Novos tratamentos

Tapinarof

O tapinarof, um agonista do receptor aril-hidrocarboneto (AhR) tópico de molécula pequena, é o primeiro tratamento tópico com uma nova entidade química (sem corticosteroide) a ser aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA em 25 anos para adultos com psoríase em placas de qualquer gravidade. Dois ensaios clínicos randomizados e controlados de fase 3 idênticos demonstraram que o tapinarof reduziu significativamente a gravidade da psoríase em placas, em comparação com o veículo, em pacientes com psoríase em placas leve a grave a 12 semanas.[118] Os pacientes que completaram o ensaio de 12 semanas foram elegíveis para serem incluídos em um estudo aberto de fase 3 de 40 semanas com um acompanhamento de 4 semanas.[119] O estudo relatou que 41% dos pacientes alcançaram a eliminação completa da doença (escore da avaliação global pelo médico [PGA] 0) e que 58% dos pacientes que entraram no estudo com PGA ≥2 alcançaram PGA de 0 ou 1. A duração média da remissão para os pacientes que atingiram PGA 0 foi de 130 dias. Os efeitos adversos mais frequentes foram foliculite, dermatite de contato e infecção do trato respiratório superior.[119]

Tofacitinibe

O tofacitinibe, um inibidor de janus quinases, está aprovado para uso em pacientes com artrite psoriática e foi avaliado em ensaios clínicos randomizados e controlados de fase 3 realizados com pacientes com psoríase em placas crônica moderada a grave.[120][121][122] Revisões sistemáticas concluíram que o tofacitinibe é eficaz para reduzir os sinais e sintomas da psoríase em placas.[123][124] O tofacitinibe pareceu estar associado ao aumento do risco de infecção (incluindo infecções graves e herpes-zóster) em alguns estudos.[120][122][123] 

Deucravacitinibe

O deucravacitinibe, um inibidor oral seletivo de tirosina quinase 2 (TYK2), o primeiro de sua classe, foi aprovado pela FDA para tratar a psoríase em placas moderada a grave em adultos. O deucravacitinibe melhorou a eliminação da psoríase em comparação com placebo em dois ensaios clínicos de fase 3, randomizados, controlados e duplo-cegos em pacientes com psoríase em placas moderada a grave a 16 e a 24 semanas.[125][126] A eficácia continuou a melhorar após 24 semanas, com 82% dos pacientes que atingiram o escore do Índice de Intensidade e de Área da Psoríase (PASI) de 75 com o deucravacitinibe na semana 24 mantendo sua resposta na semana 52 no primeiro estudo.[125] O segundo dos dois ensaios clínicos de fase 3 incluiu uma suspensão e retratamento randomizados após a semana 24, 80% dos pacientes que mantiveram o deucravacitinibe mantiveram a resposta no PASI de 75 em comparação com 31% dos pacientes que tiveram o tratamento suspenso.[126] Os resultados dos ensaios clínicos foram limitados pela falta de diversidade cultural, outros ensaios clínicos de fase 3 estão em andamento.[127]

Bimekizumabe

O bimekizumabe, um anticorpo monoclonal do tipo imunoglobulina G1 que inibe seletivamente a interleucina (IL)-17F em associação com a IL-17A e a IL-17AF, está aprovado na Europa para o tratamento da psoríase em placas moderada a grave em adultos candidatos a terapia sistêmica. A FDA está atualmente analisando um pedido de aprovação. Em pacientes com psoríase moderada a grave, o tratamento com bimekizumabe resultou em maior limpeza da pele que o tratamento com secuquinumabe ao longo de 16 e 48 semanas; o bimekizumabe foi associado a candidíase oral.[128] Um estudo sobre o perfil de segurança em 2 anos do bimequizumabe relatou que o tratamento foi bem tolerado, sem aumento dos efeitos adversos com maior duração do tratamento para os pacientes com psoríase em placas, salvo um aumento do risco de candidíase oral leve a moderada.[129] 

Spesolimabe

O spesolimabe, um anticorpo monoclonal que inibe a ativação do receptor de interleucina-36 (IL-36R), é o primeiro tratamento aprovado pela FDA especificamente para tratar exacerbações de psoríase pustulosa generalizada (PPG) em adultos. A aprovação é baseada nos resultados de um ensaio clínico randomizado e controlado de fase 2 que demonstrou que o espesolimabe aumentou significativamente a eliminação das lesões em uma semana em comparação com o placebo em pacientes com PPG.[130] Ocorreram infecções em 47% dos pacientes tratados com espesolimabe a 12 semanas, e anticorpos antimedicamentos foram detectados em 46% dos pacientes tratados com espesolimabe. Ensaios clínicos mais longos e maiores são necessários para identificar a eficácia e os riscos do tratamento com espesolimabe.[130] 

Roflumilaste

O roflumilaste, um inibidor tópico da fosfodiesterase tipo 4 (PDE-4), está aprovado pela FDA para o tratamento da psoríase em placas. Um ensaio clínico de fase 2b, randomizado, controlado e duplo-cego demonstrou que o roflumilaste melhorou significativamente a eliminação da doença a 6 semanas, em comparação com o veículo, em pacientes com psoríase em placas.[131] Mais ensaios clínicos são necessários.

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