2 horas de 7.8 mmol/L a 11.0 mmol/L (140-199 mg/dL) no teste oral de tolerância à glicose com 75 g de glicose.
HbA1c de 39-47 mmol/mol (5.7% a 6.4%) indica pré-diabetes ou alto risco de diabetes no futuro.[1]
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