Ingestão de corpo estranho
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
pacientes instáveis
ressuscitação
Pacientes devem ser considerados instáveis se apresentarem comprometimento das vias aéreas, sialorreia, incapacidade de tolerar fluidos, evidência de sepse, perfuração ou sangramento ativo.
A intubação endotraqueal eletiva deve ser considerada em pacientes com comprometimento ou sofrimento respiratório, estado mental alterado ou sangramento ativo. A intubação endotraqueal eletiva protegerá as vias aéreas e facilitará a endoscopia.
Deve-se obter acesso intravenoso central ou periférico bilateral para ressuscitação fluídica apropriada.
Devem-se instituir medidas de ressuscitação adequadas, inclusive ressuscitação volêmica (infusão de cristaloides), oxigênio (se a saturação de O₂ for <90%), reposição de hemoderivados com transfusão de concentrado de eritrócitos, se indicado para sangramento persistente (Hb <70 g/L [<7 g/dL] ou <80 g/L [<8 g/dL] com problemas cardíacos) e correção da coagulopatia, se houver.
Assim que o paciente estiver estável, anamnese e exame físico completos (da boca ao ânus) podem ser realizados com intervenções relevantes se necessário de acordo com os grupos de pacientes estáveis.
cirurgia
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A cirurgia de emergência é obrigatória nos pacientes com perfuração por obstrução, com o objetivo de limpar a contaminação intra-abdominal por irrigação, remover a área de perfuração e abordar o problema subjacente.
antibióticos intravenosos de amplo espectro
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Em pacientes com sinais ou sintomas de septicemia ou contagem de leucócitos elevada à apresentação, deve-se iniciar antibioticoterapia de amplo espectro intravenosa cobrindo anaeróbios e aeróbios Gram-positivos e Gram-negativos.
A seleção do antibiótico dependerá dos protocolos institucionais e dos resultados das culturas.
pacientes estáveis: corpo estranho orofaríngeo
nasofaringolaringoscopia com fibra óptica
Deve-se considerar a avaliação de um otorrinolaringologista para os pacientes com um objeto na orofaringe que não puder ser observado durante o exame físico.
Os corpos estranhos podem ser removidos com o uso de um abaixador de língua e laringoscopia.[13]Wai Pak M, Chung Lee W, Kwok Fung H, et al. A prospective study of foreign-body ingestion in 311 children. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2001 Apr 6;58(1):37-45. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11249978?tool=bestpractice.com [59]Bendig DW. Removal of blunt esophageal foreign bodies by flexible endoscopy without general anesthesia. Am J Dis Child. 1986 Aug;140(8):789-90. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3728406?tool=bestpractice.com
antiemético
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os antieméticos são úteis no controle de náuseas e vômitos. Agentes comumente prescritos incluem prometazina, ondansetrona ou proclorperazina.
Opções primárias
prometazina: crianças: 0.25 a 1 mg/kg por via oral/intravenosa a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 25 mg/dose; adultos: 12.5 a 25 mg por via oral/intravenosa a cada 4-6 horas quando necessário
ou
proclorperazina: filhos de ≥2 anos de idade: 0.4 mg/kg/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas quando necessário; adultos: 5-10 mg por via oral de três a quatro vezes ao dia, quando necessário, ou 2.5-10 mg por via endovenosa/intramuscular a cada 3-4 horas quando necessário, máximo 40 mg/dia
ou
ondansetrona: crianças: 0.15 mg/kg por via intravenosa a cada 8 horas quando necessário; adultos: 4 mg por via intravenosa/intramuscular a cada 8 horas quando necessário
corticosteroides
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Em casos de obstrução completa, um curto ciclo (12-24 horas) de um corticosteroide intravenoso pode reduzir a inflamação e facilitar a extração do objeto posteriormente.[21]Rathore PK, Raj A, Sayal A, et al. Prolonged foreign body impaction in the oesophagus. Singapore Med J. 2009 Feb;50(2):e53-4. http://smj.sma.org.sg/5002/5002cr2.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19296010?tool=bestpractice.com
Opções primárias
metilprednisolona: crianças e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
pacientes estáveis: corpo estranho esofágico ou retal (exceto múltiplos ímãs e pilhas)
endoscopia com fibras ópticas
O endoscópio flexível de visão frontal, que é usado na endoscopia digestiva alta, sigmoidoscopia flexível e colonoscopia, é o instrumento de escolha no tratamento da maioria dos corpos estranhos impactados.
A endoscopia de emergência é indicada para pacientes com as vias aéreas comprometidas, aqueles com sinais de complicações ou se uma pilha está impactada no esôfago.
A endoscopia é necessária para corpos estranhos não progressivos, pontiagudos ou não radiopacos; pilhas; vários corpos estranhos; corpos estranhos no estômago >2.5 cm de diâmetro ou >6 cm de comprimento; ou com formas irregulares, como alfinetes de segurança abertos. O endoscópio flexível de "visualização lateral" tem sido utilizado para diagnosticar e manejar corpos estranhos no ducto colédoco.[60]Munoz JC, Rascon-Aguilar I, Lambiase LR, et al. Extraction of surgical clip-induced "lollipop" choledocholithiasis. Endoscopy. 2010;42(suppl 2):E15-6. https://www.thieme-connect.com/products/ejournals/html/10.1055/s-0029-1215368 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20072999?tool=bestpractice.com A enteroscopia (balão simples ou duplo) pode permitir a remoção de corpos estranhos no intestino delgado, quando indicada.[45]Neumann H, Fry LC, Rickes S, et al. A 'double-balloon enteroscopy worth the money': endoscopic removal of a coin lodged in the small bowel. Dig Dis. 2008;26(4):388-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19188734?tool=bestpractice.com
As seguintes ferramentas podem ser usadas para auxiliar na remoção endoscópica de corpos estranhos: fórceps, pinças, Roth net (rede coletora para corpo estranho), cestas Dormia, balões, sobretubos e tampa protetora de látex. Apesar dos potenciais desafios técnicos, a endoscopia tornou possível a remoção de corpos estranhos sem intervenção cirúrgica (que só é necessária em aproximadamente 1% dos casos); além disso, ela surgiu como um dos métodos mais seguros de manejo de corpos estranhos no trato gastrointestinal.[59]Bendig DW. Removal of blunt esophageal foreign bodies by flexible endoscopy without general anesthesia. Am J Dis Child. 1986 Aug;140(8):789-90. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3728406?tool=bestpractice.com [61]Bertoni G, Sassatelli R, Conigliaro R, et al. A simple latex protector hood for safe endoscopic removal of sharp-pointed gastroesophageal foreign bodies. Gastrointest Endosc. 1996 Oct;44(4):458-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8905368?tool=bestpractice.com [62]Munoz JC, Khoury JE, Alizadeh M, et al. Modified technique to extract malpositioned or migrated self-expanding stents from the esophagus and stomach. J Gastroenterol Hepatol. 2009 Apr;24(4):547-51. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19220663?tool=bestpractice.com
antiemético
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os antieméticos são úteis no controle de náuseas e vômitos. Agentes comumente prescritos incluem prometazina, ondansetrona ou proclorperazina.
Opções primárias
prometazina: crianças: 0.25 a 1 mg/kg por via oral/intravenosa a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 25 mg/dose; adultos: 12.5 a 25 mg por via oral/intravenosa a cada 4-6 horas quando necessário
ou
proclorperazina: filhos de ≥2 anos de idade: 0.4 mg/kg/dia por via oral administrados em 3-4 doses fracionadas quando necessário; adultos: 5-10 mg por via oral de três a quatro vezes ao dia, quando necessário, ou 2.5-10 mg por via endovenosa/intramuscular a cada 3-4 horas quando necessário, máximo 40 mg/dia
ou
ondansetrona: crianças: 0.15 mg/kg por via intravenosa a cada 8 horas quando necessário; adultos: 4 mg por via intravenosa/intramuscular a cada 8 horas quando necessário
corticosteroides
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Em casos de obstrução completa, um curto ciclo (12-24 horas) de um corticosteroide intravenoso pode reduzir a inflamação e facilitar a extração do objeto posteriormente.[21]Rathore PK, Raj A, Sayal A, et al. Prolonged foreign body impaction in the oesophagus. Singapore Med J. 2009 Feb;50(2):e53-4. http://smj.sma.org.sg/5002/5002cr2.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19296010?tool=bestpractice.com
Opções primárias
metilprednisolona: crianças e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
glucagon
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O glucagon pode ser administrado por via intravenosa para se tentar a passagem espontânea de um corpo estranho impactado. Ele deve ser administrado lentamente para se prevenirem náuseas e vômitos.
Se não houver resposta, ele pode ser repetido após 20 a 30 minutos.[69]Mehta D, Attia M, Quintana E, et al. Glucagon use for esophageal coin dislodgement in children: a prospective, double-blind, placebo-controlled trial. Acad Emerg Med. 2001 Feb;8(2):200-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11157302?tool=bestpractice.com
Opções primárias
glucagon: crianças: 0.02 a 0.03 mg/kg por via intravenosa, máximo de 0.5 mg; adultos: 1-2 mg por via intravenosa em dose única, podendo-se repetir após 20-30 minutos se necessário
cirurgia
Para extração malsucedida ou objetos de >10 cm no reto, pode ser necessária intervenção cirúrgica. A laparoscopia pode ser uma ferramenta valiosa no manejo de corpos estranhos gastrointestinais, particularmente quando um objeto não está progredindo ou a endoscopia é malsucedida ou considerada perigosa. Outras indicações para intervenção cirúrgica incluem perfuração e complicações que não podem ser resolvidas por via endoscópica, como sangramento excessivo.
A maioria dos corpos estranhos retais pode ser removida pela via transanal. Após confirmação radiológica da presença, tamanho e localização do objeto, o paciente é sedado (frequentemente com um sedativo intravenoso e/ou bloqueio dos nervos perianais) e, então, colocado na posição lateral esquerda ou litotômica. Diversos retratores e braçadeiras comumente utilizados rotineiramente na cirurgia anorretal têm sido usados com sucesso para agarrar e remover objetos dessa área.[67]Rispoli G, Esposito C, Monachese TD, et al. Removal of a foreign body from the distal colon using a combined laparoscopic and endoanal approach: report of a case. Dis Colon Rectum. 2000 Nov;43(11):1632-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11089605?tool=bestpractice.com
pacientes estáveis: corpo estranho esofágico ou retal – múltiplos ímãs
remoção cirúrgica ou endoscópica de emergência
A ingestão de múltiplos ímãs é grave e exige atenção e acompanhamento especiais.[43]Thomson M, Tringali A, Dumonceau JM, et al. Paediatric gastrointestinal endoscopy: European Society for Paediatric Gastroenterology Hepatology and Nutrition and European Society of Gastrointestinal Endoscopy guidelines. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2017 Jan;64(1):133-53. https://journals.lww.com/jpgn/Fulltext/2017/01000/Paediatric_Gastrointestinal_Endoscopy__European.22.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27622898?tool=bestpractice.com A ingestão de múltiplos ímãs (ou um único ímã com outros objetos ferrosos) pode causar a atração de alças intestinais adjacentes umas às outras com força significativa, provocando obstrução intestinal, necrose por pressão na parede intestinal causando perfuração ou formação de fístulas.[3]Kramer RE, Lerner DG, Lin T, et al. Management of ingested foreign bodies in children: a clinical report of the NASPGHAN Endoscopy Committee. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2015 Apr;60(4):562-74. https://journals.lww.com/jpgn/Fulltext/2015/04000/Management_of_Ingested_Foreign_Bodies_in_Children_.28.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25611037?tool=bestpractice.com [19]Liu S, Li J, Lv Y. Gastrointestinal damage caused by swallowing multiple magnets. Front Med. 2012 Sep;6(3):280-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22886320?tool=bestpractice.com A remoção endoscópica precoce deve ser o tratamento de primeira escolha quando não houver evidências clínicas ou radiográficas de lesões ou complicações intestinais.
Se o paciente estiver sintomático, se houver evidências de complicações ou as radiografias abdominais sequenciais sugerirem que os objetos estão próximos uns dos outros e estáticos, uma intervenção cirúrgica por laparotomia exploratória para remover os objetos e reparar qualquer lesão pode ser mais adequada.[3]Kramer RE, Lerner DG, Lin T, et al. Management of ingested foreign bodies in children: a clinical report of the NASPGHAN Endoscopy Committee. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2015 Apr;60(4):562-74. https://journals.lww.com/jpgn/Fulltext/2015/04000/Management_of_Ingested_Foreign_Bodies_in_Children_.28.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25611037?tool=bestpractice.com [19]Liu S, Li J, Lv Y. Gastrointestinal damage caused by swallowing multiple magnets. Front Med. 2012 Sep;6(3):280-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22886320?tool=bestpractice.com [54]Bailey JR, Eisner EA, Edmonds EW. Unwitnessed magnet ingestion in a 5 year-old boy leading to bowel perforation after magnetic resonance imaging: case report of a rare but potentially detrimental complication. Patient Saf Surg. 2012 Jul 19;6(1):16. https://pssjournal.biomedcentral.com/articles/10.1186/1754-9493-6-16 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22813210?tool=bestpractice.com
pacientes estáveis: corpo estranho esofágico ou retal – pilhas
remoção cirúrgica ou endoscópica de emergência se impactado
Apesar de a maioria das pilhas tipo botão passar pelas vísceras sem intercorrências e ser eliminada nas fezes, as pilhas que se alojam ou ficam impactadas no esôfago podem causar complicações com risco de vida em 2 horas.[56]National Capital Poison Center. National Capital Poison Center button battery ingestion triage and treatment guideline. Jun 2018 [internet publication]. https://www.poison.org/battery/guideline Deve-se realizar radiografias imediatas, e se uma pilha está impactada no esôfago, isso exige uma endoscopia de emergência ou remoção cirúrgica.[43]Thomson M, Tringali A, Dumonceau JM, et al. Paediatric gastrointestinal endoscopy: European Society for Paediatric Gastroenterology Hepatology and Nutrition and European Society of Gastrointestinal Endoscopy guidelines. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2017 Jan;64(1):133-53. https://journals.lww.com/jpgn/Fulltext/2017/01000/Paediatric_Gastrointestinal_Endoscopy__European.22.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27622898?tool=bestpractice.com
Complicações (que podem ser proteladas por até 18 dias após a remoção da pilha) incluem perfuração esofágica, fístula traqueoesofágica, estenoses esofágicas, mediastinite, paralisia das pregas vocais, estenose traqueal e exsanguinação derivada de fistulização arterial. Essas complicações devem ser monitoradas vigorosamente após a remoção da pilha, e os pacientes aconselhados a relatar sintomas com urgência.
Acredita-se que a lesão seja secundária às queimaduras eletroquímicas das descargas elétricas. As queimaduras químicas por vazamento de eletrólitos alcalinos e necrose por pressão também podem contribuir. Considerações especiais se aplicam à ingestão de pequenas baterias tipo botão. A bateria tipo botão de lítio de 3 volts e 20 mm de diâmetro (tipo CR/BR) é particularmente propensa a alojar-se no esôfago, especialmente em crianças. A impactação esofágica de uma pilha exige remoção endoscópica ou cirúrgica de emergência.[43]Thomson M, Tringali A, Dumonceau JM, et al. Paediatric gastrointestinal endoscopy: European Society for Paediatric Gastroenterology Hepatology and Nutrition and European Society of Gastrointestinal Endoscopy guidelines. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2017 Jan;64(1):133-53. https://journals.lww.com/jpgn/Fulltext/2017/01000/Paediatric_Gastrointestinal_Endoscopy__European.22.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27622898?tool=bestpractice.com
Para pacientes sem impactação, uma intervenção conservadora é recomendada na ausência de sintomas e sinais de lesão.[57]Nielsen SU, Rasmussen M, Hoegberg LC. Ingestion of six cylindrical and four button batteries. Clin Toxicol (Phila). 2010 Jun;48(5):469-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20524831?tool=bestpractice.com [58]Chan YL, Chang SS, Kao KL, et al. Button battery ingestion: an analysis of 25 cases. Chang Gung Med J. 2002 Mar;25(3):169-74. http://cgmj.cgu.edu.tw/2503/250304.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12022737?tool=bestpractice.com A retirada é indicada apenas se dois ou mais ímãs forem ingeridos ao mesmo tempo, se sintomas se desenvolverem ou uma pilha de diâmetro grande (>15 mm) falhar em atravessar o piloro em 4 dias. Todas as outras pilhas além do esôfago podem ser manejadas em casa com dieta e atividade regulares. Se a passagem não for documentada dentro de 10 a 14 dias, radiografias repetidas podem ser realizadas para confirmar a passagem da bateria.[56]National Capital Poison Center. National Capital Poison Center button battery ingestion triage and treatment guideline. Jun 2018 [internet publication]. https://www.poison.org/battery/guideline
pacientes estáveis: corpo estranho no estômago, intestino delgado proximal ou fora do alcance do endoscópio (excluindo múltiplos ímãs e baterias)
vigilância ativa + radiologia
A passagem espontânea sem intervenção (vigilância ativa) e radiografias de acompanhamento seriadas são frequentemente adequadas, uma vez que 80% dos corpos estranhos inseridos ou ingeridos atravessam o trato gastrointestinal sem sintomas e só causam lesões menores nas mucosas.
A decisão de "esperar e ver" dependerá de diversos fatores como idade do paciente, características físicas do objeto, localização e sintomas da obstrução. Esta opção pode ser considerada em crianças com ingestão de moeda única e em adultos com objetos estranhos distais ao esôfago. Esses pacientes podem ser observados (inspeção das fezes ou realização de radiografias seriadas) para determinar se o objeto avançará até o reto.
A vigilância ativa não é adequada para todos os casos. As exclusões incluem pacientes instáveis; aqueles com objetos impactados com complicação de ruptura visceral; objetos no esôfago; ímãs; objetos >6 cm de comprimento ou com diâmetro >2.5 cm, os quais podem ficar presos no piloro; ou objetos maiores que 10 cm no reto.
pacientes estáveis: corpo estranho no estômago, intestino delgado proximal ou fora do alcance do endoscópio, vários ímãs
avaliação cirúrgica de urgência
A ingestão de múltiplos ímãs (ou um único ímã com outros objetos ferrosos) pode causar a atração de alças intestinais adjacentes umas às outras com força significativa, provocando obstrução intestinal, necrose por pressão na parede intestinal causando perfuração ou formação de fístulas.[3]Kramer RE, Lerner DG, Lin T, et al. Management of ingested foreign bodies in children: a clinical report of the NASPGHAN Endoscopy Committee. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2015 Apr;60(4):562-74. https://journals.lww.com/jpgn/Fulltext/2015/04000/Management_of_Ingested_Foreign_Bodies_in_Children_.28.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25611037?tool=bestpractice.com [19]Liu S, Li J, Lv Y. Gastrointestinal damage caused by swallowing multiple magnets. Front Med. 2012 Sep;6(3):280-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22886320?tool=bestpractice.com A recuperação é indicada apenas se dois ou mais ímãs forem ingeridos ao mesmo tempo.
Uma avaliação cirúrgica de urgência para laparotomia exploratória para remover os objetos e reparar qualquer lesão é vital, especialmente se o paciente estiver sintomático ou se radiografias abdominais sequenciais sugerirem que os objetos estão próximos uns dos outros e estáticos.[3]Kramer RE, Lerner DG, Lin T, et al. Management of ingested foreign bodies in children: a clinical report of the NASPGHAN Endoscopy Committee. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2015 Apr;60(4):562-74. https://journals.lww.com/jpgn/Fulltext/2015/04000/Management_of_Ingested_Foreign_Bodies_in_Children_.28.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25611037?tool=bestpractice.com [19]Liu S, Li J, Lv Y. Gastrointestinal damage caused by swallowing multiple magnets. Front Med. 2012 Sep;6(3):280-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22886320?tool=bestpractice.com [54]Bailey JR, Eisner EA, Edmonds EW. Unwitnessed magnet ingestion in a 5 year-old boy leading to bowel perforation after magnetic resonance imaging: case report of a rare but potentially detrimental complication. Patient Saf Surg. 2012 Jul 19;6(1):16. https://pssjournal.biomedcentral.com/articles/10.1186/1754-9493-6-16 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22813210?tool=bestpractice.com
pacientes estáveis: corpo estranho no estômago, intestino delgado proximal ou fora do alcance do endoscópio, baterias
vigilância ativa + radiologia
Para os pacientes em que a pilha está distal ao esôfago, recomenda-se intervenção conservadora na ausência de sintomas e sinais de lesão.[57]Nielsen SU, Rasmussen M, Hoegberg LC. Ingestion of six cylindrical and four button batteries. Clin Toxicol (Phila). 2010 Jun;48(5):469-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20524831?tool=bestpractice.com [58]Chan YL, Chang SS, Kao KL, et al. Button battery ingestion: an analysis of 25 cases. Chang Gung Med J. 2002 Mar;25(3):169-74. http://cgmj.cgu.edu.tw/2503/250304.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12022737?tool=bestpractice.com A recuperação é indicada apenas se os sintomas se desenvolverem ou se uma pilha de grande diâmetro (>15 mm) não passar pelo piloro em 4 dias. Todas as outras pilhas além do esôfago podem ser manejadas em casa com dieta e atividade regulares. Se a passagem não for documentada dentro de 10 a 14 dias, radiografias repetidas podem ser realizadas para confirmar a passagem da bateria.[56]National Capital Poison Center. National Capital Poison Center button battery ingestion triage and treatment guideline. Jun 2018 [internet publication]. https://www.poison.org/battery/guideline
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