Etiologia
A halitose se deve à presença de compostos voláteis e desagradavelmente odoríferos no ar expirado.[1][2][13][14][9] Na maioria dos casos, os compostos odoríferos são produzidos por bactérias que se acumulam nos tratos oral, nasofaríngeo, respiratório e gastrointestinal superior.[15][16][17][18] Compostos voláteis de enxofre (CVEs), diaminas e ácidos graxos de cadeia curta geralmente estão envolvidos.[1][2][13][14][9]
É provável que uma interação complexa de diversas bactérias orais (principalmente flora anaeróbia Gram-negativa) cause a produção de compostos odoríferos.[19][20]
Alguns alimentos (por exemplo, cebola, alho, alimentos temperados, durião), medicamentos com dimetil sulfeto em sua estrutura e, menos frequentemente, alguns transtornos sistêmicos fazem com que agentes odoríferos circulem na corrente sanguínea e sejam exalados no hálito por meio da troca gasosa alveolar (condição também conhecida como halitose hemogênica).[1][2][13][14][9][21][22][23][24]
Doenças sistêmicas incluem:[21][22]
Odor semelhante ao de acetona em diabetes mellitus não controlado (raro em sociedades modernas)
Hálito urêmico na insuficiência renal
Fetor hepaticus na doença hepática
Trimetilaminúria (síndrome do odor de peixe)
Hipermetioninemia.
Fisiopatologia
Halitose fisiológica (hálito matinal)
Esta é uma forma leve de halitose. Ela ocorre comumente ao se acordar como resultado de uma atividade metabólica microbiana aumentada durante o sono devida à redução noturna do fluxo salivar e à ausência noturna de limpeza oral fisiológica (como a movimentação dos músculos faciais e orais).
Halitose patológica de causa oral
Esta forma de halitose persistente se deve à putrefação microbiana de restos de alimentos, células, saliva e sangue que pode ocorrer no dorso posterior da língua saudável ou como consequência de doenças dos tratos oral, nasofaríngeo, respiratório ou gastrointestinal superior.[1][2][13][14][9] Esses transtornos são mais bem classificados como fatores predisponentes/de risco em vez de causas.
Halitose patológica de causa sistêmica
Algumas doenças sistêmicas causam a produção e circulação de agentes odoríferos voláteis que podem ser exalados no hálito por meio da troca gasosa alveolar.[2][9][21][22] Esses sintomas incluem:
Odor semelhante ao de acetona em diabetes mellitus não controlado (raro em sociedades modernas)
Hálito urêmico na insuficiência renal
Fetor hepaticus na doença hepática
Trimetilaminúria (síndrome do odor de peixe)
Hipermetioninemia.
A trimetilaminúria é um transtorno metabólico raro causado por níveis excessivos de trimetilamina no sangue. Ela é excretada nos fluidos corporais e hálito, causando mau hálito e mau cheiro corporal persistente similar ao de peixe podre. O fator causal do excesso de trimetilamina livre é a sobrecarga de substrato ou redução da capacidade enzimática (da flavina mono-oxigenase) como resultado de deficiência hereditária, interação medicamentosa, dano hepático e/ou modulação hormonal.[22]
Classificação
Classificação da halitose
Não existe qualquer classificação formal para a halitose, podendo esta, porém, ser considerada de 2 formas distintas.[1][2]
A primeira forma de classificar a halitose é:
Halitose fisiológica (hálito matinal, halitose matinal)
Halitose patológica de causas orais ou sistêmicas
Pseudo-halitose (incluindo halitofobia).
A segunda forma de classificar a halitose é:
Halitose genuína
Halitose fisiológica (hálito matinal)
Halitose patológica de causas orais (halitose oral) ou sistêmicas (halitose extraoral)
Pseudo-halitose.
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