Prevenção primária

Embora a transmissão por fômites (ou seja, um objeto inanimado que pode portar organismos infecciosos) seja relativamente insignificante, pode-se tentar a prevenção primária ao ensinar as crianças a evitar o uso de escovas, pentes e chapéus pertencentes a outras pessoas. Os pais devem relutar em instruir seus filhos a "nunca chegar perto" das outras pessoas.

Existe alguma controvérsia quanto ao fato de ser adequado ou não que as enfermeiras das escolas rotineiramente examinem as cabeças das crianças no ambiente escolar. Não existem estudos que comprovem a eficácia dessa abordagem. Demoraria muito para a enfermeira realizar essa tarefa na escola. Parece mais adequado que as enfermeiras das escolas alertem os pais dos alunos se houver um número significativo de casos de piolhos de cabeça em um ambiente em particular, informem aos pais quanto às formas apropriadas de diagnosticar e tratar as infestações de piolhos e estejam disponíveis para aconselhar os pais que tiverem perguntas específicas. Em virtude da prevalência de piolhos de cabeça em crianças pequenas em idade escolar, seus pais devem assumir que seu filho pode estar exposto a qualquer instante. A verificação rotineira semanal quanto à existência de piolhos de cabeça pode ajudar o diagnóstico precoce, facilitar o tratamento e prevenir a disseminação excessiva.[6][27][28]

Os pais das crianças em idade escolar muitas vezes são solicitados a fazer o rastreamento de piolhos de cabeça dos filhos assintomáticos se estes tiverem sido expostos ou tido contato próximo com alguém infestado. As circunstâncias podem incluir exposição na sala de aula, no acampamento ou em uma festa do pijama ocorrida no mês anterior. Os pais devem ser instruídos sobre como procurar piolhos vivos de maneira efetiva. Alternativamente, os pais de crianças pequenas em idade escolar poderiam supor que a exposição pode ocorrer a qualquer momento e fazer o rastreamento de piolhos nos filhos semanalmente, usando a mesma técnica efetiva (pente fino no cabelo úmido).[9][29][30]

Prevenção secundária

Infestações de piolhos de cabeça são quase impossíveis de evitar. Uma vez que o contato de uma cabeça com outra é o principal modo de disseminação, o contato próximo com outras pessoas pode ser desestimulado, mas provavelmente não pode ser eliminado. Na melhor hipótese, as crianças podem ser instruídas a evitar compartilhar objetos de cuidados com o cabelo e chapéus de pano (os piolhos não conseguem aderir a superfícies lisas, como plástico). A disseminação das infestações pode diminuir pela detecção precoce de novos casos e pelo tratamento imediato com produtos ou métodos efetivos e seguros. A detecção precoce pode ser obtida da melhor forma por meio do rastreamento semanal em casa pelos pais das crianças que apresentam risco mais elevado (crianças de 3 a 12 anos que frequentam a escola). Os pais devem ser incentivados a verificar seus filhos por meio do pente fino no cabelo úmido antes e depois de festas de pijama, incluindo experiências de acampamento. As enfermeiras das escolas podem ajudar com a detecção de casos de crianças sintomáticas. Se houver uma incidência excepcionalmente elevada de infestação de piolhos em uma sala de aula específica, as enfermeiras das escolas podem ajudar com achados de casos adicionais. Não há dados convincentes que demonstrem que políticas de exclusão impostas sejam efetivas na redução da transmissão de piolhos e as políticas de "sem lêndeas" são desestimuladas por organizações como a National Association of School Nurses e a American Academy of Pediatrics.[9][29][95] As escolas e as autoridades de saúde podem ajudar na detecção e no tratamento adequado de infestações de piolhos de cabeça por meio da disponibilização de materiais educativos e políticas apropriadas, se necessário.

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