História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Fatores de risco fortemente associados à cegueira noturna incluem retinite pigmentosa, cegueira noturna congênita estacionária e deficiência de vitamina A (retinol).[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Retinite pigmentosa observada em fundoscopiaFornecido por Hugh Harris, Sunderland Eye Infirmary, Reino Unido; usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@5bedc5da

história familiar de perda da visão

Condições retinianas hereditárias devem sempre ser consideradas em pacientes que se queixem de cegueira noturna, especialmente se houver história familiar de queixas similares.[4]

Incomuns

história médica pregressa de deficiência de vitamina A (retinol) ou malignidade

Xeroftalmia refere-se ao espectro das manifestações oculares devido à deficiência de vitamina A (retinol). Manifestações oculares comuns de deficiência de vitamina A (retinol) incluem xerose conjuntival, manchas de Bitot, ulceração da córnea e ceratomalacia; as formas mais graves de ceratomalacia incluem edema da córnea e derretimento (melting) da córnea. O fundo xeroftálmico pode apresentar lesões pequenas, brancas e profundas na retina em todo o polo posterior.[25]

Geralmente, a cegueira noturna é a primeira manifestação clínica da xeroftalmia e é sensível e específica para níveis baixos de retinol.[10]

A xeroftalmia é mais comum em países de baixos recursos devido à ingestão inadequada de vitamina A (retinol), com taxas de mortalidade particularmente altas em crianças desnutridas.[11][12]

As condições que podem causar deficiência de vitamina A (retinol) incluem fibrose cística, insuficiência pancreática, doença de Crohn e cirurgia gástrica prévia.[2] Certos medicamentos, particularmente os derivados do ácido retinoico, também podem causar deficiência sintomática de vitamina A (retinol).[13]

Uma história de malignidade, particularmente melanoma cutâneo maligno, também deve ser determinada.

Outros fatores diagnósticos

comuns

acuidade visual reduzida em luz fraca

A acuidade visual deve ser verificada usando a tabela de Snellen. O nível de acuidade pode variar dependendo da causa subjacente e da extensão da doença retiniana ou coroidal.

respostas pupilares variáveis (dependendo da causa subjacente)

O exame das pupilas é parte importante do exame oftalmológico e não deve ser esquecido. Verifique as respostas pupilares em pacientes que se queixam de distúrbios visuais. No entanto, como os reflexos pupilares variam de acordo com a condição e o nível de gravidade, não é possível especificar as respostas esperadas.

atenuação vascular retiniana

O exame do fundo do olho pode mostrar estreitamento das arteríolas retinianas. Esse achado ocorre em diversas condições que causam cegueira noturna.[3][5]

perda de campo visual

Constrição dos campos visuais periféricos no teste confrontacional pode estar presente em pacientes que se queixem de cegueira noturna.[3]

degeneração coriorretiniana periférica

O exame do fundo do olho pode revelar mudanças periféricas retinianas ou coroidais, encontradas em condições hereditárias que causam cegueira noturna.[3]

Incomuns

história de medicamentos que interferem no metabolismo da vitamina A (retinol)

Medicamentos que interferem no metabolismo da vitamina A (retinol; por exemplo, derivados do ácido retinoico) podem causar cegueira noturna.

Fatores de risco

Fortes

retinite pigmentosa

Uma doença da retina hereditária, a retinite pigmentosa também pode ocorrer como parte de síndromes sistêmicas, inclusive a síndrome de Bassen-Kornzweig e a doença de Refsum.[6]​​ A retinite pigmentosa pode ser hereditária com caráter autossômico dominante, autossômico recessivo ou ligado ao cromossomo X.[7]​ O teste genético pode ser oferecido a pacientes para o planejamento familiar.

Dependendo da característica hereditária, os pacientes podem apresentar cegueira noturna em diferentes idades.[3]​ Modificações alimentares, como a redução da ingestão de ácido fitânico na retinite pigmentosa, podem desacelerar a progressão da doença sistêmica e retiniana observada nessas síndromes.[8]

cegueira noturna congênita estacionária

A cegueira noturna congênita estacionária é uma doença não progressiva. Consiste em um grupo de transtornos hereditários que se apresentam na infância e são caracterizados por visão noturna debilitada.[6]​ Os pacientes podem apresentar cegueira noturna, nistagmo, visão normal ou visão prejudicada (até mesmo 20/200). O fundo de olho pode parecer normal ou anormal, e o diagnóstico geralmente é confirmado por teste genético e eletrorretinografia.[9]

deficiência de vitamina A (retinol)

​Xeroftalmia refere-se ao espectro das manifestações oculares devido à deficiência de vitamina A (retinol). Geralmente, a cegueira noturna é a primeira manifestação clínica da xeroftalmia e é sensível e específica para níveis baixos de retinol.[10]​ A xeroftalmia é mais comum em países de baixos recursos devido à ingestão alimentar inadequada de vitamina A (retinol) e está associada a taxas de mortalidade mais altas em crianças desnutridas.[11][12]​​​

As condições que podem causar deficiência de vitamina A (retinol) incluem fibrose cística, insuficiência pancreática, doença de Crohn e cirurgia gástrica prévia.[2] Certos medicamentos, particularmente os derivados do ácido retinoico, também podem causar deficiência sintomática de vitamina A (retinol).[13] Consulte Prevenção primária.

Fracos

retinopatia associada ao câncer

Uma doença autoimune rara associada a vários cânceres, mas principalmente ao câncer pulmonar de células pequenas. Os pacientes podem se apresentar com fenômenos visuais variados (por exemplo, flashes ou escotomas), inclusive cegueira noturna.[5]

retinopatia associada ao melanoma

Essa condição pode se apresentar com cegueira noturna em pacientes com história de melanoma cutâneo maligno.[14]

atrofia girata

Uma condição autossômica recessiva na qual uma atrofia coriorretiniana externa progressiva reduz a visão noturna e evolui para cegueira. Ocorre hiperornitinemia nesses pacientes, embora o mecanismo exato da atrofia coriorretiniana não seja totalmente compreendido.[15] Uma dieta restrita em arginina e tratamento com piridoxina (vitamina B6) podem ajudar a retardar a evolução da doença.[8]

coroideremia

Essa condição recessiva ligada ao cromossomo X pode se apresentar com diversos sintomas visuais, inclusive cegueira noturna.[16][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Coroideremia observada em fundoscopiaFornecido por Hugh Harris, Sunderland Eye Infirmary, Reino Unido; usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@6b72ad54

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