Ácido tranexâmico
O mecanismo de ação específico deste inibidor competitivo de plasminogênio no melasma permanece desconhecido; acredita-se que ele diminua a melanogênese em melanócitos epidérmicos e produza uma down-regulation da endotelina 1.[56]Kim SJ, Park JY, Shibata T, et al. Efficacy and possible mechanisms of topical tranexamic acid in melasma. Clin Exp Dermatol. 2016 Jul;41(5):480-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27135282?tool=bestpractice.com
Em uma metanálise, o ácido tranexâmico mostrou resultados positivos como agente único ou em terapia combinada para o melasma.[57]Kim HJ, Moon SH, Cho SH, et al. Efficacy and safety of tranexamic acid in melasma: a meta-analysis and systematic review. Acta Derm Venereol. 2017 Jul 6;97(7):776-81.
https://www.medicaljournals.se/acta/content/html/10.2340/00015555-2668
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28374042?tool=bestpractice.com
Os resultados são mais notáveis após 3 meses de tratamento; tratamentos mais curtos são mais propensos a recaídas.[57]Kim HJ, Moon SH, Cho SH, et al. Efficacy and safety of tranexamic acid in melasma: a meta-analysis and systematic review. Acta Derm Venereol. 2017 Jul 6;97(7):776-81.
https://www.medicaljournals.se/acta/content/html/10.2340/00015555-2668
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28374042?tool=bestpractice.com
Os efeitos adversos mais frequentes observados com o ácido tranexâmico oral são oligomenorreia e desconforto gastrointestinal; outros possíveis efeitos adversos incluem eventos tromboembólicos, tais como trombose venosa profunda, infarto do miocárdio e embolia pulmonar, que são mais prováveis de ocorrer com doses mais elevadas do que com as utilizadas para o melasma.[58]Taraz M, Niknam S, Ehsani AH. Tranexamic acid in treatment of melasma: a comprehensive review of clinical studies. Dermatol Ther. 2017 May;30(3).
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28133910?tool=bestpractice.com
[59]Sharma R, Mahajan VK, Mehta KS, et al. Therapeutic efficacy and safety of oral tranexamic acid and that of tranexamic acid local infiltration with microinjections in patients with melasma: a comparative study. Clin Exp Dermatol. 2017 Oct;42(7):728-34.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28649780?tool=bestpractice.com
Dados adicionais sugerem que o ácido tranexâmico intradérmico (inclusive por microinjeção e microagulhamento) é tão eficaz quanto a administração oral e pode ter menos efeitos colaterais.[59]Sharma R, Mahajan VK, Mehta KS, et al. Therapeutic efficacy and safety of oral tranexamic acid and that of tranexamic acid local infiltration with microinjections in patients with melasma: a comparative study. Clin Exp Dermatol. 2017 Oct;42(7):728-34.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28649780?tool=bestpractice.com
O ácido tranexâmico tópico tem sido estudado em diferentes concentrações. Geralmente, é bem tolerado, e não há relatos de efeitos colaterais graves.[58]Taraz M, Niknam S, Ehsani AH. Tranexamic acid in treatment of melasma: a comprehensive review of clinical studies. Dermatol Ther. 2017 May;30(3).
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28133910?tool=bestpractice.com
Ao comparar o ácido tranexâmico tópico com a hidroquinona, não se constatou nenhuma diferença significativa no Índice de Intensidade e de Área do Melasma (MASI); no entanto, pacientes tratados com ácido tranexâmico tópico apresentaram maior satisfação com o tratamento e menos eventos adversos relacionados com a pele, em comparação com os que receberam hidroquinona.[60]Atefi N, Dalvand B, Ghassemi M, et al. Therapeutic effects of topical tranexamic acid in comparison with hydroquinone in treatment of women with melasma. Dermatol Ther (Heidelb). 2017 Sep;7(3):417-24.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5574746
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28748406?tool=bestpractice.com
Uma revisão sistemática de 2019 de ensaios clínicos randomizados e controlados deu uma forte recomendação para o ácido tranexâmico como tratamento para o melasma.[29]Austin E, Nguyen JK, Jagdeo J. Topical treatments for melasma: a systematic review of randomized controlled trials. J Drugs Dermatol. 2019 Nov 1;18(11):S1545961619P1156X.
https://jddonline.com/articles/topical-treatments-for-melasma-a-systematic-review-of-randomized-controlled-trials-S1545961619P1156X
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31741361?tool=bestpractice.com
Devido à ausência de controles em alguns estudos, a eficácia e a via de administração (oral, tópica ou transdérmica) para o melasma precisam de estudos mais aprofundados.
Mercaptamine
A mercaptamina é o derivado descarboxilado do aminoácido cisteína. Em altas concentrações, pode inibir a melanogênese. Existem dois ensaios clínicos randomizados e controlados duplo-cegos com pacientes com melasma tratados com 5% de mercaptamina ou placebo diariamente por 4 meses.[61]Farshi S, Mansouri P, Kasraee B. Efficacy of cysteamine cream in the treatment of epidermal melasma, evaluating by Dermacatch as a new measurement method: a randomized double blind placebo controlled study. J Dermatolog Treat. 2018 Mar;29(2):182-9.
https://www.doi.org/10.1080/09546634.2017.1351608
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28678558?tool=bestpractice.com
[62]Mansouri P, Farshi S, Hashemi Z, et al. Evaluation of the efficacy of cysteamine 5% cream in the treatment of epidermal melasma: a randomized double-blind placebo-controlled trial. Br J Dermatol. 2015 Jul;173(1):209-17.
https://www.doi.org/10.1111/bjd.13424
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25251767?tool=bestpractice.com
Em ambos os estudos, a mercaptamina reduziu significativamente os escores do MASI em comparação com o placebo. A mercaptamina foi bem tolerada e os efeitos colaterais relatados foram ressecamento, sensação de queimação, prurido, vermelhidão e irritação. Uma revisão sistemática de 2019 de ensaios clínicos randomizados e controlados deu uma forte recomendação para a mercaptamina como tratamento para o melasma.[29]Austin E, Nguyen JK, Jagdeo J. Topical treatments for melasma: a systematic review of randomized controlled trials. J Drugs Dermatol. 2019 Nov 1;18(11):S1545961619P1156X.
https://jddonline.com/articles/topical-treatments-for-melasma-a-systematic-review-of-randomized-controlled-trials-S1545961619P1156X
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31741361?tool=bestpractice.com
Ácido dioico
Um estudo aberto, pequeno, comparando o ácido dioico e a hidroquinona (2%) no tratamento de melasma, concluiu que ambos os agentes são igualmente eficazes. A terapia combinada não foi melhor que cada tratamento separadamente. No entanto, uma irritação menor foi relatada com o ácido dioico comparado à hidroquinona.[63]Tirado-Sanchez A, Santamaría-Roman A, Ponce-Olivera RM. Efficacy of dioic acid compared with hydroquinone in the treatment of melasma. Int J Dermatol. 2009 Aug;48(8):893-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19659872?tool=bestpractice.com
Rucinol (4-n-butilresorcinol)
Um derivado de resorcinol que inibe a atividade da tirosinase e da proteína 1 relacionada à tirosinase (PRT-1). Ele inibe a produção de melanina a um grau similar ao da hidroquinona e é mais eficaz que o arbutin ou o ácido kójico. A eficácia no melasma tem sido relatada entre 70% e 80%.[64]Khemis A, Kaiafa A, Queille-Roussel C, et al. Evaluation of efficacy and safety of rucinol serum in patients with melasma: a randomized controlled trial. Br J Dermatol. 2007 May;156(5):997-1004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17388924?tool=bestpractice.com
Um estudo relatou que o creme a 0.1% tem início de efeito rápido em comparação com outros veículos, o que diminui significativamente o índice de melanina após 4 e 8 semanas.[65]Huh SY, Shin JW, Na JI, et al. The efficacy and safety of 4-n-butylresorcinol 0.1% cream for the treatment of melasma: a randomized controlled split-face trial. Ann Dermatol. 2010 Feb;22(1):21-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20548876?tool=bestpractice.com
Procianidina associada às vitaminas A, C, e E
A procianidina é um flavonoide condensado e um componente ativo do extrato de casca do pinheiro marítimo francês (Pinus pinaster ssp. atlantica), que apresenta propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. A eficácia global na melhora do escore do índice de intensidade e de área do melasma (MASI) e na diminuição da intensidade de pigmentação é de 80%.[66]Ni Z, Mu Y, Gulati O. Treatment of melasma with Pycnogenol. Phytother Res. 2002 Sep;16(6):567-71.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12237816?tool=bestpractice.com
[67]Handog EB, Galang DA, de Leon-Godinez MA, et al. A randomized, double-blind, placebo-controlled trial of oral procyanidin with vitamins A, C, E for melasma among Filipino women. Int J Dermatol. 2009 Aug;48(8):896-901.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19659873?tool=bestpractice.com
Fator de transcrição associado à microftalmia (FTMI)-siRNA
O FTMI regula a melanogênese e também está envolvido no desenvolvimento, função e sobrevivência dos melanócitos. O FTMI-siRNA diminui significativamente os níveis de tirosinase, do receptor de melanocortina-1 (MC1R) e da PRT-1, que suprime os níveis de melanina. Em uma tamanho de amostra pequeno, o creme para FTMI-siRNA resultou em uma resposta boa ou excelente em 90% dos pacientes.[68]Yi X, Zhao G, Zhang H, et al. MITF-siRNA formulation is a safe and effective therapy for human melasma. Mol Ther. 2011 Feb;19(2):362-71.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21119619?tool=bestpractice.com
Peelings com aminoácidos de frutas (AFA)
Os AFAs são aminoácidos carboxilados que agem como um agente antienvelhecimento antioxidante e possuem um efeito antifotopigmentação significativo. Em um estudo comparativo pequeno, os peelings com AFAs mostraram uma boa eficácia. Quando comparado aos peelings com ácido glicólico, os peelings com AFA mostraram efeitos adversos menores e foram melhor tolerados.[1]Ball Arefiev KL, Hantash BM. Advances in the treatment of melasma: a review of the recent literature. Dermatol Surg. 2012 Jul;38(7 Pt 1):971-84.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22583339?tool=bestpractice.com
[69]Ilknur T, Biçak MU, Demirtaşoğlu M, et al. Glycolic acid peels versus amino fruit acid peels in the treatment of melasma. Dermatol Surg. 2010 Apr;36(4):490-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20187899?tool=bestpractice.com
Ácido elágico
O ácido elágico é um antioxidante natural que pode ser encontrado em diferentes frutas e plantas. Ele age como substrato para a tirosinase e pode apresentar efeitos na via da melanogênese. A aplicação duas vezes ao dia revelou uma diminuição na quantidade de melanina.[1]Ball Arefiev KL, Hantash BM. Advances in the treatment of melasma: a review of the recent literature. Dermatol Surg. 2012 Jul;38(7 Pt 1):971-84.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22583339?tool=bestpractice.com