História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os principais fatores de risco incluem etnia nativo-americana, hispânica, brasileira ou do leste da Ásia; certas síndromes genéticas; e história de cirurgia ou trauma ocular.
visão turva
A acuidade visual pode estar aceitável mesmo com astigmatismo de baixo grau, devido a acomodação constante. No entanto, com astigmatismo de alto grau, a visão geralmente é muito prejudicada e às vezes não pode voltar ao normal, mesmo com a correção apropriada.
Outros fatores diagnósticos
comuns
astenopia (fadiga visual)
Cefaleias frontais e temporais, lacrimejamento e fadiga ocular são comuns em pessoas com astigmatismo. Isso provavelmente ocorre devido à constante necessidade de acomodação na tentativa de obter uma visão mais clara. Até mesmo astigmatismo de baixo grau pode causar astenopia.
Incomuns
reflexo retiniano distorcido
Um reflexo de movimento em tesoura ou distorcido de outra forma na retinoscopia é um sinal precoce de astigmatismo de alto poder ou ceratocone. É possível ver esse reflexo distorcido até mesmo através de uma pupila não dilatada, embora ele seja mais visível com uma pupila dilatada.[36]
sinal de Munson
No ceratocone avançado, devido à configuração cônica da córnea, a pálpebra inferior é projetada ao se olhar para baixo.[36]
Fatores de risco
Fortes
Etnia asiática, hispânica, índio norte-americano, afro-americana ou indígena brasileira
Vários estudos relataram aumento do risco de astigmatismo entre crianças hispânicas, afro-americanas e asiáticas.[10][11] A prevalência de astigmatismo nos povos asiáticos é relativamente alta, possivelmente devido ao maior fechamento das pálpebras e das aberturas palpebrais mais estreitas que ocorrem na população asiática.[2]
Um estudo de coorte prospectivo indicou que 19.3% das crianças de Singapura tinham astigmatismo com potência de cilindro ≥1 dioptria.[12] Foi encontrada uma prevalência de 21.1% em crianças chinesas na pré-escola, e a avaliação de acompanhamento em um subconjunto dessas crianças mostrou que uma porcentagem significativa delas tinha astigmatismo estável e até mesmo maior.[13] Os índios norte-americanos têm uma prevalência aumentada de altos níveis de astigmatismo (>1 dioptria), possivelmente devido a fatores hereditários e nutricionais.
Foi relatado que o astigmatismo é um erro de refração prevalente em indígenas brasileiros e em outras populações brasileiras.[14][15][16]
cirurgia ou trauma ocular
síndromes genéticas
Sabe-se que várias síndromes genéticas estão associadas com uma prevalência aumentada de astigmatismo, inclusive síndrome de Down e síndrome de Treacher-Collins.
Acredita-se que a alta prevalência de astigmatismo nesses pacientes seja resultado do formato característico das pálpebras nessas doenças, que exercem pressão na córnea.[19][20]
patologias da pálpebra
Distorção corneana e astigmatismo podem estar relacionados a certas patologias da pálpebra, como calázio, hemangiomas, cirurgias da pálpebra ou ptose. Isso ocorre por meio da pressão da pálpebra na córnea.[21]
Fracos
história familiar positiva
Estudos sobre os fatores genéticos do astigmatismo apresentam resultados controversos. Um estudo comparando gêmeos monozigóticos e dizigóticos demonstrou que a contribuição genética para o astigmatismo é baixa.[17] Estudos subsequentes realizados no norte da Europa revelaram que a correlação em gêmeos monozigóticos para o astigmatismo é maior do que em gêmeos dizigóticos, sugerindo um efeito genético significativo.[18][25]
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