Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

reação anafilática

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manejo das vias aéreas e oxigênio

O manejo das vias aéreas e a oxigenação prevalecem sobre todos os demais aspectos de manejo.

Pode haver necessidade de intubação endotraqueal em casos graves de obstrução das vias aéreas superiores.

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adrenalina

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A administração de adrenalina por injeção intramuscular na parte lateral da coxa é o tratamento de primeira escolha para diversos sintomas sistêmicos significativos.

Quaisquer sintomas de anafilaxia, como reação sistêmica de prurido, eritema, urticária e angioedema isolados, e outros sintomas sistêmicos incluindo sintomas que não comprometem órgãos vitais, devem ser tratados imediatamente conforme for necessário com doses adequadas de adrenalina intramuscular com vistas a prevenir a ocorrência de uma anafilaxia mais grave.[76][77]

Quando houver confusão, síncope, hipotensão e choque, é necessário deitar a pessoa com as pernas elevadas.

Opções primárias

adrenalina: crianças: 0.01 mg/kg (solução 1:1000) por via intramuscular a cada 5 minutos; adultos: 0.3 a 0.5 mg (solução 1:1000) por via intramuscular a cada 10-15 minutos

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fluidoterapia intravenosa

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

É necessário acesso venoso adequado para permitir a ressuscitação fluídica de alto volume (por exemplo, solução de Ringer lactato ou soro fisiológico isotônico) e administração de medicamentos em bolus intravenoso.

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corticosteroides

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O uso de corticosteroides para limitar a anafilaxia bifásica é controverso; faltam evidências para dar suporte a seu uso.[78]​​[79]

Opções primárias

metilprednisolona: crianças e adultos: 1-2 mg/kg/dia por via intravenosa

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vasopressor

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Podem ser necessários vasopressores para tratar a hipotensão persistente associada à anafilaxia.[79]​ Busque aconselhamento de especialistas em cuidados intensivos.

Consulte um especialista para obter orientação quanto à escolha do esquema e da dose.

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glucagon

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Usado em pacientes tratados com betabloqueadores e não responsivos à adrenalina.[79]

Acredita-se que o glucagon reverta a hipotensão refratária e o broncoespasmo mediante ativação da adenilato ciclase independente do receptor beta; no entanto, a ocorrência e a importância desse mecanismo de ação na anafilaxia não são comprovadas.

Deve-se garantir a proteção das vias aéreas, pois o glucagon frequentemente causa êmese.[80]

Opções primárias

glucagon: siga as diretrizes do protocolo local para dosagem

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Considerar – 

atropina

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Bloqueia a ação da acetilcolina nos receptores parassimpáticos do músculo liso, das glândulas secretoras e do sistema nervoso central; aumenta o débito cardíaco, seca as secreções.

A atropina reverte os efeitos muscarínicos da intoxicação colinérgica. O principal objetivo no caso de intoxicação colinérgica é a reversão da broncorreia e da broncoconstrição.

A atropina não tem qualquer efeito sobre os receptores nicotínicos responsáveis pela fraqueza muscular, fasciculação e paralisia.

Em pacientes com anafilaxia, pode ser usada para tratar a bradicardia sintomática.[79]

Opções primárias

atropina: crianças: 0.02 mg/kg por via intravenosa a cada 5 minutos quando necessário, máximo de 1 mg/dose total; adultos: 0.5 a 1 mg por via intravenosa a cada 5 minutos quando necessário, máximo de 2 mg/dose total

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ressuscitação cardiopulmonar

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Em caso de parada cardiopulmonar durante a anafilaxia, recomenda-se dose alta de adrenalina e esforços prolongados de ressuscitação, caso necessário.[78]

sintomas cutâneos

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anti-histamínico + antagonista H2

A difenidramina, um anti-histamínico, compete com a histamina por locais com receptores H1 nas células efetoras do trato gastrointestinal, vasos sanguíneos e trato respiratório. Os anti-histamínicos orais podem não ser efetivos nas reações alérgicas mais graves, pois possuem uma ação relativamente mais lenta, aliviando sobretudo os sintomas cutâneos, e não os problemas cardiorrespiratórios que fazem da anafilaxia uma emergência com risco de vida.[78]

Os antagonistas H2 (por exemplo, a cimetidina) atuam inibindo competitivamente a histamina nos receptores H2 das células parietais gástricas, o que inibe a secreção do ácido gástrico e reduz o volume gástrico e a concentração de íons de hidrogênio. Eles não afetam a secreção de pepsina, do fator intrínseco estimulado por pentagastrina ou da gastrina sérica.

Tratamento com combinação de um anti-histamínico H1 e um antagonista H2 é mais efetivo na diminuição das manifestações cutâneas da anafilaxia que tratamento com anti-histamínicos isoladamente.[80]

Opções primárias

difenidramina: crianças: 5 mg/kg/dia por via oral/intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 6-8 horas, máximo de 300 mg/dia; adultos: 25-50 mg por via oral/intravenosa a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 400 mg/dia

e

cimetidina: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 300 mg por via intravenosa em dose única

broncoespasmo

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broncodilatador

Broncodilatadores são efetivos em caso de sibilância, podendo ser administrados nebulizados com oxigênio suplementar, caso necessário.[79]

Relaxam o músculo liso brônquico mediante ação nos receptores β2 com pouco efeito na frequência cardíaca.

Para fins de diferenciação entre reações locais e sistêmicas, anafilaxia é definida aqui como reação alérgica aguda, grave e com risco de vida em indivíduos pré-sensibilizados, ocasionando resposta sistêmica causada pela liberação de mediadores imunológicos e inflamatórios dos basófilos e mastócitos.

Opções primárias

salbutamol por via inalatória: crianças e adultos (100 microgramas/dose do inalador dosimetrado): 400-800 microgramas (4-8 puffs) a cada 20 minutos até 3 doses, repetir a cada 4-6 horas quando necessário

ou

salbutamol por via inalatória: crianças: 0.15 mg/kg nebulizado a cada 20 minutos por 3 doses, depois a cada 1-4 horas quando necessário; adultos: 2.5 a 5 mg nebulizados a cada 20 minutos por 3 doses, depois a cada 1-4 horas quando necessário

rinoconjuntivite

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anti-histamínico

O tratamento com anti-histamínicos orais é suficiente.

Opções primárias

difenidramina: crianças: 5 mg/kg/dia por via oral/intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 6-8 horas, máximo de 300 mg/dia; adultos: 25-50 mg por via oral/intravenosa a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 400 mg/dia

CONTÍNUA

após a estabilização

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plano de ação visando a evitar e a controlar a alergia

A ingestão de ingredientes ocultos é uma das principais preocupações. Por exemplo, o leite pode ser informado nos ingredientes como caseína, soro de leite, caseinato ou lactoalbumina. A educação sobre alergia alimentar para pacientes e cuidadores é essencial.

A intervenção aos primeiros sinais de reação alérgica grave acarretam melhores possibilidades de resolução. As manifestações mais comuns de reação alérgica consistem em sintomas cutâneos, respiratórios e gastrointestinais.

Pacientes e cuidadores devem, no mínimo, saber onde localizar e como ativar os sistemas públicos de emergência.

Um plano de ação para a alergia, individualizado e por escrito, pode ser benéfico para pacientes, pais/cuidadores e profissionais da saúde que estão se preparando para o tratamento de uma reação alérgica alimentar.[72] AAP: allergy and anaphylaxis emergency plan Opens in new window

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autoinjetores portáteis de injeção de adrenalina para uso doméstico

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Deve-se prescrever dois autoinjetores de adrenalina a todos os pacientes após um episódio de anafilaxia.[81][82] O paciente ou cuidador deve carregá-los em todas as ocasiões e estar familiarizado com o seu uso.[77]

Opções primárias

adrenalina: crianças <30 kg de peso corporal: 0.15 mg por via intramuscular em dose única; crianças ≥30 kg de peso corporal e adultos: 0.3 mg por via intramuscular em dose única

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