Caso clínico

Caso clínico

Um homem de 28 anos sem história médica prévia apresenta tosse, rouquidão, leve dispneia e cefaleia 1 hora após escapar de um incêndio em seu edifício. Ele exala um odor de fumaça. Seus sinais vitais estão bons para uma frequência respiratória de 24 respirações por minuto, mas a oximetria de pulso revela saturação de 99% em ar ambiente. Ocasionalmente, o paciente expectora pequenas quantidades de expectoração preta. Ele não apresenta queimaduras faciais, mas as mucosas orais e nasais parecem vermelhas e levemente edemaciadas. Nota-se um ocasional estridor, mas o pulmão está limpo na ausculta. Há uma queimadura de segundo grau na mão e no antebraço direito. O paciente se queixa de cefaleia e tontura, mas o exame neurológico não apresenta nada digno de nota.

Outras apresentações

A maioria dos pacientes com lesões por inalação apresenta sintomas respiratórios após uma evidente exposição térmica ou química nociva. No entanto, o uso rotineiro de certos produtos químicos em espaços não ventilados pode irritar as vias aéreas e induzir a sintomas respiratórios. Como a exposição nesses casos não é notável, o paciente não a relata, e a lesão por inalação pode passar despercebida. De forma similar, a intoxicação por monóxido de carbono, quando não associada a uma exposição dramática, como um incêndio, pode ser difícil de diagnosticar em razão do complexo de sintomas inespecíficos (cefaleia, tontura, náusea).

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