Prognóstico

O prognóstico para infecções por Vibrio não colérico varia de acordo com a comorbidade subjacente e com o quadro clínico da infecção.

Gastroenterite associada a Vibrio parahaemolyticus

Em pessoas sem nenhuma comorbidade subjacente, geralmente é uma doença diarreica autolimitada que dura de 1 a 7 dias.[17]​​[67]​​

Infecção de tecido mole por Vibrio alginolyticus

Geralmente é uma infecção cutânea autolimitada que ocasionalmente requer um ciclo curto de antibioticoterapia oral.[35][68]​​​

Infecção por Vibrio vulnificus

A septicemia primária tem uma taxa de letalidade maior (28%) que infecção por ferida (8%). Pontuações na Avaliação de Fisiologia Aguda e Doença Crônica II (APACHE II) superiores a 15 na admissão estão correlacionados a taxas de mortalidade >50%.[69] De forma similar, o Rapid Emergency Medicine Score (REMS) de 8 ou mais foi significativamente associado com risco de mortalidade elevado.[70] Um atraso na apresentação do incidente e atendimento mais de 3 dias após a lesão ou o início dos sintomas é um preditor de índice de mortalidade elevada (13% se 3 dias ou menos versus 55.6% se mais de 3 dias).[71]

Choque séptico com infecção necrosante de tecidos moles tem uma taxa de mortalidade estimada de 23% em comparação com 4.9% nos pacientes submetidos a fasciotomia precoce e sem choque.[60]

A internação hospitalar pode ser complicada por permanência prolongada na unidade de terapia intensiva (UTI), vários procedimentos cirúrgicos para desbridamento do tecido desvitalizado e possível amputação do membro.

Hipoalbuminemia <20 g/L (<2 g/dL) está estatisticamente correlacionada ao desfecho de morte ou grande amputação.[61] Pacientes internados na unidade de terapia intensiva com fasciite ou celulite necrosante, envolvimento da pele ou de tecidos moles de 2 ou mais membros ou altos escores de APACHE II têm significativo risco de mortalidade.[62]

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