Abordagem
Os pacientes geralmente se apresentam com lesão associada a paralisia dos músculos do ombro. Exames elétricos com uma eletromiografia (EMG) permitem que o cirurgião veja a extensão e o padrão da lesão, e também planeje a reconstrução cirúrgica.
História clínica
As lesões no plexo braquial são bastante raras e podem resultar de uma série de causas.
O paciente pode ter história de acidente com veículo automotor, ferimento por arma de fogo e por arma branca, acidente em esportes de contato ou acidente de trabalho durante trabalhos físicos pesados. Se não houver nenhum trauma associado, a história deve incluir considerar diagnósticos alternativos como síndrome de Parsonage-Turner, neurofibromatose e posicionamento incorreto durante cirurgia.
Exame físico clínico
A consideração mais importante para o diagnóstico é o exame clínico. Os principais padrões da lesão no plexo braquial são consistentes e devem ser procurados.
A apresentação mais comum é a lesão do tronco superior (equivalente às raízes C5 e C6): paralisia dos músculos do ombro e do bíceps, com dormência nos dígitos radiais da mão e no ombro. A força do tríceps, do antebraço, do punho e da mão geralmente ficam intactas.
Um envolvimento adicional da raiz C7 acrescenta paralisia do tríceps e do punho/dos extensores dos dedos; uma perda associada é a do músculo grande dorsal.
Uma lesão completa nas 5 raízes nervosas, sem nenhum reflexo tendíneo, resulta em um membro instável e insensível, com lesões menores causando fraqueza e parestesia. Lesões completas tendem a exigir reconstrução nervosa, ao passo que lesões mais leves podem exigir apenas descompressão cirúrgica e remoção de cicatriz.
Eletromiografia (EMG)
Exames elétricos são importantes para o diagnóstico e o prognóstico das lesões no plexo braquial.
Um teste de EMG 6 semanas após a lesão pode mostrar o padrão específico de envolvimento da raiz, bem como a recuperação precoce, se presente.[17] Com o passar do tempo, repetir os testes pode determinar se houve recuperação ou falha na progressão, o que é importante para o planejamento do tratamento.
Se após 3 meses o paciente não se recuperar, é necessário um plano cirúrgico, com base no princípio patofisiológico de que, após 1 ano, a denervação do músculo esquelético causa paralisia permanente.[18] Nesse momento, uma avaliação de um cirurgião especializado permite que se planeje uma reconstrução eficaz.
Mielotomografia/RNM
A RNM e a mielografia da coluna cervical com ou sem TC têm sido usadas para diagnosticar avulsão da raiz nervosa, o que é uma contraindicação à reconstrução nervosa com enxerto de nervo.[19][20]
No entanto, as técnicas de transferência de nervo (em vez de enxerto de nervo) são agora o tratamento de primeira escolha para reparo microcirúrgico.[1][21][22][23][24]
Os estudos radiológicos são, portanto, usados principalmente em situações em que há suspeita de compressão do plexo por tumores ou outras estruturas anatômicas (por exemplo, costela cervical acessória) ao longo do plexo.[20][25]
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