Investigações
Primeiras investigações a serem solicitadas
ultrassonografia uterina com análise com dopplerfluxometria colorida
Exame
A ultrassonografia pode ser transabdominal, transvaginal, translabial ou transperineal.[37] O American College of Radiology e o American College of Obstetricians and Gynecologists recomendam a ultrassonografia transabdominal como procedimento inicial preferencial para o diagnóstico da PP, salientando que a abordagem transvaginal pode ser usada se o exame transabdominal for inconclusivo ou inadequado.[37][38] Entretanto, a Society of Obstetricians and Gynaecologists of Canada, o Royal College of Obstetricians and Gynaecologists e a Society for Maternal-Fetal Medicine recomendam a ultrassonografia transvaginal como procedimento inicial, afirmando ser ela mais precisa para o diagnóstico da PP, com uma sensibilidade de 88% e uma especificidade de 99%.[1][2][5]
Não há indicações definidas para o uso da ultrassonografia translabial ou transperineal, embora o exame transperineal possa ser útil na presença de membranas protuberantes ou rompidas.[37]
Se houver suspeita de PP, deve-se fazer um encaminhamento para uma ultrassonografia com dopplerfluxometria para rastrear a presença do espectro da placenta acreta.[4][36][41][48][49][50][51][52][53]
A alfafetoproteína (AFP) é geralmente oferecida rotineiramente como parte de teste triplo ou quádruplo para rastreamento de defeitos do tubo neural e outras anormalidades congênitas. Se uma PP no segundo ou terceiro trimestre é diagnosticada na mulher com um nível de AFP anormal, o índice de suspeita de placentação invasiva deve ser elevado e uma ultrassonografia deve ser considerada.[47]
Caso não seja possível descartar confiavelmente o espectro da placenta acreta na ultrassonografia, deve-se realizar uma RNM da placenta.[2][4][41]
Resultado
posição da placenta; variável
Hemograma completo
Exame
A hemoglobina geralmente diminui na gestação e os valores normais variam com a idade gestacional (podendo ser de apenas 100 g/L [10 mg/dL] no meio da gestação). A deficiência de ferro (e, em alguns grupos genéticos, talassemia) comumente coexiste com a gestação e pode acarretar um nível de hemoglobina ainda mais baixo.
As mulheres com sangramento significativo podem apresentar hemoglobina <100 g/L (<10 mg/dL).
Acompanhe com hemogramas completos em série (a frequência depende do grau de sangramento).
Resultado
no sangramento agudo, hemoglobina baixa para os valores normais de gestação
tipagem sanguínea e prova cruzada
Exame
Realize a tipagem sanguínea, o rastreamento e a prova cruzada de, pelo menos, 4 unidades de eritrócitos concentrados (e informe o serviço de transfusão sobre a possibilidade da necessidade de transfusão maciça).
Resultado
preparação para transfusão/cirurgia
Investigações a serem consideradas
ressonância nuclear magnética (RNM) da placenta
Exame
Deve ser solicitada caso não seja possível descartar confiavelmente um espectro da placenta acreta ou o descolamento placentário na ultrassonografia.[2][41][54]
A RNM também é útil na avaliação de uma placenta posterior.[40][41][42]
Resultado
posição da placenta e grau de invasão do útero; variável
razão normalizada internacional/tempo de tromboplastina parcial (INR/TTP), fibrinogênio e produtos de degradação do fibrinogênio
Exame
Solicitados se houver evidências de coagulação intravascular disseminada (CIVD) (como petéquias, equimose, gangrena, desorientação mental, hipóxia, hipotensão ou hemorragia digestiva).
Resultado
anormal se a coagulopatia intravascular disseminada (CIVD) estiver presente: INR/TTP e produtos de decomposição do fibrinogênio elevados; fibrinogênio reduzido
teste de Kleihauer-Betke
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