Novos tratamentos

Lactobacillus salivarius WB21

Gotículas de óleo contendo Lactobacillus salivarius WB21 foram pesquisadas para melhorar a saúde oral e reduzir a halitose. Um estudo com gotículas de óleo contendo L salivarius WB21 encontrou menores níveis intraorais de bactérias periodontopáticas, mas essa redução pode não estar relacionada a alterações nos compostos voláteis de enxofre (CVEs).[63] Em um ensaio clínico randomizado cruzado, comprimidos contendo L salivarius WB21 reduziram a concentração de CVEs após 14 dias, mas não houve diferenças nos escores dos testes organolépticos entre os períodos do probiótico e do placebo.[64]

Streptococcus salivarius K12

O tratamento primário do mau hálito é a redução das populações de bactérias pelo uso de diversos agentes antimicrobianos ou dispositivos mecânicos. Todavia, as bactérias relacionadas à halitose repovoam rapidamente as superfícies orais após o tratamento. Repopular a superfície da língua com Streptococcus salivarius K12, um probiótico comensal benigno, pode ajudar a manter as melhoras após o tratamento com clorexidina.[65] Em um estudo, crianças com halitose tratadas com uma combinação de higiene bucal convencional, limpeza da língua, clorexidina e S salivarius K12 apresentaram melhora significativa e estável nos escores dos testes organolépticos em até 3 meses de acompanhamento. As crianças tratadas com higiene bucal convencional, limpeza da língua e clorexidina (mas não probióticos) também apresentaram melhora nos escores dos testes organolépticos, mas ela não foi estável ao acompanhamento.[66]

Fotossensibilização letal

A capacidade da irradiação com laser de induzir efeito letal em bactérias orais na presença de um agente fotossensibilizador está bem documentada. Em uma série de casos de 5 adolescentes com halitose, a terapia fotodinâmica com azul de metileno e irradiação com laser de banda vermelha resultou em redução de 31.8% nos CVEs.[67] Nesta era de incidência cada vez maior de resistência a antibióticos, matar bactérias com laser ou energia luminosa na presença de um agente fotossensibilizador poderia se provar uma modalidade de tratamento valiosa.[68]

Chá verde

Muitos alimentos são considerados eficazes no controle da halitose. Descobriu-se que uma catequina do chá, o galato de epigalocatequina (gEGC), suprime o gene mgl que codifica a L-metionina-alfa-deamino-gama-mercaptometanoliase do anaeróbio oral Porphyromonas gingivalis. Além disso, o gEGC é bactericida, e pode, portanto, ser uma forma alimentar de reduzir a halitose causada por bactérias orais.[69] Em um estudo, o chá verde em pó reduziu temporariamente a concentração de CVEs no ar exalado de 15 homens com halitose. Contudo, não foi observada qualquer redução 1, 2 e 3 horas após a administração.[70] Em um estudo cruzado de 54 adultos com halitose, os comprimidos sem açúcar contendo extrato de chá verde foram significativamente mais eficazes que o placebo na redução de CVEs imediatamente e 30 minutos após o consumo do comprimido.[71]

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