Mastite e abscesso mamário
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
mastite lactacional
remoção efetiva de leite e cuidados de suporte
Em um estágio inicial, quando não há presença de sinais e sintomas da mastite por mais de 12 a 24 horas, é possível manejar o quadro clínico sem antibióticos.[41]Jahanfar S, Ng CJ, Teng CL. Antibiotics for mastitis in breastfeeding women. Cochrane Database Syst Rev. 2013 Feb 28;(2):CD005458. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD005458.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23450563?tool=bestpractice.com [43]Arroyo R, Martín V, Maldonado A, et al. Treatment of infectious mastitis during lactation: antibiotics versus oral administration of Lactobacilli isolated from breast milk. Clin Infect Dis. 2010 Jun 15;50(12):1551-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20455694?tool=bestpractice.com No entanto, os antibióticos serão necessários caso a dor se agrave ou dure mais de 12 a 24 horas, se o leite ou a hemocultura for positiva, ou se houver quaisquer sinais de infecção sistêmica.
A amamentação deve continuar frequente (por exemplo, amamentar de 8 a 12 vezes por dia) a fim de promover a remoção efetiva do leite.
Também se pode extrair o leite do lado afetado, caso indicado, e/ou massagear, se tolerado.
A paciente deve receber suporte em termos de aconselhamento e dicas de amamentação, e analgesia caso necessário (por exemplo, paracetamol, ibuprofeno). O aconselhamento deve incluir tranquilização sobre o valor da amamentação e segurança da amamentação contínua (que o leite da mama afetada não prejudicará a criança, quando apropriado). Orientações sobre o tratamento, como continuar amamentando ou extraindo leite, e acompanhamento e suporte contínuos, são necessários.[1]World Health Organization. Mastitis: causes and management. 2000 [internet publication]. https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/66230/WHO_FCH_CAH_00.13_eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y Essas medidas podem exigir um especialista em lactação.
Deve-se aconselhar a paciente a aumentar a ingestão de líquidos e aplicar compressas quentes e/ou frias.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
antibioticoterapia empírica
Os antibióticos são indicados para pacientes com dor aguda, sintomas graves ou sintomas com duração de mais de 12 a 24 horas; febre ou quaisquer outros sinais de infecção sistêmica; ou estudos microbiológicos positivos.
Como o Staphylococcus aureus é o patógeno mais comum, deve-se usar antibióticos com atividade antiestafilocócica. Se o MRSA puder ser excluído por cultura, ou se o MRSA não for prevalente localmente, 10 a 14 dias de dicloxacilina, cloxacilina ou flucloxacilina oral (dependendo da disponibilidade) é a escolha inicial.[40]Kellams A; Academy of Breastfeeding Medicine Protocol Committee. ABM clinical protocol #36: the mastitis spectrum. Breastfeed Med. 2022 Sep;17(9):776. https://www.bfmed.org/protocols http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36121387?tool=bestpractice.com A cefalexina, uma cefalosporina de primeira geração, também pode ser considerada, mas tem um amplo espectro de cobertura e tem maior probabilidade de promover o desenvolvimento de MRSA.[45]Coia JE, Duckworth GJ, Edwards DI, et al. Guidelines for the control and prevention of meticillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) in healthcare facilities. J Hosp Infect. 2006 Apr 3;63(suppl 1):S1-44. https://www.journalofhospitalinfection.com/article/S0195-6701(06)00002-8/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16581155?tool=bestpractice.com
A cefalexina pode ser prescrita para pacientes com alergia à penicilina (embora deva ser usada com cautela, pois uma minoria dos pacientes pode apresentar reatividade cruzada entre penicilinas e cefalosporinas); A clindamicina é apropriada para pacientes com hipersensibilidade severa à penicilina.[40]Kellams A; Academy of Breastfeeding Medicine Protocol Committee. ABM clinical protocol #36: the mastitis spectrum. Breastfeed Med. 2022 Sep;17(9):776. https://www.bfmed.org/protocols http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36121387?tool=bestpractice.com
Pode ser que seja necessário alterar a antibioticoterapia de acordo com os patógenos específicos isolados e com as correspondentes suscetibilidades aos antibióticos.
Uma infecção mamilar isolada pode ser tratada com terapêutica antimicrobiana tópica.
Ciclo de tratamento: 10 a 14 dias.
Opções primárias
flucloxacilina: 250-500 mg por via oral quatro vezes ao dia
ou
dicloxacilina: 250-500 mg por via oral quatro vezes ao dia
ou
cloxacilina: 250-500 mg por via oral quatro vezes ao dia
Opções secundárias
cefalexina: 500 mg por via oral quatro vezes ao dia
ou
clindamicina: 300-450 mg por via oral quatro vezes ao dia
remoção efetiva de leite e cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A amamentação deve continuar frequente (por exemplo, amamentar de 8 a 12 vezes por dia) a fim de promover a remoção efetiva do leite.
Também se pode extrair o leite do lado afetado, caso indicado, e/ou massagear, se tolerado.
A paciente deve receber suporte em termos de aconselhamento e dicas de amamentação, e analgesia caso necessário (por exemplo, paracetamol, ibuprofeno). O aconselhamento deve incluir tranquilização sobre o valor da amamentação e segurança da amamentação contínua (que o leite da mama afetada não prejudicará a criança, quando apropriado). Orientações sobre o tratamento, como continuar amamentando ou extraindo leite, e acompanhamento e suporte contínuos, são necessários.[1]World Health Organization. Mastitis: causes and management. 2000 [internet publication]. https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/66230/WHO_FCH_CAH_00.13_eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y Essas medidas podem exigir um especialista em lactação.
Deve-se aconselhar a paciente a aumentar a ingestão de líquidos e aplicar compressas quentes e/ou frias.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
terapia antifúngica (para a mãe e o lactente) para candidíase mamilar
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se houver diagnóstico de candidíase mamilar, a mãe e o lactente devem ser tratados simultaneamente.
Um antifúngico tópico deve ser usado na mãe, combinado com a aplicação tópica de uma suspensão antifúngica na boca da criança.
Curso de tratamento: continuação do tratamento por 48 horas após a resolução dos sintomas.
Opções primárias
nistatina tópica: mãe: (100,000 unidades/g) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia
e
nistatina: lactente: (100,000 unidades/mL) 2 mL por via oral quatro vezes ao dia
ou
miconazol tópico: mãe: (2%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia
e
nistatina: lactente: (100,000 unidades/mL) 2 mL por via oral quatro vezes ao dia
ou
cetoconazol tópico: mãe: (2%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia
e
nistatina: lactente: (100,000 unidades/mL) 2 mL por via oral quatro vezes ao dia
antibiótico alternativo guiado pelo teste de sensibilidade a antibióticos da cultura e investigação adicional
As infecções devem começar a responder em até 48 horas. Se não houver melhora dentro deste período de tempo, a cultura do leite materno e o exame das sensibilidades aos antibióticos devem ser solicitados, e a possibilidade de diagnósticos alternativos deve ser considerada. Pode ser que seja necessário alterar a antibioticoterapia de acordo com os patógenos específicos isolados e com as correspondentes suscetibilidades aos antibióticos.
Se a infecção estiver se agravando apesar da terapia oral, deve-se considerar a vancomicina intravenosa em seu lugar. Como alternativa, outros antibióticos com atividade contra MRSA podem ser usados, mas a experiência com esses outros agentes no tratamento da mastite é limitada.
Em casos refratários, deve-se realizar uma ultrassonografia em busca de possíveis abscessos subjacentes, deve-se considerar uma biópsia, e deve-se realizar culturas a fim de descartar micro-organismos atípicos e/ou um patógeno multirresistente a antibióticos.
Caso seja detectada uma fístula, ela deve ser excisada (fistulectomia) junto com o seu ducto de alimentação.[53]Hanavadi S, Pereira G, Mansel RE. How mammillary fistulas should be managed. Breast J. 2005 Jul-Aug;11(4):254-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15982391?tool=bestpractice.com
Ciclo do tratamento com antibiótico: 10 a 14 dias.
Opções primárias
vancomicina: 15 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas, máximo de 4 g/dia
remoção efetiva de leite e cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A amamentação deve continuar frequente (por exemplo, amamentar de 8 a 12 vezes por dia) a fim de promover a remoção efetiva do leite.
Também se pode extrair o leite do lado afetado, caso indicado, e/ou massagear, se tolerado.
A paciente deve receber suporte em termos de aconselhamento e dicas de amamentação, e analgesia caso necessário (por exemplo, paracetamol, ibuprofeno). O aconselhamento deve incluir tranquilização sobre o valor da amamentação e segurança da amamentação contínua (que o leite da mama afetada não prejudicará a criança, quando apropriado). Orientações sobre o tratamento, como continuar amamentando ou extraindo leite, e acompanhamento e suporte contínuos, são necessários.[1]World Health Organization. Mastitis: causes and management. 2000 [internet publication]. https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/66230/WHO_FCH_CAH_00.13_eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y Essas medidas podem exigir um especialista em lactação.
Deve-se aconselhar a paciente a aumentar a ingestão de líquidos e aplicar compressas quentes e/ou frias.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
terapia antifúngica (para a mãe e o lactente) para candidíase mamilar
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se houver diagnóstico de candidíase mamilar, a mãe e o lactente devem ser tratados simultaneamente.
Um antifúngico tópico deve ser usado na mãe, combinado com a aplicação tópica de uma suspensão antifúngica na boca da criança.
Curso de tratamento: continuação do tratamento por 48 horas após a resolução dos sintomas.
Opções primárias
nistatina tópica: mãe: (100,000 unidades/g) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia
e
nistatina: lactente: (100,000 unidades/mL) 2 mL por via oral quatro vezes ao dia
ou
miconazol tópico: mãe: (2%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia
e
nistatina: lactente: (100,000 unidades/mL) 2 mL por via oral quatro vezes ao dia
ou
cetoconazol tópico: mãe: (2%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia
e
nistatina: lactente: (100,000 unidades/mL) 2 mL por via oral quatro vezes ao dia
antibiótico não betalactâmico
Os antibióticos são indicados para pacientes com dor aguda, sintomas graves ou sintomas com duração de mais de 12 a 24 horas; febre ou quaisquer outros sinais de infecção sistêmica; ou estudos microbiológicos positivos.
Se o MRSA tiver sido confirmado por cultura, ou caso se saiba que o MRSA é prevalente no local, clindamicina ou sulfametoxazol/trimetoprima podem ser opções de tratamento apropriadas para MRSA adquirido na comunidade (CA-MRSA).[48]Moellering RC Jr. Current treatment options for community-acquired methicillin-resistant Staphylococcus aureus infection. Clin Infect Dis. 2008 Apr 1;46(7):1032-7. https://www.doi.org/10.1086/529445 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18444820?tool=bestpractice.com O sulfametoxazol/trimetoprima não deve ser administrado se a mãe estiver amamentando um bebê com icterícia (devido ao risco de kernicterus), um bebê prematuro ou um bebê com menos de 30 dias.[40]Kellams A; Academy of Breastfeeding Medicine Protocol Committee. ABM clinical protocol #36: the mastitis spectrum. Breastfeed Med. 2022 Sep;17(9):776. https://www.bfmed.org/protocols http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36121387?tool=bestpractice.com [49]Johnson MD, Decker CF. Antimicrobial agents in treatment of MRSA infections. Dis Mon. 2008 Dec;54(12):793-800. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18996282?tool=bestpractice.com Pode-se também usar a doxiciclina para infecções por CA-MRSA. Anteriormente, pensava-se que a mãe não deveria amamentar e precisaria bombear o leite para manter o suprimento durante o ciclo do antibiótico. No entanto, o uso de doxiciclina em curto prazo pode ser considerado aceitável durante a lactação em ciclos de até 21 dias, se nenhuma alternativa estiver disponível.[50]Todd SR, Dahlgren FS, Traeger MS, et al. No visible dental staining in children treated with doxycycline for suspected Rocky Mountain Spotted Fever. J Pediatr. 2015 May;166(5):1246-51. https://www.jpeds.com/article/S0022-3476(15)00135-3/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25794784?tool=bestpractice.com [51]National Library of Medicine. Drugs and Lactation Database (LactMed®): Doxycycline. Jan 2021 [internet publication]. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK500561
A decisão sobre iniciar antimicrobianos orais ou intravenosos no momento da apresentação inicial depende do critério clínico e da gravidade da doença.
O sulfametoxazol/trimetoprima é uma escolha aceitável se houver suspeita de MRSA hospitalar. Um antibiótico alternativo é necessário se a mãe estiver amamentando um bebê com icterícia (devido ao risco de kernicterus), um bebê prematuro ou um bebê com menos de 30 dias.[40]Kellams A; Academy of Breastfeeding Medicine Protocol Committee. ABM clinical protocol #36: the mastitis spectrum. Breastfeed Med. 2022 Sep;17(9):776. https://www.bfmed.org/protocols http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36121387?tool=bestpractice.com [49]Johnson MD, Decker CF. Antimicrobial agents in treatment of MRSA infections. Dis Mon. 2008 Dec;54(12):793-800. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18996282?tool=bestpractice.com
A vancomicina pode ser indicada inicialmente para pacientes hospitalizados com infecção grave. Isso abrange o MRSA hospitalar.
Pode ser que seja necessário alterar a antibioticoterapia de acordo com os patógenos específicos isolados e com as correspondentes suscetibilidades aos antibióticos.
Uma infecção mamilar isolada pode ser tratada com terapêutica antimicrobiana tópica.
Ciclo de tratamento: 10 a 14 dias.
Opções primárias
clindamicina: 300-450 mg por via oral quatro vezes ao dia
ou
sulfametoxazol/trimetoprima: 800/160 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
vancomicina: 15 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas, máximo de 4 g/dia
Opções secundárias
doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia
remoção efetiva de leite e cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Geralmente, a amamentação deve continuar frequente (por exemplo, amamentar de 8 a 12 vezes por dia) a fim de promover a remoção efetiva do leite.
Também se pode extrair o leite do lado afetado, caso indicado, e/ou massagear, se tolerado.
A paciente deve receber suporte em termos de aconselhamento e dicas de amamentação, e analgesia caso necessário (por exemplo, paracetamol, ibuprofeno). O aconselhamento deve incluir tranquilização sobre o valor da amamentação e segurança da amamentação contínua (que o leite da mama afetada não prejudicará a criança, quando apropriado). Orientações sobre o tratamento, como continuar amamentando ou extraindo leite, e acompanhamento e suporte contínuos, são necessários.[1]World Health Organization. Mastitis: causes and management. 2000 [internet publication]. https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/66230/WHO_FCH_CAH_00.13_eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y Essas medidas podem exigir um especialista em lactação.
Deve-se aconselhar a paciente a aumentar a ingestão de líquidos e aplicar compressas quentes e/ou frias.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
terapia antifúngica (para a mãe e o lactente) para candidíase mamilar
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se houver diagnóstico de candidíase mamilar, a mãe e o lactente devem ser tratados simultaneamente.
Um antifúngico tópico deve ser usado na mãe, combinado com uma suspensão antifúngica tópica para uso na boca da criança.
Curso de tratamento: continuação do tratamento por 48 horas após a resolução dos sintomas.
Opções primárias
nistatina tópica: mãe: (100,000 unidades/g) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia
e
nistatina: lactente: (100,000 unidades/mL) 2 mL por via oral quatro vezes ao dia
ou
miconazol tópico: mãe: (2%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia
e
nistatina: lactente: (100,000 unidades/mL) 2 mL por via oral quatro vezes ao dia
ou
cetoconazol tópico: mãe: (2%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia
e
nistatina: lactente: (100,000 unidades/mL) 2 mL por via oral quatro vezes ao dia
antibiótico alternativo guiado pelo teste de sensibilidade a antibióticos da cultura e investigação adicional
As infecções devem começar a responder aos antibióticos em até 48 horas. Se não houver melhora dentro deste período, a cultura do leite materno e o teste de sensibilidade a antibióticos devem ser solicitados, e a possibilidade de diagnósticos alternativos deve ser considerada. Pode ser que seja necessário alterar a antibioticoterapia de acordo com os patógenos específicos isolados e com as correspondentes suscetibilidades aos antibióticos.
Se a infecção estiver se agravando apesar da terapia oral, deve-se considerar a vancomicina intravenosa em seu lugar. Como alternativa, outros antibióticos com atividade contra MRSA podem ser usados, mas a experiência com esses outros agentes no tratamento da mastite é limitada.
Em casos refratários, deve-se realizar uma ultrassonografia em busca de possíveis abscessos subjacentes, deve-se considerar uma biópsia, e deve-se realizar culturas a fim de descartar micro-organismos atípicos e/ou um patógeno multirresistente a antibióticos.
Caso seja detectada uma fístula, ela deve ser excisada (fistulectomia) junto com o seu ducto de alimentação.[53]Hanavadi S, Pereira G, Mansel RE. How mammillary fistulas should be managed. Breast J. 2005 Jul-Aug;11(4):254-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15982391?tool=bestpractice.com
Ciclo do tratamento com antibiótico: 10 a 14 dias.
Opções primárias
vancomicina: 15 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas, máximo de 4 g/dia
remoção efetiva de leite e cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Geralmente, a amamentação deve continuar frequente (por exemplo, amamentar de 8 a 12 vezes por dia) a fim de promover a remoção efetiva do leite.
Também se pode extrair o leite do lado afetado, caso indicado, e/ou massagear, se tolerado.
A paciente deve receber suporte em termos de aconselhamento e dicas de amamentação, e analgesia caso necessário (por exemplo, paracetamol, ibuprofeno). O aconselhamento deve incluir tranquilização sobre o valor da amamentação e segurança da amamentação contínua (que o leite da mama afetada não prejudicará a criança, quando apropriado). Orientações sobre o tratamento, como continuar amamentando ou extraindo leite, e acompanhamento e suporte contínuos, são necessários.[1]World Health Organization. Mastitis: causes and management. 2000 [internet publication]. https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/66230/WHO_FCH_CAH_00.13_eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y Essas medidas podem exigir um especialista em lactação.
Deve-se aconselhar a paciente a aumentar a ingestão de líquidos e aplicar compressas quentes e/ou frias.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
terapia antifúngica (para a mãe e o lactente) para candidíase mamilar
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se houver diagnóstico de candidíase mamilar, a mãe e o lactente devem ser tratados simultaneamente.
Um antifúngico tópico deve ser usado na mãe, combinado com a aplicação tópica de uma suspensão antifúngica na boca da criança.
Curso de tratamento: continuação do tratamento por 48 horas após a resolução dos sintomas.
Opções primárias
nistatina tópica: mãe: (100,000 unidades/g) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia
e
nistatina: lactente: (100,000 unidades/mL) 2 mL por via oral quatro vezes ao dia
ou
miconazol tópico: mãe: (2%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia
e
nistatina: lactente: (100,000 unidades/mL) 2 mL por via oral quatro vezes ao dia
ou
cetoconazol tópico: mãe: (2%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia
e
nistatina: lactente: (100,000 unidades/mL) 2 mL por via oral quatro vezes ao dia
mastite não lactacional
antibioticoterapia empírica
A diferenciação entre mastite não lactacional infecciosa e não infecciosa é difícil. Portanto, a terapêutica antimicrobiana, sem qualquer período de observação, é o tratamento inicial para todas as pacientes que apresentam mastite não lactacional.
Como o Staphylococcus aureus é o patógeno mais comum, deve-se usar antibióticos com atividade antiestafilocócica. Se o MRSA puder ser excluído por cultura, ou se o MRSA não for prevalente localmente, 10 a 14 dias de dicloxacilina, cloxacilina ou flucloxacilina oral (dependendo da disponibilidade) é a escolha inicial.[40]Kellams A; Academy of Breastfeeding Medicine Protocol Committee. ABM clinical protocol #36: the mastitis spectrum. Breastfeed Med. 2022 Sep;17(9):776. https://www.bfmed.org/protocols http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36121387?tool=bestpractice.com A cefalexina, uma cefalosporina de primeira geração, também pode ser considerada, mas tem um amplo espectro de cobertura e tem maior probabilidade de promover o desenvolvimento de MRSA.[45]Coia JE, Duckworth GJ, Edwards DI, et al. Guidelines for the control and prevention of meticillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) in healthcare facilities. J Hosp Infect. 2006 Apr 3;63(suppl 1):S1-44. https://www.journalofhospitalinfection.com/article/S0195-6701(06)00002-8/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16581155?tool=bestpractice.com
A cefalexina pode ser prescrita para pacientes com alergia à penicilina (embora deva ser usada com cautela, pois uma minoria dos pacientes pode apresentar reatividade cruzada entre penicilinas e cefalosporinas); A clindamicina é apropriada para pacientes com hipersensibilidade severa à penicilina.[40]Kellams A; Academy of Breastfeeding Medicine Protocol Committee. ABM clinical protocol #36: the mastitis spectrum. Breastfeed Med. 2022 Sep;17(9):776. https://www.bfmed.org/protocols http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36121387?tool=bestpractice.com
Pode ser que seja necessário alterar a antibioticoterapia de acordo com os patógenos específicos isolados e com as correspondentes suscetibilidades aos antibióticos.
Uma infecção mamilar isolada pode ser tratada com terapêutica antimicrobiana tópica.
Ciclo de tratamento: 10 a 14 dias.
Opções primárias
flucloxacilina: 250-500 mg por via oral quatro vezes ao dia
ou
dicloxacilina: 250-500 mg por via oral quatro vezes ao dia
ou
cloxacilina: 250-500 mg por via oral quatro vezes ao dia
Opções secundárias
cefalexina: 500 mg por via oral quatro vezes ao dia
ou
clindamicina: 300-450 mg por via oral quatro vezes ao dia
alternar para a terapia apropriada para a causa subjacente, se necessário
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A infecção persistente, apesar do uso apropriado de antibióticos e procedimentos de drenagem, deve levar a investigações adicionais com culturas fúngicas. A escolha da terapia antifúngica depende do resultado da cultura.
Para infecções em feridas pós-operatórias, deve-se consultar um cirurgião.
A contaminação bacteriana de um implante mamário ou de qualquer corpo estranho infectado (por exemplo, um piercing no mamilo) é uma indicação para remoção do corpo estranho.
A tuberculose (TB) da mama é rara e requer terapia anti-TB sob orientação especializada. A falta de resposta à terapia anti-TB ou uma mama difusamente deformada com drenagem sinusal podem requerer intervenção cirúrgica.[6]Marinopoulos S, Lourantou D, Gatzionis T, et al. Breast tuberculosis: diagnosis, management and treatment. Int J Surg Case Rep. 2012 Jul 20;3(11):548-50. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3437393 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22918083?tool=bestpractice.com Consulte Tuberculose extrapulmonar (Manejo).
Para a mastite granulomatosa (inflamação granulomatosa idiopática), o tratamento de primeira escolha são os glicocorticoides. No entanto, há evidências que sugerem que o tratamento cirúrgico, com ou sem corticosteroides, resulta em altas taxas de remissão completa.[52]Lei X, Chen K, Zhu L, et al. Treatments for idiopathic granulomatous mastitis: systematic review and meta-analysis. Breastfeed Med. 2017 Jul 21;12(7):415-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28731822?tool=bestpractice.com
cuidados de suporte
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os cuidados de suporte incluem analgesia, caso necessário.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
antibiótico alternativo guiado por investigações ou exames adicionais
As infecções devem começar a responder em até 48 horas.
Caso a infecção se agrave apesar da terapia oral , ou se a infecção for grave e ocorrer em um paciente hospitalizado, pode-se considerar a vancomicina intravenosa.
Como alternativa, outros antibióticos com atividade contra o MRSA podem ser usados (mas a experiência com esses outros agentes no tratamento da mastite é limitada).
Em casos refratários, deve-se realizar uma ultrassonografia em busca de possíveis abscessos subjacentes, deve-se considerar uma biópsia, e deve-se realizar culturas a fim de descartar micro-organismos atípicos e/ou um patógeno multirresistente a antibióticos.
Caso seja detectada uma fístula, ela deve ser excisada (fistulectomia) junto com o seu ducto de alimentação.[53]Hanavadi S, Pereira G, Mansel RE. How mammillary fistulas should be managed. Breast J. 2005 Jul-Aug;11(4):254-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15982391?tool=bestpractice.com
Ciclo do tratamento com antibiótico: 10 a 14 dias.
Opções primárias
vancomicina: 15 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas, máximo de 4 g/dia
alternar para a terapia apropriada para a causa subjacente, se necessário
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A infecção persistente, apesar do uso apropriado de antibióticos e procedimentos de drenagem, deve levar a investigações adicionais com culturas fúngicas. A escolha da terapia antifúngica depende do resultado da cultura.
Para infecções em feridas pós-operatórias, deve-se consultar um cirurgião.
A contaminação bacteriana de um implante mamário ou de qualquer corpo estranho infectado (por exemplo, um piercing no mamilo) é uma indicação para remoção do corpo estranho.
A tuberculose (TB) da mama é rara e requer terapia anti-TB sob orientação especializada. A falta de resposta à terapia anti-TB ou uma mama difusamente deformada com drenagem sinusal podem requerer intervenção cirúrgica.[6]Marinopoulos S, Lourantou D, Gatzionis T, et al. Breast tuberculosis: diagnosis, management and treatment. Int J Surg Case Rep. 2012 Jul 20;3(11):548-50. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3437393 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22918083?tool=bestpractice.com Consulte Tuberculose extrapulmonar (Manejo).
Para a mastite granulomatosa (inflamação granulomatosa idiopática), o tratamento de primeira escolha são os glicocorticoides. No entanto, há evidências que sugerem que o tratamento cirúrgico, com ou sem corticosteroides, resulta em altas taxas de remissão completa.[52]Lei X, Chen K, Zhu L, et al. Treatments for idiopathic granulomatous mastitis: systematic review and meta-analysis. Breastfeed Med. 2017 Jul 21;12(7):415-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28731822?tool=bestpractice.com
cuidados de suporte
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os cuidados de suporte incluem analgesia, caso necessário.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
antibiótico não betalactâmico
A diferenciação entre mastite não lactacional infecciosa e não infecciosa é difícil. Portanto, a terapêutica antimicrobiana, sem qualquer período de observação, é o tratamento inicial para todas as pacientes que apresentam mastite não lactacional.
Se o MRSA tiver sido confirmado por cultura, ou caso se saiba que o MRSA é prevalente no local, clindamicina ou sulfametoxazol/trimetoprima podem ser opções de tratamento apropriadas para MRSA adquirido na comunidade (CA-MRSA).[48]Moellering RC Jr. Current treatment options for community-acquired methicillin-resistant Staphylococcus aureus infection. Clin Infect Dis. 2008 Apr 1;46(7):1032-7. https://www.doi.org/10.1086/529445 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18444820?tool=bestpractice.com Pode-se também usar a doxiciclina para infecções por CA-MRSA.
A decisão sobre iniciar antimicrobianos orais ou intravenosos no momento da apresentação inicial depende do critério clínico e da gravidade da doença.
Nas regiões onde o MRSA é comum, os padrões de resistência local precisam ser considerados na escolha dos antibióticos.
A vancomicina pode ser indicada inicialmente para pacientes hospitalizados com infecção grave. Isso abrange o MRSA hospitalar.
Uma infecção mamilar isolada pode ser tratada com terapêutica antimicrobiana tópica.
Ciclo de tratamento: 10 a 14 dias.
Opções primárias
clindamicina: 300-450 mg por via oral quatro vezes ao dia
ou
sulfametoxazol/trimetoprima: 800/160 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
vancomicina: 15 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas, máximo de 4 g/dia
Opções secundárias
doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia
alternar para a terapia apropriada para a causa subjacente, se necessário
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A infecção persistente, apesar do uso apropriado de antibióticos e procedimentos de drenagem, deve levar a investigações adicionais com culturas fúngicas. A escolha da terapia antifúngica depende do resultado da cultura.
Para infecções em feridas pós-operatórias, deve-se consultar um cirurgião.
A contaminação bacteriana de um implante mamário ou de qualquer corpo estranho infectado (por exemplo, um piercing no mamilo) é uma indicação para remoção do corpo estranho.
A tuberculose (TB) da mama é rara e requer terapia anti-TB sob orientação especializada. A falta de resposta à terapia anti-TB ou uma mama difusamente deformada com drenagem sinusal podem requerer intervenção cirúrgica.[6]Marinopoulos S, Lourantou D, Gatzionis T, et al. Breast tuberculosis: diagnosis, management and treatment. Int J Surg Case Rep. 2012 Jul 20;3(11):548-50. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3437393 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22918083?tool=bestpractice.com Consulte Tuberculose extrapulmonar (Manejo).
Para a mastite granulomatosa (inflamação granulomatosa idiopática), o tratamento de primeira escolha são os glicocorticoides. No entanto, há evidências que sugerem que o tratamento cirúrgico, com ou sem corticosteroides, resulta em altas taxas de remissão completa.[52]Lei X, Chen K, Zhu L, et al. Treatments for idiopathic granulomatous mastitis: systematic review and meta-analysis. Breastfeed Med. 2017 Jul 21;12(7):415-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28731822?tool=bestpractice.com
cuidados de suporte
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os cuidados de suporte incluem analgesia, caso necessário.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
antibiótico alternativo guiado por investigações ou exames adicionais
As infecções devem começar a responder em até 48 horas. Se a infecção estiver se agravando apesar da terapia oral, deve-se considerar a vancomicina intravenosa em seu lugar.
Como alternativa, outros antibióticos com atividade contra o MRSA podem ser usados (mas a experiência com esses outros agentes no tratamento da mastite é limitada).
Em casos refratários, deve-se realizar uma ultrassonografia em busca de possíveis abscessos subjacentes, deve-se considerar uma biópsia, e deve-se realizar culturas a fim de descartar micro-organismos atípicos e/ou um patógeno multirresistente a antibióticos.
Caso seja detectada uma fístula, ela deve ser excisada (fistulectomia) junto com o seu ducto de alimentação.[53]Hanavadi S, Pereira G, Mansel RE. How mammillary fistulas should be managed. Breast J. 2005 Jul-Aug;11(4):254-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15982391?tool=bestpractice.com
Ciclo do tratamento com antibiótico: 10 a 14 dias.
Opções primárias
vancomicina: 15 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas, máximo de 4 g/dia
alternar para a terapia apropriada para a causa subjacente, se necessário
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A infecção persistente, apesar do uso apropriado de antibióticos e procedimentos de drenagem, deve levar a investigações adicionais com culturas fúngicas. A escolha da terapia antifúngica depende do resultado da cultura.
A tuberculose (TB) da mama é rara e requer terapia anti-TB sob orientação especializada. A falta de resposta à terapia anti-TB ou uma mama difusamente deformada com drenagem sinusal podem requerer intervenção cirúrgica.[6]Marinopoulos S, Lourantou D, Gatzionis T, et al. Breast tuberculosis: diagnosis, management and treatment. Int J Surg Case Rep. 2012 Jul 20;3(11):548-50. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3437393 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22918083?tool=bestpractice.com Consulte Tuberculose extrapulmonar (Manejo).
Para infecções em feridas pós-operatórias, deve-se consultar um cirurgião.
A contaminação bacteriana de um implante mamário ou de qualquer corpo estranho infectado (por exemplo, um piercing no mamilo) é uma indicação para remoção do corpo estranho.
Para a mastite granulomatosa (inflamação granulomatosa idiopática), o tratamento de primeira escolha são os glicocorticoides. No entanto, há evidências que sugerem que o tratamento cirúrgico, com ou sem corticosteroides, resulta em altas taxas de remissão completa.[52]Lei X, Chen K, Zhu L, et al. Treatments for idiopathic granulomatous mastitis: systematic review and meta-analysis. Breastfeed Med. 2017 Jul 21;12(7):415-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28731822?tool=bestpractice.com
cuidados de suporte
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os cuidados de suporte incluem analgesia, caso necessário.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
abscesso mamário
intervenção cirúrgica
Pode-se usar a aspiração por agulha (agulha de calibre 18 a 19), com anestesia local, com ou sem orientação de ultrassonografia, para drenar um abscesso.[5]Ammann AM, Pratt CG, Lewis JD, et al. Breast infections: a review of current literature. Am J Surg. 2024 Feb;228:78-82. https://www.doi.org/10.1016/j.amjsurg.2023.10.040 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37949727?tool=bestpractice.com [30]Trop I, Dugas A, David J, et al. Breast abscesses: evidence-based algorithms for diagnosis, management, and follow-up. Radiographics. 2011 Oct;31(6):1683-99. https://www.doi.org/10.1148/rg.316115521 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21997989?tool=bestpractice.com [54]Lam E, Chan T, Wiseman SM. Breast abscess: evidence based management recommendations. Expert Rev Anti Infect Ther. 2014 May 3;12(7):753-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24791941?tool=bestpractice.com Para drenagem completa do abscesso, múltiplas aspirações podem ser necessárias (aspiração diária por 5-7 dias). O fluido aspirado pode ser enviado para cultura para orientar a antibioticoterapia subsequente.
O risco de falha da aspiração por agulha é maior com abscessos >5 cm de diâmetro.[5]Ammann AM, Pratt CG, Lewis JD, et al. Breast infections: a review of current literature. Am J Surg. 2024 Feb;228:78-82. https://www.doi.org/10.1016/j.amjsurg.2023.10.040 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37949727?tool=bestpractice.com [54]Lam E, Chan T, Wiseman SM. Breast abscess: evidence based management recommendations. Expert Rev Anti Infect Ther. 2014 May 3;12(7):753-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24791941?tool=bestpractice.com Se a remoção completa de pus franco for problemática com a aspiração com agulha fina, as opções de manejo incluem o uso de uma agulha maior, drenagem cirúrgica ou repetição da drenagem percutânea por cateter (drenagem sem a colocação de um cateter de demora). A incisão e a drenagem são reservadas para pacientes nos quais a aspiração falha após várias tentativas (a orientação sugere pelo menos 3-5 tentativas) e/ou para abscessos multiloculados ou grandes.[30]Trop I, Dugas A, David J, et al. Breast abscesses: evidence-based algorithms for diagnosis, management, and follow-up. Radiographics. 2011 Oct;31(6):1683-99. https://www.doi.org/10.1148/rg.316115521 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21997989?tool=bestpractice.com [54]Lam E, Chan T, Wiseman SM. Breast abscess: evidence based management recommendations. Expert Rev Anti Infect Ther. 2014 May 3;12(7):753-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24791941?tool=bestpractice.com [55]Lannin DR. Twenty-two year experience with recurring subareolar abscess andlactiferous duct fistula treated by a single breast surgeon. Am J Surg. 2004 Oct;188(4):407-10. https://www.americanjournalofsurgery.com/article/S0002-9610(04)00293-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15474436?tool=bestpractice.com A drenagem percutânea repetida também pode ser considerada para grandes coleções. A repetição da drenagem parece ser tão eficaz quanto a drenagem com cateter de demora, mas com riscos reduzidos e maior conforto da paciente.[30]Trop I, Dugas A, David J, et al. Breast abscesses: evidence-based algorithms for diagnosis, management, and follow-up. Radiographics. 2011 Oct;31(6):1683-99. https://www.doi.org/10.1148/rg.316115521 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21997989?tool=bestpractice.com
Existe alguma evidência para a aplicação de um dreno negativo de sucção através de uma mini incisão periareolar. Um estudo retrospectivo com mulheres com abscesso mamário lactacional relatou que a pressão de sucção negativa foi associada com menor tempo de internação e uma maior taxa de continuação da amamentação do que a incisão e drenagem.[56]Wei J, Zhang J, Fu D. Negative suction drain through a mini periareolar incision for the treatment of lactational breast abscess shortens hospital stay and increases breastfeeding rates. Breastfeed Med. 2016 Jun 1;11:259-60. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27249051?tool=bestpractice.com
antibiótico intravenoso ou oral com atividade contra estafilococos sensíveis à meticilina
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapêutica antimicrobiana é prescrita em adição à drenagem do abscesso. Sem a drenagem do abscesso, é improvável que a terapêutica antimicrobiana seja bem-sucedida, porque a parede do abscesso protege as bactérias da ação dos antibióticos.[1]World Health Organization. Mastitis: causes and management. 2000 [internet publication]. https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/66230/WHO_FCH_CAH_00.13_eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Se o MRSA puder ser excluído, ou o MRSA não for prevalente localmente, um abscesso mamário pode ser tratado com um antibiótico intravenoso que seja ativo contra o estafilococos sensível à meticilina. No entanto, estudos demonstraram que o MRSA adquirido na comunidade (CA-MRSA) é um patógeno significativo entre as mulheres hospitalizadas com abscesso mamário puerperal.[10]Stafford I, Hernandez J, Laibl V, et al. Community-acquired methicillin-resistant Staphylococcus aureus among patients with puerperal mastitis requiring hospitalization. Obstet Gynecol. 2008 Sep;112(3):533-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18757649?tool=bestpractice.com [57]Berens P, Swaim L, Peterson B. Incidence of methicillin-resistant Staphylococcus aureus in postpartum breast abscesses. Breastfeed Med. 2010 Jun;5(3):113-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20113200?tool=bestpractice.com Em casos de suspeita ou confirmação de CA-MRSA, ou em pacientes alérgicas à penicilina, pode-se usar sulfametoxazol/trimetoprima, doxiciclina ou clindamicina. O sulfametoxazol/trimetoprima não deve ser administrado se a mãe estiver amamentando um bebê com icterícia (devido ao risco de kernicterus), um bebê prematuro ou um bebê com menos de 30 dias.[40]Kellams A; Academy of Breastfeeding Medicine Protocol Committee. ABM clinical protocol #36: the mastitis spectrum. Breastfeed Med. 2022 Sep;17(9):776. https://www.bfmed.org/protocols http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36121387?tool=bestpractice.com [49]Johnson MD, Decker CF. Antimicrobial agents in treatment of MRSA infections. Dis Mon. 2008 Dec;54(12):793-800. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18996282?tool=bestpractice.com Anteriormente, pensava-se que as mães com prescrição de doxiciclina não deveriam amamentar e precisariam bombear leite para manter o suprimento durante o ciclo do antibiótico. No entanto, o uso de doxiciclina em curto prazo pode ser considerado aceitável durante a lactação em ciclos de até 21 dias, se nenhuma alternativa estiver disponível.[50]Todd SR, Dahlgren FS, Traeger MS, et al. No visible dental staining in children treated with doxycycline for suspected Rocky Mountain Spotted Fever. J Pediatr. 2015 May;166(5):1246-51. https://www.jpeds.com/article/S0022-3476(15)00135-3/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25794784?tool=bestpractice.com [51]National Library of Medicine. Drugs and Lactation Database (LactMed®): Doxycycline. Jan 2021 [internet publication]. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK500561
A vancomicina por via intravenosa pode ser usada em casos mais graves e em pacientes hospitalizados, quando houver suspeita de MRSA hospitalar. É importante referir-se às políticas locais de prescrição de antibióticos e, sempre que possível, guiar-se pelo teste de sensibilidade a antibióticos da cultura.
Ciclo do tratamento: 7-10 dias.
Opções primárias
dicloxacilina: 500 mg por via oral quatro vezes ao dia
ou
cefalexina: 500 mg por via oral quatro vezes ao dia
ou
doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
clindamicina: 300-450 mg por via oral quatro vezes ao dia
ou
flucloxacilina: 250-500 mg por via oral quatro vezes ao dia; 500-2000 mg por via intravenosa a cada 6 horas
ou
oxacilina: 1-2 g por via intravenosa a cada 4-6 horas
ou
nafcilina: 1-2 g por via intravenosa a cada 4-6 horas
ou
cefazolina: 1-2 g por via intravenosa a cada 8 horas
reavaliação do diagnóstico e tratamento
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O diagnóstico e o tratamento precisarão ser reavaliados, com ajustes caso não haja resposta aos antibióticos em até 48 horas.
A antibioticoterapia deve ser ajustada de acordo com o(s) patógeno(s) específico(s) isolados do fluido aspirado.
cuidados de suporte
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os cuidados de suporte incluem analgesia, caso necessário.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
intervenção cirúrgica
Pode-se usar a aspiração por agulha (agulha de calibre 18 a 19), com anestesia local, com ou sem orientação de ultrassonografia, para drenar um abscesso.[5]Ammann AM, Pratt CG, Lewis JD, et al. Breast infections: a review of current literature. Am J Surg. 2024 Feb;228:78-82. https://www.doi.org/10.1016/j.amjsurg.2023.10.040 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37949727?tool=bestpractice.com [30]Trop I, Dugas A, David J, et al. Breast abscesses: evidence-based algorithms for diagnosis, management, and follow-up. Radiographics. 2011 Oct;31(6):1683-99. https://www.doi.org/10.1148/rg.316115521 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21997989?tool=bestpractice.com [54]Lam E, Chan T, Wiseman SM. Breast abscess: evidence based management recommendations. Expert Rev Anti Infect Ther. 2014 May 3;12(7):753-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24791941?tool=bestpractice.com Para drenagem completa do abscesso, múltiplas aspirações podem ser necessárias (aspiração diária por 5-7 dias). O fluido aspirado pode ser enviado para cultura para orientar a antibioticoterapia subsequente.
O risco de falha da aspiração por agulha é maior com abscessos >5 cm de diâmetro.[5]Ammann AM, Pratt CG, Lewis JD, et al. Breast infections: a review of current literature. Am J Surg. 2024 Feb;228:78-82. https://www.doi.org/10.1016/j.amjsurg.2023.10.040 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37949727?tool=bestpractice.com [54]Lam E, Chan T, Wiseman SM. Breast abscess: evidence based management recommendations. Expert Rev Anti Infect Ther. 2014 May 3;12(7):753-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24791941?tool=bestpractice.com Se a remoção completa de pus franco for problemática com a aspiração com agulha fina, as opções de manejo incluem o uso de uma agulha maior, drenagem cirúrgica ou repetição da drenagem percutânea por cateter (drenagem sem a colocação de um cateter de demora). A incisão e a drenagem são reservadas para pacientes nos quais a aspiração falha após várias tentativas (a orientação sugere pelo menos 3-5 tentativas) e/ou para abscessos multiloculados ou grandes.[30]Trop I, Dugas A, David J, et al. Breast abscesses: evidence-based algorithms for diagnosis, management, and follow-up. Radiographics. 2011 Oct;31(6):1683-99. https://www.doi.org/10.1148/rg.316115521 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21997989?tool=bestpractice.com [54]Lam E, Chan T, Wiseman SM. Breast abscess: evidence based management recommendations. Expert Rev Anti Infect Ther. 2014 May 3;12(7):753-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24791941?tool=bestpractice.com [55]Lannin DR. Twenty-two year experience with recurring subareolar abscess andlactiferous duct fistula treated by a single breast surgeon. Am J Surg. 2004 Oct;188(4):407-10. https://www.americanjournalofsurgery.com/article/S0002-9610(04)00293-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15474436?tool=bestpractice.com A drenagem percutânea repetida também pode ser considerada para grandes coleções. A repetição da drenagem parece ser tão eficaz quanto a drenagem com cateter de demora, mas com riscos reduzidos e maior conforto da paciente.[30]Trop I, Dugas A, David J, et al. Breast abscesses: evidence-based algorithms for diagnosis, management, and follow-up. Radiographics. 2011 Oct;31(6):1683-99. https://www.doi.org/10.1148/rg.316115521 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21997989?tool=bestpractice.com
Existe alguma evidência para a aplicação de um dreno negativo de sucção através de uma mini incisão periareolar. Um estudo retrospectivo com mulheres com abscesso mamário lactacional relatou que a pressão de sucção negativa foi associada com menor tempo de internação e uma maior taxa de continuação da amamentação do que a incisão e drenagem.[56]Wei J, Zhang J, Fu D. Negative suction drain through a mini periareolar incision for the treatment of lactational breast abscess shortens hospital stay and increases breastfeeding rates. Breastfeed Med. 2016 Jun 1;11:259-60. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27249051?tool=bestpractice.com
antibiótico não betalactâmico
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Em casos de suspeita ou confirmação de MRSA adquirido na comunidade, ou em pacientes alérgicas à penicilina, pode-se usar sulfametoxazol/trimetoprima, doxiciclina ou clindamicina.
O sulfametoxazol/trimetoprima não deve ser administrado se a mãe estiver amamentando um bebê com icterícia (devido ao risco de kernicterus), um bebê prematuro ou um bebê com menos de 30 dias.[40]Kellams A; Academy of Breastfeeding Medicine Protocol Committee. ABM clinical protocol #36: the mastitis spectrum. Breastfeed Med. 2022 Sep;17(9):776. https://www.bfmed.org/protocols http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36121387?tool=bestpractice.com [49]Johnson MD, Decker CF. Antimicrobial agents in treatment of MRSA infections. Dis Mon. 2008 Dec;54(12):793-800. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18996282?tool=bestpractice.com Anteriormente, pensava-se que as mães com prescrição de doxiciclina não deveriam amamentar e precisariam bombear leite para manter o suprimento durante o ciclo do antibiótico. No entanto, o uso de doxiciclina em curto prazo pode ser considerado aceitável durante a lactação em ciclos de até 21 dias, se nenhuma alternativa estiver disponível.[50]Todd SR, Dahlgren FS, Traeger MS, et al. No visible dental staining in children treated with doxycycline for suspected Rocky Mountain Spotted Fever. J Pediatr. 2015 May;166(5):1246-51. https://www.jpeds.com/article/S0022-3476(15)00135-3/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25794784?tool=bestpractice.com [51]National Library of Medicine. Drugs and Lactation Database (LactMed®): Doxycycline. Jan 2021 [internet publication]. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK500561
A decisão sobre iniciar antimicrobianos orais ou intravenosos no momento da apresentação inicial depende do critério clínico e da gravidade da doença. A vancomicina por via intravenosa pode ser usada em casos mais graves e em pacientes hospitalizados, quando houver suspeita de MRSA hospitalar. É importante referir-se às políticas locais de prescrição de antibióticos e, sempre que possível, guiar-se pelo teste de sensibilidade a antibióticos da cultura.
A cultura do fluido aspirado pode guiar o posterior ajuste do antibiótico.
Ciclo do tratamento: 7-10 dias.
Opções primárias
clindamicina: 300-450 mg por via oral quatro vezes ao dia
ou
sulfametoxazol/trimetoprima: 800/160 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
vancomicina: 15 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas, máximo de 4 g/dia
reavaliação do diagnóstico e tratamento
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O diagnóstico e o tratamento precisarão ser reavaliados, com ajustes caso não haja resposta aos antibióticos em até 48 horas.
A antibioticoterapia deve ser ajustada de acordo com o(s) patógeno(s) específico(s) isolados do fluido aspirado.
cuidados de suporte
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os cuidados de suporte incluem analgesia, caso necessário.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
abscesso mamário pós-intervenção aguda
considerações de outras intervenções cirúrgicas
Depois que a fase aguda tiver cedido, pode ser necessário excisar o tecido cronicamente infectado e o ducto lactífero principal associado ao abscesso que leva ao mamilo.[30]Trop I, Dugas A, David J, et al. Breast abscesses: evidence-based algorithms for diagnosis, management, and follow-up. Radiographics. 2011 Oct;31(6):1683-99. https://www.doi.org/10.1148/rg.316115521 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21997989?tool=bestpractice.com
Se a incisão não interferir na amamentação, a mulher lactante pode continuar a amamentar. Se a incisão interferir na amamentação, o leite pode ser removido regularmente com um extrator de leite.
recorrência de mastite e/ou abscesso mamário
reavaliação e tratamento
A recorrência pode ocorrer por demora na terapia, terapia de curta duração, terapia inapropriada e em hospedeiros de Staphylococcus. A mastite recorrente ou a persistência de uma massa após a terapia pode ser devida a um abscesso mamário ou uma lesão mamária subjacente.
A mastite granulomatosa tem uma taxa alta de recorrência.
O abandono do hábito de fumar também deve ser encorajado, a fim de minimizar o risco de recorrência.
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal