Diagnósticos diferenciais

comuns

Aneurisma aórtico torácico

História

frequentemente assintomático; pode se manifestar com dorsalgia ou dor torácica; dorsalgia ou dor torácica de início súbito com hipotensão e choque associados pode ser causada pela dissecção ou ruptura de aneurisma; a compressão de estruturas adjacentes pode causar disfagia ou dispneia; o comprometimento vascular pode causar sintomas anginosos, ortopneia e edema periférico; pode haver história de síndrome de Marfan associada

Exame físico

sinais de insuficiência cardíaca (pressão venosa elevada, edema periférico, dificuldade respiratória); sinais de insuficiência aórtica (sopro diastólico, pulso em colapso); sinais de dissecção ou ruptura de aneurisma (hipotensão e choque, pulsos fracos ou desiguais nas extremidades periféricas); sinais associados à síndrome de Marfan (envergadura dos braços excedendo a altura, aracnodactilia, hipermobilidade articular)

Primeira investigação
  • Angiotomografia do tórax:

    detecta aneurisma aórtico torácico e determina seu tamanho, indica se há evidência de dissecção ou ruptura contida

    Mais
Outras investigações
  • radiografia torácica:

    silhueta do mediastino alargada, botão aórtico alargado

    Mais
  • ecocardiografia transesofágica:

    avalia o tamanho e a localização do aneurisma e a presença de dissecção; avalia anormalidades coexistentes da valva aórtica

    Mais
  • RNM:

    detecta aneurisma aórtico torácico e determina seu tamanho; não usado em situações agudas

    Mais

Linfoma não Hodgkin

História

linfonodos aumentados persistentemente, sintomas constitucionais ou sintomas B (febre, erupção cutânea, sudorese noturna e/ou perda de peso)

Exame físico

linfadenopatia em uma ou mais regiões, hepatoesplenomegalia pode estar presente, febre, massa volumosa no mediastino pré-vascular (anterior) com sinais consistentes com síndrome da veia cava superior indicam linfoma de células B primário do mediastino

Primeira investigação
  • biópsia excisional de linfonodo periférico:

    tipo e grau do linfoma não Hodgkin

    Mais
Outras investigações
  • Hemograma completo:

    anemia, pancitopenia

    Mais
  • lactato desidrogenase (LDH):

    elevada; é um sinal de atividade da doença e um marcador de prognóstico

    Mais
  • biópsia da medula óssea:

    células de linfoma podem estar presentes na medula óssea

    Mais
  • TC do pescoço, tórax, abdome e pelve:

    avaliação da extensão da linfadenopatia e estadiamento

    Mais
  • PET-CT com 18F-FDG de pescoço, tórax, abdome e pelve:

    avaliação da extensão da linfadenopatia e estadiamento

  • sorologia do HIV:

    pode ser positiva

    Mais
  • sorologia para hepatite B e C:

    pode ser positiva

    Mais

Câncer metastático

História

história prévia de câncer na presença de nova linfadenopatia deve levantar a suspeita de doença metastática ou recorrente; os pacientes podem se queixar de fadiga, perda de peso e outros sintomas constitucionais

Exame físico

perda de peso, ocasionalmente febre, palidez; outros achados no exame físico variam de acordo com o tipo de câncer

Primeira investigação
  • biópsia:

    identificação de células malignas em linfonodo

    Mais
Outras investigações
  • Hemograma completo:

    anemia pode estar presente em qualquer malignidade; pancitopenia pode indicar infiltração da medula óssea

  • Tomografia computadorizada (TC):

    estadiamento; identificar tumor primário ou outros locais de metástase; os linfonodos podem ter necrose central

  • tomografia por emissão de pósitrons (PET):

    estadiamento; identificar tumor primário ou outros locais de metástase

  • Exame PET com gálio 68:

    estadiamento; identificar tumor neuroendócrino metastático

Timoma

História

os sintomas manifestos dependem da localização, tamanho e velocidade de crescimento do tumor e de síndromes paraneoplásicas; metade dos pacientes com timomas é assintomática; em pacientes sintomáticos, 40% apresentam sintomas miastênicos; as síndromes paraneoplásicas incluem miastenia gravis, encefalite límbica, aplasia pura de série vermelha; os sintomas incluem pressão torácica, rouquidão, dor na parede torácica, disfagia e dispneia relacionada à compressão ou invasão do tumor; as manifestações miastênicas incluem cansaço fácil, ptose, diplopia, disartria; a manifestação de encefalite límbica inclui alterações no humor ou no comportamento, disfunção cognitiva

Exame físico

frequentemente assintomático; compressão das vias aéreas (estridor, inspiração/expiração prolongadas); compressão recorrente do nervo laríngeo (rouquidão); obstrução da veia cava superior (edema facial, veias colaterais, pletora); manifestações miastênicas (cansaço fácil, ptose, diplopia, disartria); encefalite límbica (disfunção cognitiva, crises parciais complexas, hipertermia)

Primeira investigação
  • TC do tórax:

    timo aumentado, frequentemente com bordas bem definidas e preservação dos planos adiposos; pode haver invasão local

    Mais
  • RNM:

    faz distinção entre cistos, neoplasias tímicas e hiperplasia tímica

Outras investigações
  • anticorpo antirreceptor da acetilcolina:

    título elevado (intervalo varia de acordo com o ensaio usado)

    Mais
  • Hemograma completo:

    anemia pode ser resultado de aplasia pura de série vermelha paraneoplásica

  • biópsia:

    necessária somente quando massa mediastinal pré-vascular (anterior) parece infiltrante ou invasiva, o que geralmente requer terapia neoadjuvante; caso a massa seja característica de um timoma ressecável, geralmente evita-se a biópsia pré-operatória

    Mais

Câncer pulmonar

História

pode se apresentar com tosse, dispneia, hemoptise, dor torácica, perda de peso; fadiga, rouquidão, disfagia; suspeita de metástase óssea em caso de dor e/ou fraturas ósseas; suspeita de metástase cerebral em caso de presença de confusão, alterações da personalidade, náuseas e vômitos, cefaleia, convulsões

Exame físico

sibilos, estertores, murmúrios vesiculares diminuídos e macicez à percussão; adenopatia cervical ou supraclavicular, baqueteamento digital, osteoartropatia hipertrófica; na síndrome da veia cava superior (VCS): edema facial, dilatação das veias do pescoço ou da parede torácica/abdominal

Primeira investigação
  • radiografia torácica:

    câncer pulmonar de células não pequenas (CPCNP): variável; pode detectar nódulos pulmonares únicos ou múltiplos, massa, derrame pleural, colapso pulmonar ou plenitude mediastinal ou hilar; câncer pulmonar de células pequenas (CPCP): massa central ou periférica, linfadenopatia hilar, linfadenopatia mediastinal superior, derrame pleural

  • tomografia computadorizada (TC) do tórax:

    CPCNP: mostra o tamanho, a localização e a extensão do tumor primário; avalia a presença de linfadenopatia hilar e/ou mediastinal e de metástases à distância; CPCP: linfadenopatia maciça e invasão mediastinal direta são características comuns do CPCP; determina a extensão da doença

Outras investigações
  • broncoscopia:

    lesões endobrônquicas

  • biópsia:

    células malignas, razão núcleo/citoplasma elevada, fragmentação nuclear frequentemente presente

  • PET-CT com 18F-FDG:

    CPCNP: avalia a localização e a extensão do tumor primário; avalia a presença de linfadenopatia hilar e/ou mediastinal e de metástases à distância

    Mais

Incomuns

Dissecção da aorta

História

dor torácica de início súbito, geralmente descrita como sensação de rasgamento ou rompimento; a dor frequentemente é máxima em seu início e se altera à medida que a dissecção evolui; dor irradiada para o pescoço ou mandíbula pode indicar que a dissecção envolve o arco aórtico e se estende para os grandes vasos do arco; dor sentida na área intraescapular pode indicar que a dissecção envolve a aorta descendente; a dissecção da aorta pode ser indolor em aproximadamente 10% dos pacientes e, principalmente, em pacientes com doença vascular do colágeno

Exame físico

hipertensão pode resultar de um pico de catecolamina ou de hipertensão essencial subjacente; hipotensão pode ser o resultado de tônus vagal excessivo, tamponamento cardíaco ou hipovolemia pela ruptura da dissecção; ocorrem deficits neurológicos em 20% dos casos; os achados neurológicos mais comuns são síncope e estado mental alterado; dispneia pode ser causada por insuficiência cardíaca congestiva ou compressão traqueal ou brônquica; novo sopro diastólico por insuficiência aórtica; pulsos e medições da pressão arterial assimétricos

Primeira investigação
  • TC do tórax com captação de contraste:

    detecta dissecção da aorta e determina seu tamanho

    Mais
  • ecocardiografia transesofágica:

    diagnóstico de dissecção da aorta e avalia anormalidades da valva aórtica

    Mais
Outras investigações
  • radiografia torácica:

    silhueta do mediastino alargada, botão aórtico alargado, deslocamento de calcificação da íntima da aorta

    Mais
  • angiografia:

    dissecção da aorta e anormalidades vasculares associadas

    Mais
  • RNM:

    detecta o tamanho e a localização do aneurisma da aorta torácica

    Mais

Linfoma de Hodgkin

História

linfonodos aumentados persistentemente, sintomas constitucionais ou sintomas B (febre, sudorese noturna e/ou perda de peso)

Exame físico

linfadenopatia em uma ou mais regiões, pode estar presente hepatoesplenomegalia, febre

Primeira investigação
  • biópsia excisional de linfonodos periféricos:

    tipo de linfoma de Hodgkin

    Mais
Outras investigações
  • Hemograma completo:

    anemia ou pancitopenia pode estar presente

    Mais
  • lactato desidrogenase (LDH):

    elevada; é um sinal de atividade da doença e um marcador de prognóstico

  • TC do pescoço, tórax, abdome e pelve:

    avaliação da extensão da linfadenopatia e estadiamento

    Mais
  • tomografia computadorizada por emissão de pósitrons (PET-CT) de pescoço, tórax, abdome e pelve:

    avaliação da extensão da linfadenopatia e estadiamento

  • biópsia da medula óssea:

    células de linfoma podem estar presentes na medula óssea

    Mais

Tumor mediastinal de células germinativas: seminoma

História

os sintomas manifestos dependem da localização do tumor, da velocidade de crescimento e do tamanho; seminomas tendem a crescer lentamente e a metastatizar mais tardiamente que não seminomas e podem atingir um tamanho maior na apresentação; os sintomas incluem pressão torácica, rouquidão, dor na parede torácica, disfagia e dispneia; ocorrem em pessoas entre 20 e 40 anos, com predominância no sexo masculino

Exame físico

frequentemente assintomático; a compressão das vias aéreas pode se manifestar com estridor e inspiração/expiração prolongadas; compressão recorrente do nervo laríngeo pode se manifestar com rouquidão; obstrução da veia cava superior pode se manifestar com edema facial, veias colaterais, pletora; o exame dos testículos pode revelar massa testicular

Primeira investigação
  • TC do tórax, abdome e pelve:

    massa volumosa, localmente invasiva; bordas irregulares; podem ser observadas metástases pulmonares e intratorácicas

    Mais
Outras investigações
  • biópsia:

    tipo e grau do seminoma

    Mais
  • beta-hCG sérica:

    pode estar elevada

    Mais
  • alfafetoproteína sérica:

    negativa; se estiver elevada, indica a presença de componentes não seminomatosos

  • ultrassonografia de testículos:

    neoplasias testiculares podem aparecer como lesões hipoecoicas bem definidas ou como lesões heterogêneas com calcificações, áreas císticas e margens pouco distintas

    Mais

Tumor mediastinal de células germinativas: não seminoma

História

os pacientes frequentemente têm sintomas na apresentação; os sintomas incluem pressão no tórax, rouquidão, dor na parede torácica, disfagia e dispneia; os sintomas constitucionais incluem febre, calafrios e perda de peso

Exame físico

sinais de compressão das vias aéreas (estridor e inspiração/expiração prolongadas); sinais de compressão recorrente do nervo laríngeo (rouquidão); sinais de obstrução da veia cava superior (edema facial, veias colaterais, pletora); o exame dos testículos pode revelar massa testicular; ginecomastia

Primeira investigação
  • TC do tórax, abdome e pelve:

    grande massa heterogênea lobulada com uma cápsula fina, pode conter áreas de hemorragia e necrose; comumente observada invasão de gordura mediastinal; podem ser observadas metástases pulmonares e intratorácicas

Outras investigações
  • biópsia:

    depende do tipo e grau do seminoma

    Mais
  • gonadotropina coriônica humana subunidade beta (beta-hCG):

    pode estar elevada

    Mais
  • alfafetoproteína:

    elevado

    Mais
  • ultrassonografia de testículos:

    neoplasias testiculares podem aparecer como lesões hipoecoicas bem definidas ou como lesões heterogêneas com calcificações, áreas císticas e margens pouco distintas

    Mais

Carcinoma tímico

História

a maioria dos pacientes é sintomática na apresentação; os sintomas podem incluir pressão no tórax, rouquidão, dor na parede torácica, disfagia e dispneia; pode haver sintomas de metástases tumorais, como dor óssea ou linfadenopatia; podem existir sintomas constitucionais, como febre, perda de peso ou sudorese; sintomas paraneoplásicos são incomuns

Exame físico

sinais de compressão de vias aéreas (estridor, inspiração/expiração prolongadas); sinal de compressão recorrente do nervo laríngeo (rouquidão); sinais de obstrução da veia cava superior (edema facial, veias colaterais, pletora)

Primeira investigação
  • TC do tórax, abdome e pelve:

    massa mediastinal invasiva e mal definida com obliteração no plano adiposo mediastinal; invasão vascular, linfadenopatia e metástases extratímicas são comuns; pode conter também calcificação e necrose

    Mais
Outras investigações
  • biópsia:

    depende do tipo e grau do timoma

    Mais
  • Hemograma completo:

    anemia pode ser resultado de aplasia pura de série vermelha paraneoplásica

Tumores de traqueia primários

História

a obstrução traqueal acarreta dispneia, tosse e estridor (pode ser erroneamente diagnosticada como asma em crianças); pode não ocorrer desconforto respiratório agudo até que a traqueia esteja quase completamente obstruída; pode ocorrer hemoptise

Exame físico

a obstrução traqueal causa desconforto respiratório, tosse, sibilância e estridor

Primeira investigação
  • TC do tórax com captação de contraste:

    os tumores frequentemente são pequenos, sólidos e localizados no interior do lúmen traqueal; pode ocorrer invasão extratraqueal

    Mais
Outras investigações
  • broncoscopia:

    avalia a localização e extensão do tumor, fornece acesso para biópsia tumoral

    Mais
  • teste de função pulmonar:

    achatamento das alças inspiratória e expiratória na curva de fluxo-volume

  • biópsia:

    os resultados dependem do tipo e grau do tumor

    Mais

Tumor neurogênico

História

sem predileção por sexo; ocorre comumente em adultos jovens; assintomático na maioria dos adultos, mas somente em 20% das crianças; as crianças comumente apresentam sintomas respiratórios, como dispneia e tosse; se estiver associado à neurofibromatose, estarão presentes múltiplos neuromas cutâneos; dependendo do tamanho e da localização, os tumores podem acarretar compressão da medula espinhal, dor, dormência, fraqueza e atrofia muscular

Exame físico

hipertensão e/ou taquicardia podem ser sinais de tumor secretor de catecolaminas; a tríade clássica de feocromocitoma pode se apresentar com cefaleia, sudorese e taquicardia; a compressão das vias aéreas pode se manifestar com estridor e inspiração/expiração prolongadas; compressão recorrente do nervo laríngeo pode se manifestar com rouquidão; obstrução da veia cava superior pode se manifestar com edema facial, veias colaterais, pletora

Primeira investigação
  • TC do tórax com captação de contraste:

    quase sempre localizado no mediastino paravertebral (posterior) ao longo do sulco costovertebral; massa redonda ou em formato de fuso ou haltere; invasão espinhal ou extensão do canal vertebral; pode haver calcificação intratumoral

    Mais
Outras investigações
  • cintilografia com metaiodobenzilguanidina (MIBG):

    define a extensão e identifica outras áreas de comprometimento de um tumor secretor de catecolaminas

    Mais
  • metanefrinas livres no plasma (também conhecidas como metadrenalinas) ou metanefrinas fracionadas em urina de 24 horas (também conhecidas como metadrenalinas) e normetanefrinas (também conhecidas como normetadrenalinas):

    níveis elevados corroboram o diagnóstico de tumor secretor de catecolaminas

    Mais
  • biópsia:

    os resultados dependem do tipo e grau do tumor neurogênico

    Mais

Neoplasia de tireoide

História

os pacientes frequentemente têm bócio comprovado; pode ocorrer extensão subesternal com dispneia ao esforço, dispneia posicional, estridor, sibilância ou tosse

Exame físico

nódulos solitários frequentemente indolores; presença de bócio (80% a 90% dos pacientes com bócios subesternais têm um bócio visível); hipertensão e taquicardia podem ser sinais de tireotoxicose ou feocromocitoma; extensão subesternal é sugerida pela incapacidade de identificar o polo inferior da glândula tireoide; pode ocorrer compressão das vias aéreas com estridor, inspiração/expiração prolongadas; desvio da traqueia se o bócio for assimétrico; presença do sinal de Pemberton (estase jugular e rubor facial quando os braços são mantidos na posição vertical acima da cabeça - manobra de Pemberton)

Primeira investigação
  • tomografia computadorizada (TC) do tórax e do pescoço sem captação de contraste:

    determina a extensão e o tamanho da massa tireoidiana

    Mais
Outras investigações
  • hormônio estimulante da tireoide:

    geralmente elevado se hipotireóideo, normal se eutireóideo ou suprimido se hipertireóideo

  • níveis de tireoglobulina e de anticorpo antitireoglobulina:

    podem estar elevados em câncer de tireoide, mas não no câncer medular de tireoide

    Mais
  • nível de calcitonina:

    pode estar elevado em câncer medular de tireoide

    Mais
  • cintilografia da tireoide com iodo radioativo:

    um nódulo "frio" pode ser indicativo de neoplasia de tireoide

    Mais
  • ressonância nuclear magnética (RNM) do pescoço e tórax:

    avalia a relação da massa com as estruturas vasculares

    Mais
  • biópsia:

    o resultado depende do tipo e grau do tumor de tireoide

    Mais

Bócio subesternal

História

história de bócio comprovado; dispneia ao esforço ou posicional; estridor ou sibilância; tosse; sintomas de hipertireoidismo (intolerância ao calor, perda de peso, insônia)

Exame físico

80% a 90% dos pacientes com bócios subesternais têm um bócio visível; extensão subesternal sugerida pela incapacidade de identificar o polo inferior da glândula tireoide; pode ocorrer compressão das vias aéreas com estridor, inspiração/expiração prolongadas; sinais de tireotoxicose (perda de peso, hipertensão e taquicardia); desvio da traqueia se o bócio for assimétrico, presença do sinal de Pemberton (estase jugular e rubor facial quando os braços são mantidos na posição vertical acima da cabeça - manobra de Pemberton)

Primeira investigação
  • tomografia computadorizada (TC) do tórax e do pescoço sem captação de contraste:

    determina a extensão e o tamanho da tireoide

    Mais
Outras investigações
  • hormônio estimulante da tireoide:

    geralmente elevado se hipotireóideo, normal se eutireóideo ou suprimido se hipertireóideo

  • ressonância nuclear magnética (RNM) do pescoço e tórax:

    avalia a relação da massa com as estruturas vasculares

    Mais

Leucemia linfocítica aguda (LLA)

História

fadiga, dispneia, tontura, sangramento, hematomas frequentes e infecções recorrentes

Exame físico

palidez e equimoses e, raramente, linfadenopatia e hepatoesplenomegalia

Primeira investigação
  • Hemograma completo:

    anemia, leucocitose, leucopenia e/ou trombocitopenia

Outras investigações
  • biópsia da medula óssea:

    hipercelularidade da medula óssea e infiltração por linfoblastos leucêmicos

  • estudos moleculares:

    para detectar anormalidades genéticas associadas à LLA

    Mais
  • mediastinoscopia e biópsia:

    realizadas caso exames de sangue periférico e medula óssea não forneçam diagnóstico

Leucemia linfocítica crônica

História

idade >60 anos; frequentemente assintomática e detectada como um achado incidental em exames de sangue por outro motivo; sintomas B: febre, calafrios, sudorese noturna, perda de peso e fadiga

Exame físico

linfadenopatia periférica indolor, esplenomegalia

Primeira investigação
  • Hemograma completo:

    contagem leucocitária elevada com linfocitose absoluta >5000/microlitro; anemia e trombocitopenia podem estar presentes

  • esfregaço:

    presença de manchas de Gumprecht

    Mais
Outras investigações
  • citometria de fluxo em sangue periférico:

    CD5, CD19 e CD23 positivos

    Mais
  • biópsia da medula óssea:

    mais de 30% das células são linfócitos

  • mediastinoscopia e biópsia:

    realizadas caso exames de sangue periférico e medula óssea não forneçam diagnóstico ou caso haja suspeita de que a linfadenopatia mediastinal seja um processo diferente

Cisto pericárdico

História

cistos de parede fina que surgem do pericárdio; quase sempre assintomáticos e identificados incidentalmente; sinais de insuficiência cardíaca congestiva (dispneia, edema, fadiga e palpitações)

Exame físico

pode ocorrer comprometimento hemodinâmico, dependendo do tamanho e da localização da lesão; sinais de insuficiência cardíaca congestiva (edema, pressão venosa jugular elevada); arritmia (fibrilação atrial) também pode estar presente

Primeira investigação
  • TC do tórax com captação de contraste:

    massas homogêneas, bem definidas, de paredes finas e sem realce; a atenuação é próxima à da densidade da água

    Mais
Outras investigações
  • RNM:

    os cistos apresentam baixa intensidade de sinal nas imagens ponderadas em T1 e alta intensidade de sinal nas imagens ponderadas em T2

    Mais

Cisto broncogênico

História

ocorre tanto em adultos como em crianças, sem predileção por sexo; pode ser assintomático e identificado incidentalmente; dor torácica e disfagia são os sintomas manifestos mais comuns; considere cisto broncogênico em pacientes com infecções pulmonares recorrentes

Exame físico

sinais de comprometimento das vias aéreas (tosse, sibilância, dispneia e desconforto respiratório); sinais de infecção (febre, escarro purulento, tosse)

Primeira investigação
  • radiografia torácica:

    massa redonda bem definida, frequentemente localizada nas proximidades da carina; pode haver nível hidroaéreo

    Mais
Outras investigações
  • TC do tórax com captação de contraste:

    massas homogêneas bem definidas, de paredes finas e sem realce; o cisto pode conter sangue, pus ou secreções; calcificações podem estar presentes

    Mais

Cisto esofágico (inclui cisto de duplicação esofágica)

História

quase sempre assintomático e identificado incidentalmente; frequentemente presente durante a infância; podem estar presentes preenchimento ou constrição torácica e disfagia

Exame físico

quase sempre assintomático

Primeira investigação
  • TC do tórax com captação de contraste:

    massas homogêneas bem definidas, sem realce

    Mais
Outras investigações
  • esofagografia baritada:

    demonstra a presença de comunicação entre o cisto e o lúmen do esôfago

    Mais
  • endoscopia e ultrassonografia endoscópica (USE):

    identifica um cisto de duplicação esofágica como uma massa submucosa protuberante coberta por epitélio normal; a USE faz a diferenciação entre uma massa intramural ou extramural e delineia a relação do cisto com as estruturas adjacentes

    Mais

Tumor mediastinal de células germinativas: teratoma maduro

História

frequentemente assintomático e é um achado incidental; os sintomas manifestos dependem da localização e tamanho do tumor; os sintomas incluem pressão torácica, rouquidão, dor na parede torácica, disfagia e dispneia; pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais comum em crianças ou adultos jovens, sem predileção de sexo

Exame físico

frequentemente assintomático; compressão de vias aéreas (estridor, inspiração/expiração prolongadas); compressão recorrente do nervo laríngeo (rouquidão); obstrução da veia cava superior (edema facial, veias colaterais, pletora)

Primeira investigação
  • TC do tórax, abdome e pelve:

    a massa pode ser sólida ou cística; bem delineada pelo tecido adjacente; pode ser observado um nível líquido-gorduroso ou massa adiposa com calcificação globular; o tumor pode apresentar uma cápsula calcificada e ocasionalmente contém dentes

    Mais
Outras investigações
  • biópsia:

    depende do tipo e grau do teratoma

    Mais
  • beta-hCG sérica:

    negativo

    Mais
  • alfafetoproteína sérica:

    negativo

    Mais

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