Critérios
Estratificação de risco para SLT[35][41]
Os pacientes podem ser categorizados como de baixo, intermediário ou alto risco, dependendo do tipo de neoplasia maligna, sensibilidade ao tratamento (do tumor), estádio da doença, contagem leucocitária, carga tumoral (volume), nível de lactato desidrogenase (LDH) e insuficiência renal/anomalia renal preexistente.
Dentre os pacientes de baixo risco estão os com:
Tumores sólidos, exceto tumores sólidos raros que são quimiossensíveis (por exemplo, neuroblastoma, tumores de células germinativas, câncer pulmonar de células pequenas) ou outros com doença volumosa ou avançada
Leucemia mieloide crônica: fase crônica
Leucemia linfocítica crônica quando tratada exclusivamente com agentes alquilantes
Mieloma múltiplo
Linfoma de Hodgkin
Leucemia mieloide aguda com contagem leucocitária <25 × 10⁹/L (<25.000/microlitro) e LDH <2 vezes o limite superior do normal (LSN)
Linfoma não Hodgkin indolente/pouco proliferativo (por exemplo, linfoma linfocítico de pequenas células, linfoma folicular, linfoma de células B de zona marginal, linfoma de MALT, linfoma de células do manto [não blastoide], linfoma cutâneo de células T e linfoma anaplásico de grandes células [adultos]).
Pacientes com doença de baixo risco que apresentam disfunção/comprometimento renal devem ser categorizados como risco intermediário.[35]
Dentre os pacientes de risco intermediário estão os com:
Tumores sólidos raros que são quimiossensíveis (por exemplo, neuroblastoma, tumores de células germinativas, câncer pulmonar de células pequenas) ou outros com doença volumosa ou em estádio avançado
Linfoma de Burkitt em estádio inicial com LDH <2 vezes o LSN
Linfoma linfoblástico em estádio inicial com LDH <2 vezes o LSN
Leucemia linfoide aguda com contagem leucocitária <100 × 10⁹/L (<100,000/microlitro) e LDH <2 vezes o LSN
Leucemia mieloide aguda com contagem leucocitária ≥25 × 10⁹/L (≥25,000/microlitro) a <100 × 10⁹/L (<100,000/microlitro), ou contagem leucocitária <25 × 10⁹/L (<25,000/microlitro) e LDH ≥2 vezes o LSN
Leucemia linfocítica crônica com contagem leucocitária ≥50 × 10⁹/L (≥50.000/microlitro) e/ou tratada com fludarabina ou agentes direcionados (por exemplo, rituximabe, lenalidomida, obinutuzumabe, venetoclax)
Pacientes com doença de risco intermediário que apresentam disfunção/comprometimento renal ou níveis de ácido úrico, potássio e/ou fosfato acima da faixa normal devem ser classificados como de alto risco.[35]
Dentre os pacientes de alto risco estão os com:
Certos linfomas não Hodgkin de alto grau (por exemplo, linfoma de Burkitt em estádio avançado ou linfoma linfoblástico) e linfoma não Hodgkin volumoso de alto grau (por exemplo, linfoma difuso de grandes células B)
Leucemia linfoblástica aguda com contagem leucocitária ≥100 × 10⁹/L (≥100,000/microlitro), ou contagem leucocitária <100 × 10⁹/L (<100,000/microlitro) e LDH ≥2 vezes o LSN
Leucemia mieloide aguda com contagem leucocitária ≥100 × 10⁹/L (≥100,000/microlitro)
Leucemia linfocítica crônica tratada com venetoclax se houver uma alta carga tumoral (linfonodo ≥10 cm ou linfonodo ≥5 cm e contagem absoluta de linfócitos [ALC] ≥25,000/microlitro]) ou uma carga tumoral média (linfonodo de 5 cm a <10 cm; ou ALC ≥25 × 10⁹/L [≥25,000/microlitro]) naqueles com clearance da creatinina <1.34 mL/s (<80 mL/min)
Cairo and Bishop grading classification for TLS (2004)[2]
Grau 0
Sem SLT laboratorial; creatinina ≤1.5 vez o LSN; sem manifestações clínicas.
Grau 1
SLT laboratorial; creatinina 1.5 vez o LSN; arritmia cardíaca, mas intervenção médica não indicada; sem atividade de convulsão.
Grau 2
SLT laboratorial; creatinina >1.5 a 3.0 vezes o LSN; arritmia cardíaca que requer intervenção médica não urgente; uma convulsão generalizada breve, ou convulsões bem controladas com anticonvulsivantes, ou convulsões focais motoras infrequentes que não interferem nas atividades da vida diária.
Grau 3
SLT laboratorial; creatinina >3 a 6 vezes o LSN, arritmias cardíacas sintomáticas e não controláveis completamente por medicamentos ou que exigem um dispositivo (por exemplo, desfibrilador); atividade convulsiva com alteração do nível de consciência ou transtorno convulsivo malcontrolado com surto de convulsões generalizadas.
Grau 4
SLT laboratorial; creatinina >6 vezes o LSN; arritmia com risco de vida associada com insuficiência cardíaca, hipotensão, síncope ou choque; atividade convulsiva prolongada, repetitiva ou difícil de controlar.
Grau 5
SLT laboratorial e morte.
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