Complicações
Ocorre precocemente no período de candidemia. Indistinguível do choque séptico de causas bacterianas. Caracterizado por hipotensão, sepse intensa e insuficiência de múltiplos órgãos. Requer a imediata administração de antifúngicos de amplo espectro (não o fluconazol), a remoção da origem potencial (por exemplo, cateter intravascular), a drenagem de abscesso ou o alívio da obstrução na presença de urossepse. Quaisquer espécies possíveis de Candida. Mais comum com neutropenia.
Na literatura publicada, a ocorrência relatada tem variado de 0% a 45% dos pacientes com candidemia.[63][64]
Normalmente observada em associação com a candidemia; pode ser assintomática. A coriorretinite varia de lesões assintomáticas a cegueira. Todos os pacientes com candidemia devem ser submetidos a uma avaliação oftalmológica completa de rotina.
Para lesões que não ameaçam a visão, o tratamento de candidemia com antifúngicos é geralmente suficiente, embora a duração da terapia sistêmica deva ser prolongada para 4 a 6 semanas, com acompanhamento frequente por exame oftalmológico.
Para uma doença que ameace a visão, o tratamento sistêmico com anfotericina B ou fluconazol é eficaz (poucos dados referentes às equinocandinas), além da injeção intravítrea de anfotericina B e vitrectomia.
Ocorre em 10% a 20% dos casos de candidemia.[8]
Além disso, as hemoculturas geralmente são positivas em 20% a 70% dos casos de candidíase invasiva.[65]
Os locais metastáticos podem exigir drenagem terapêutica (por exemplo, abscesso articular ou muscular).
Observa-se infecção do sistema nervoso central em associação à candidemia, particularmente em neonatos, ou relacionada a procedimentos neurocirúrgicos.
Pode-se observar osteomielite associada à candidemia, como complicação após cirurgia ou em usuários de drogas intravenosas. Pode se apresentar com dor e febre e precisar de aspiração diagnóstica.
A candidíase renal hematogênica frequentemente complica a candidemia e é sugerida pela concomitância de diminuição da taxa de filtração glomerular e candidúria.
A seleção do antifúngico depende da espécie de Candida envolvida, assim como do local da metástase. A experiência com o uso das equinocandinas para locais disseminados é limitada, e a penetração no líquido cefalorraquidiano é insuficiente.
A infecção cutânea se manifesta de forma localizada ou disseminada como erupção cutânea eritematosa ou macular/papular.
A invasão hepatoesplênica geralmente é indicada por testes de função hepática e exames de tomografia computadorizada anormais.
Complicação rara da candidemia; usuários de drogas intravenosas podem apresentar risco mais elevado.
Acreditava-se anteriormente que era incurável somente com terapia medicamentosa (antifúngicos) e que a substituição da valva era necessária para a cura. Relata-se que os antifúngicos, isoladamente, curam casos ocasionais de endocardite nativa, mas não de endocardite de valva protética. Contudo, a terapia ideal continua a ser uma combinação de medicamentos e cirurgia. A terapia medicamentosa é selecionada com base na espécie de Candida responsável pela candidemia persistente e recorrente; selecione o agente exterminador mais ativo. Essa doença representa uma das poucas indicações para terapia antifúngica combinada.
Em decorrência da frequência da candidúria hospitalar, especialmente na unidade de terapia intensiva e no uso associado de cateter vesical, infecções ascendentes por Candida são surpreendentemente incomuns e tendem a ocorrer na presença de obstruções urinárias e nefrostomia.
Raramente, ocorre pielonefrite ou bolas fúngicas. A remoção de uma bola fúngica é essencial para o controle da urossepse. A C glabrata é um uropatógeno frequente. Pacientes assintomáticos com Candida detectada em uma amostra de urina geralmente não precisam de tratamento.
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