Prevenção primária

A infecção é comumente transmitida das fezes humanas para o meio ambiente, retornando ao ser humano via contato cutâneo com solo contaminado. A infecção direta entre seres humanos pode ocorrer, mas somente por contato direto com fezes humanas que contenham larvas filariformes infecciosas. A prevenção primária da infecção inclui o uso de sapatos nas áreas endêmicas; no entanto, isso pode não ser uma opção em áreas onde o uso de sapatos não é culturalmente aceito.[1] Sistemas de esgotos sanitários adequados para descartar as fezes humanas infectadas vão reduzir as taxas de transmissão. Os profissionais de saúde que podem entrar em contato com as fezes de um paciente hospitalizado com estrongiloidíase devem usar luvas e aventais e adotar as técnicas adequadas de lavagem das mãos.[1]

Intervenções na água, saneamento e higiene (WASH) podem resultar em uma leve redução de qualquer infecção por helmintos transmitidos pelo solo. No entanto, as evidências foram muito incertas para espécies individuais de vermes, e há pouquíssimos dados disponíveis sobre a infecção por Strongyloides.[25]

Desde 1999, o albendazol em dose única tem sido administrado como terapia pré-embarque em refugiados que migram para os EUA. A política de administração de albendazol a refugiados antes da saída do país de origem tem resultado em menores taxas de Strongyloides detectáveis em refugiados recém-chegados.[26] O albendazol reduz a carga de Strongyloides, tornando mais difícil a detecção de larvas no exame de ovos e parasitas nas fezes, mas o albendazol em dose única não erradica a estrongiloidíase. Desde 2008, a orientação dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA inclui uma recomendação de ivermectina por 2 dias para refugiados, exceto aqueles procedentes de países com Loa loa endêmica na África, uma vez que a destruição maciça resultante de microfilárias de Loa loa pode resultar em febre e encefalite.[27][28][29][30] Refugiados da África Subsaariana também recebem praziquantel para terapia contra esquistossomose.

CDC: guidelines for overseas presumptive treatment of strongyloidiasis, schistosomiasis, and soil-transmitted helminth infections Opens in new window

Prevenção secundária

Aconselha-se o rastreamento ou o tratamento empírico de familiares com exposição semelhante ao risco. O tratamento empírico de adultos provavelmente é preferível em razão da probabilidade relativamente alta de exposição mútua e infecção crônica, bem como da dificuldade de detecção. Para crianças, a preferência seria o rastreamento para excluir eosinofilia e parasitas nas fezes. As crianças apresentam níveis de eosinófilos maiores que os adultos quando infectadas com Strongyloides. Assim, a detecção é mais fácil.[11]

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