Epidemiologia

A incidência da síndrome da lise tumoral (SLT) é desconhecida, pois ela não foi avaliada ou documentada com precisão na maioria dos tipos de tumor.

A SLT é mais prevalente em malignidades hematológicas com altas taxas de proliferação, carga tumoral e quimiossensibilidade (por exemplo, leucemia linfoide aguda e linfoma de Burkitt).[1][8] Homens e mulheres de qualquer faixa etária ou etnia podem ser afetados. A idade avançada pode aumentar o risco de evoluir para SLT em razão da menor taxa de filtração glomerular e da presença de doenças comórbidas.[9]

Um estudo retrospectivo (433 adultos, 322 crianças) relatou uma incidência de SLT de 6.1% no linfoma não Hodgkin (LNH), 5.2% na leucemia linfoide aguda e 3.4% na leucemia mieloide aguda.[10] Em outro estudo (1791 pacientes pediátricos com LNH), 4.4% (78 pacientes) desenvolveram SLT; a maior proporção ocorreu em pacientes com leucemia linfoide aguda de células B (26.4%) e linfoma de Burkitt em estádio avançado (14.9%).[11] A SLT ocorre com menos frequência no mieloma múltiplo e na neoplasia hematológica indolente, leucemia linfocítica crônica.[4][5][6][7][12][13]

A prevalência da SLT laboratorial e clínica é variável. Em um estudo com 102 pacientes com LNH de grau intermediário ou alto, 42% desenvolveram SLT laboratorial e 6% desenvolveram SLT clínica.[14] Em um estudo com 772 pacientes com leucemia mieloide aguda tratados com quimioterapia de indução, 12% desenvolveram SLT laboratorial e 5% desenvolveram SLT clínica.[9]

Há relatos de SLT em tumores sólidos (não hematológicos), como câncer de células renais, câncer de mama, câncer pulmonar de células pequenas, câncer de testículo e neuroblastoma, mas são incomuns.[15][16][17] No entanto, com avanços no tratamento do câncer e a crescente disponibilidade de terapias altamente eficazes (por exemplo, agentes direcionados), é provável que a incidência de SLT aumente em todas as neoplasias malignas, inclusive em tumores sólidos.[8][18][19][20]

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