Complicações
Embora a maioria das pessoas infectadas com febre amarela sofra apenas de uma enfermidade infecciosa leve e não avance para o período de intoxicação, até 50% dos residentes de áreas endêmicass que desenvolvem manifestações hemorrágicas e doença hepatorrenal acabam por falecer após uma média de 7 a 10 dias vítimas de insuficiência de múltiplos órgãos, apesar do manejo com terapia intensiva.[1][2]
Pacientes não vacinados previamente que viajam para áreas endêmicas têm mais chances de falecer, e as taxas de letalidade daqueles que evoluem para o período de intoxicação pode chegar a 89%.[1]
De 15% a 25% dos pacientes desenvolvem algum grau de disfunção hepatorrenal possivelmente desencadeada por uma desregulação significativa das citocinas causada por efeitos citotóxicos virais que resultam em coagulação intravascular disseminada, anoxia tecidual, oligúria e choque.[2]
O grau de transaminite se correlaciona com o prognóstico.
É comum na fase tóxica da doença e caracterizada por petéquias, equimoses, ou sangramento evidente das gengivas, nariz, mucosas ou locais de flebotomia.
É comum na fase tóxica e, em geral, altamente refratária a fluidos e ao suporte com vasopressores.
Na fase tóxica, foram descritos coma, estupor e delirium agitado. Isso parece fazer parte da exacerbação das citocinas e não uma indicação de uma encefalite viral verdadeira.
Indica atividade citolítica na fase tóxica. O monitoramento em terapia intensiva, acompanhado de cuidados de suporte é a base da terapia nessa fase.
Indica colapso circulatório e desregulação autonômica. O monitoramento em terapia intensiva, acompanhado de cuidados de suporte é a base da terapia nessa fase.
É uma complicação rara na fase tóxica. O monitoramento em cuidados intensivos, acompanhado de cuidados de suporte é a base da terapia nessa fase.
Mimetiza a fase tóxica da doença natural. Uma complicação extremamente rara (<1:1,000,000), mas potencialmente fatal, e que tem sido mais relatada nos últimos anos. Está associada à idade avançada e à imunodeficiência.[43][44]
Há um risco teórico de aumento de eventos adversos relacionados à vacina em pacientes com ausência genética ou induzida por terapia (ou seja, terapia com inibidor de CCR5, como maraviroc) de receptores da quimiocina CCR5.
Uma complicação incomum (1:58,000), provavelmente decorrente da intolerância à gelatina da vacina.[43]
Embora a síndrome hepatorrenal tóxica seja geralmente reversível em pacientes que sobrevivem, em casos raros, a acidose tubular renal induzida pela hipotensão pode resultar em insuficiência renal dependente de hemodiálise.
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