Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

doença leve

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1ª linha – 

antibioticoterapia por via oral + terapia de suporte

O tratamento efetivo da leptospirose envolve uma combinação de antibioticoterapia e terapia de suporte adequada para os pacientes com danos orgânicos.

Geralmente se aceita que a antibioticoterapia deve ser iniciada assim que possível, preferencialmente nos primeiros 5 dias do aparecimento dos sintomas. O antibiótico oral recomendado para adultos e crianças com leptospirose leve é a doxiciclina (não recomendada em crianças de 8 anos ou menos), com a ampicilina, a azitromicina ou a amoxicilina como agentes alternativos de primeira linha.[50]

Os pacientes devem ser monitorados cuidadosamente quanto às reações adversas, incluindo reação de Jarisch-Herxheimer, que pode ser fatal.[76]

O tipo e o grau das medidas de suporte exigidas em pacientes com leptospirose são altamente variáveis e são avaliados individualmente de acordo com o órgão comprometido. Os pacientes devem ser monitorados quanto a alterações consistentes com depleção de volume e hemorragia. Os médicos devem corrigir a coagulopatia e os distúrbios eletrolíticos e assegurar a hidratação adequada.

Ciclo do tratamento antibiótico: 7 dias (exceto azitromicina, para a qual o ciclo do tratamento é de 3 dias em adultos, e ainda não foi estabelecido para as crianças).

Opções primárias

doxiciclina: crianças > 8 anos de idade: 2-4 mg/kg/dia por via oral administrados em doses fracionadas a cada 12 horas, máximo de 200 mg/dia; adultos: 100 mg por via oral a cada 12 horas

ou

azitromicina: crianças: 10 mg/kg (máximo de 500 mg) por via oral uma vez ao dia no dia 1, seguido de 5 mg/kg (máximo 250 mg) uma vez ao dia; adultos: 1000 mg por via oral uma vez ao dia no dia 1, seguido de 500 mg uma vez ao dia por 2 dias

ou

ampicilina: crianças: 100-200 mg/kg/dia por via oral administrados em doses fracionadas a cada 6 horas, máximo de 3000 mg/dia; adultos: 500-750 mg por via oral a cada 6 horas

ou

amoxicilina: crianças: 20-50 mg/kg/dia por via oral administrados em doses fracionadas a cada 8-12 horas; adultos: 500 mg por via oral a cada 8-12 horas

doença moderada a grave

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1ª linha – 

antibioticoterapia por via intravenosa + terapia de suporte

O tratamento efetivo da leptospirose envolve uma combinação de antibioticoterapia e terapia de suporte adequada para os pacientes com danos orgânicos.

Geralmente se aceita que a antibioticoterapia deve ser iniciada assim que possível, preferencialmente nos primeiros 5 dias do aparecimento dos sintomas. A benzilpenicilina é recomendada em adultos e crianças como tratamento de primeira linha, com a ceftriaxona ou a cefotaxima como agentes de primeira linha alternativos.[50][74][75][78][79]​ Adultos com alergia a penicilinas e/ou cefalosporinas devem ser tratados com azitromicina (a formulação intravenosa não é recomendada para menores de 16 anos de idade) ou doxiciclina. As crianças com tal alergia devem ser tratadas com doxiciclina.[75] A doxiciclina e outros antibióticos de tetraciclina podem causar descoloração permanente dos dentes ou hipoplasia do esmalte, e não são recomendados em crianças de até 8 anos de idade. No entanto, seu uso nesse grupo de pacientes pode ser considerado caso a caso na leptospirose grave, na qual o médico deve avaliar os benefícios e riscos de tal tratamento. A eritromicina é uma alternativa possível e pode ser dada a crianças com menos de 8 anos de idade.

Os pacientes devem ser monitorados cuidadosamente quanto às reações adversas, incluindo reação de Jarisch-Herxheimer, que pode ser fatal.[76]

O tipo e o grau das medidas de suporte exigidas em pacientes com leptospirose são altamente variáveis e são avaliados individualmente de acordo com o órgão envolvido. Os pacientes devem ser monitorados quanto a alterações consistentes com depleção de volume e hemorragia. Os médicos devem corrigir a coagulopatia e os distúrbios eletrolíticos e assegurar a hidratação adequada.

Ciclo do tratamento com antibiótico: 7 dias.

Opções primárias

benzilpenicilina sódica: crianças: 100 mg/kg/dia por via intravenosa, administrados em doses fracionadas a cada 6 horas; adultos: 2.4 a 4.8 g/dia por via intravenosa, administrados em doses fracionadas a cada 6 horas

ou

ceftriaxona: crianças: 80-100 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12-24 horas; máximo de 4000 mg/dia; adultos: 1-2 g por via intravenosa a cada 12-24 horas

ou

cefotaxima: crianças >1 mês de idade: 150-200 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 6-8 horas; adultos: 1 g por via intravenosa a cada 6 horas

Opções secundárias

doxiciclina: crianças >8 anos de idade: 2-4 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas; máximo de 200 mg/dia; adultos: 100 mg por via intravenosa a cada 12 horas

ou

azitromicina: crianças ≥16 anos de idade e adultos: 500 mg por via intravenosa no dia 1, seguidos por 250 mg a cada 24 horas

ou

eritromicina: crianças: 15-50 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 6 horas, máximo de 4000 mg/dia; adultos: 500-1000 mg por via intravenosa a cada 6 horas

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associado a – 

monitorização cardíaca e manejo da arritmia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A monitorização cardíaca é recomendada para a identificação imediata de arritmias após irritabilidade cardíaca.

As arritmias cardíacas devem ser manejadas de acordo com diretrizes reconhecidas, como as do American College of Cardiology (ACC), American Heart Association (AHA) e European Society of Cardiology (ESC).

Pode ocorrer morte secundária a arritmias ou insuficiência cardíaca.

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Considerar – 

ventilação mecânica ± metilprednisolona intravenosa

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A doença grave está associada à fase imune e pode se manifestar com insuficiência renal ou hepática e/ou hemorragias pulmonares. Tais manifestações são tratadas com terapia de suporte padrão de acordo com a apresentação.

Os pacientes com envolvimento pulmonar, com ou sem hemorragia, podem exigir intubação e ventilação mecânica.

A metilprednisolona intravenosa foi usada com sucesso em pacientes com leptospirose pulmonar, mas uma revisão sistemática constatou que as evidências são limitadas; são necessários ensaios adicionais para determinar se corticosteroides devem ser administrados de maneira rotineira a pacientes com leptospirose grave e comprometimento pulmonar.[80][81]

Opções primárias

metilprednisolona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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Considerar – 

diálise aguda

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A doença grave está associada à fase imune e pode se manifestar com insuficiência renal ou hepática e/ou hemorragias pulmonares (síndrome de Weil). Tais manifestações são tratadas com terapia de suporte padrão de acordo com a apresentação.

Os pacientes com insuficiência renal aguda podem exigir diálise aguda na doença grave, levando em consideração os sintomas de sobrecarga hídrica, acidose e hipercalemia. A decisão deve ser tomada caso a caso.

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Considerar – 

monitorização da disfunção hepática e cuidados de suporte

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A doença grave está associada à fase imune e pode se manifestar com insuficiência renal, insuficiência hepática e/ou hemorragias pulmonares (síndrome de Weil). Tais manifestações são tratadas com terapia de suporte padrão de acordo com a apresentação.

Os pacientes com insuficiência hepática geralmente requerem somente antibioticoterapia intravenosa e cuidados de suporte.

A insuficiência hepática que se manifesta na leptospirose é reversível, e geralmente não é causa de óbito.

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