Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

episódio inicial

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1ª linha – 

supressão de medicamentos antipsicóticos

Se houver suspeita de síndrome neuroléptica maligna (SNM), os antagonistas dopaminérgicos e os antipsicóticos devem ser suprimidos, e os agonistas dopaminérgicos devem ser restabelecidos ou continuados. Pode haver a necessidade de suprimir outros medicamentos potencialmente agravantes (por exemplo, lítio).[3][9]

Se os sintomas psiquiátricos do paciente exigirem a retomada do medicamento antipsicótico, aconselha-se aguardar pelo menos 2 semanas após a resolução completa do episódio de SNM.[52]

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associado a – 

terapia de suporte

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A maioria dos pacientes está desidratada na fase aguda da doença; portanto, a administração de fluidos e o monitoramento e a correção de anormalidades eletrolíticas são essenciais. No caso de ocorrência de rabdomiólise, recomenda-se uma hidratação vigorosa com fluidoterapia intravenosa para prevenir uma lesão renal aguda.

A hipertermia pode ser tratada com medidas físicas de resfriamento; antipiréticos como o paracetamol e o ibuprofeno não parecem ser eficazes na SNM.

Os pacientes com disfagia podem requerer uma sonda nasogástrica para a administração de fluidos, nutrição e terapia farmacológica.[3]

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Considerar – 

terapia farmacológica

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Não há evidências suficientes que indiquem se os tratamentos farmacológicos melhoram os sintomas ou a recuperação. Não há recomendações específicas sobre a sequência ou a preferência de um medicamento em detrimento de outro, exceto que os benzodiazepínicos são geralmente preferidos como um tratamento de primeira linha devido ao seu baixo risco em comparação à bromocriptina e ao dantroleno.

Benzodiazepínicos: lorazepam por via oral ou por via intravenosa pode ser útil no tratamento da agitação e catatonia associadas à SNM. Ele também funciona como um relaxante muscular. Os efeitos adversos incluem depressão respiratória e/ou o agravamento do delirium.[2]

Relaxantes musculares: o dantroleno administrado por via oral ou por via intravenosa pode auxiliar na resolução da rigidez muscular e da hipertermia associadas à SNM.[48] Entretanto, alguns estudos mostram que a combinação de dantroleno com outros medicamentos para o tratamento da SNM está associada ao retardo da recuperação clínica; portanto, seu uso é algo controverso.[38][53]

Agentes dopaminérgicos: a bromocriptina e a amantadina são especialmente úteis se a SNM foi causada pela supressão de medicamentos antiparkinsonianos. Elas são administradas por via oral ou por uma sonda nasogástrica em pacientes com disfagia.[2][3][18] Entretanto, assim como o dantroleno, as evidências sobre um efeito benéfico na SNM são equívocas, e o seu uso também é controverso.[38][53]

O dantroleno, a bromocriptina e a amantadina são frequentemente usados no tratamento da SNM, apesar das evidências limitadas sobre sua efetividade.[1][37][38] Uma análise sistemática de série de casos sugere que dantroleno e bromocriptina podem ser mais eficazes no tratamento da SNM grave que os cuidados de suporte isolados.[54]

Recomenda-se cautela no uso de medicamentos em associação à SNM. Tendo como base vários relatos anedóticos, aconselha-se, em geral, a continuação do tratamento com esses medicamentos até que o episódio da SNM remita, e possivelmente por mais tempo (por exemplo, 7-10 dias adicionais), já que a SNM pode retornar se os tratamentos eficazes forem interrompidos precocemente.

Opções primárias

lorazepam: 1-4 mg por via oral/intravenosa em dose única

Opções secundárias

dantroleno: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

bromocriptina: 2.5 a 5 mg por via oral três vezes ao dia

ou

amantadina: 200-400 mg/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas

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Considerar – 

eletroconvulsoterapia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Relatos de casos e uma análise sistemática de série de casos sugerem que a eletroconvulsoterapia (ECT) pode ser eficaz no tratamento da SNM (principalmente se for grave), mesmo após o insucesso da farmacoterapia.[54][55][56][57][58] A ECT é considerada potencialmente útil em casos mais extremos de SNM, mas, muitas vezes, é inviável.

CONTÍNUA

recidiva

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1ª linha – 

repetição de tratamento

A recorrência da SNM é manejada da mesma maneira que a apresentação inicial, com a supressão de medicamentos antipsicóticos, terapia de suporte e uso adjuvante de tratamentos farmacológicos.

A recorrência da SNM é menos provável se o tratamento com antipsicóticos for iniciado 2 ou mais semanas após a remissão da doença. Na prática, isso pode ser difícil e requer extrema diligência e consulta à opinião de colegas. Recomenda-se vigilância em todas as tentativas de inserção de medicamentos antipsicóticos subsequentes.

Cerca de 2 semanas após a remissão da SNM, o tratamento com um antipsicótico (não o mesmo que causou a SNM) deve ser iniciado em uma dose baixa e gradualmente ajustado em um ambiente monitorado para a avaliação de sinais de recorrência.[1][52] Alguns especialistas recomendam um agente de segunda geração, com risco mais baixo de efeitos adversos extrapiramidais, em vez de medicamentos antipsicóticos de primeira geração. No entanto, não há consenso quanto a isso, pois nenhum medicamento antipsicótico demonstrou ter mais ou menos risco que outro.

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